A epilepsia é um termo usado para definir um grupo de desordens neurológicas caracterizadas por convulsões, que são consequência da atividade neuronal exacerbada podendo ser sensitiva, motora psíquica ou comportamental.
A fisiopatologia pode ser resumida em um desequilíbrio na redução da inibição e persistência da excitação neuronal, que provocam a crise epiléptica. Acredita-se que ocorra diminuição dos receptores GABA na membrana sináptica. Esse processo resulta na queda da função inibitória desses neurotransmissores (GABA) levando à atividade epiléptica.
O esquema da classificação é colunar, mas não hierárquico (significando que níveis podem ser ignorados), portanto as setas foram intencionalmente omitidas. A classificação de crises epilépticas começa com a determinação se as manifesTÇões iniciais das crises são focais ou generalizadas. O início pode ser não observado ou ser obscuro; nesses casos a crise epiléptica é de início desconhecido. As palavras “focal “e “generalizado” no início do nome da crise significam crise de início focal ou generalizado
Deve ser realizada uma anamnese minuciosa sobre a crise, confirmada pelo EEG. É dito positivo quando há atividade elétrica epileptiforme. Sendo focal quando forem achados em apenas um ou dois canais e generalizada quando está presente em todos os canais. Na criança deve solicitar TC e RNM de crânio quando a síndrome epiléptica não está elucidada. Já no adulto esses exames devem ser sempre solicitados para descartar outras causas.
O tratamento é conduzido em torno de três medidas: suporte, terapêutica e diagnóstica. Inicialmente devem-se garantir as vias aéreas, checar sinais vitais (PA, glicemia, FC e TºC), oxigenação (se necessário, realizar IOT) e providenciar um acesso venoso. A conduta farmacológica é realizada quando as crises não cessam sozinhas. Em caso de EME ou crise prolongada a medicação usada deve ser de ação rápida, para evitar danos neuronais
Na crise epiléptica é imprescindível que seja feita uma anamnese minuciosa (uso de medicamento, drogas ilícitas, traumatismo recente), além do exame clínico geral, neurológico, avaliação do fundo de olho e o eletroencefalograma.
• Dieta zero. • Coleta de exames e glicemia capilar. • Monitorização e oximetria contínua. • Oxigênio. • Acesso venoso. • SF 0,9% 20 mL/kg/dia EV. • Dipirona 500 mg/mL – 2 mL + ABD, EV de 6/6 horas se dor ou TAX > 37,8ºC. • Metoclopramida 10 mg – 2 mL + ABD, EV de 8/8 horas se náuseas e vômitos.