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Manual de Clínica Médica

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8.3

ESTADO DE MAL EPILÉTICO

A epilepsia é um termo usado para definir um grupo de desordens neurológicas caracterizadas por convulsões, que são consequência da atividade neuronal exacerbada podendo ser sensitiva, motora psíquica ou comportamental.

ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA DO ESTADO DE MAL EPILÉTICO

A fisiopatologia pode ser resumida em um desequilíbrio na redução da inibição e persistência da excitação neuronal, que provocam a crise epiléptica. Acredita-se que ocorra diminuição dos receptores GABA na membrana sináptica. Esse processo resulta na queda da função inibitória desses neurotransmissores (GABA) levando à atividade epiléptica.

QUADRO CLÍNICODE ESTADO DE MAL EPILÉTICO

O esquema da classificação é colunar, mas não hierárquico (significando que níveis podem ser ignorados), portanto as setas foram intencionalmente omitidas. A classificação de crises epilépticas começa com a determinação se as manifesTÇões iniciais das crises são focais ou generalizadas. O início pode ser não observado ou ser obscuro; nesses casos a crise epiléptica é de início desconhecido. As palavras “focal “e “generalizado” no início do nome da crise significam crise de início focal ou generalizado

DIAGNÓSTICO DE ESTADO DE MAL EPILÉTICO

Deve ser realizada uma anamnese minuciosa sobre a crise, confirmada pelo EEG. É dito positivo quando há atividade elétrica epileptiforme. Sendo focal quando forem achados em apenas um ou dois canais e generalizada quando está presente em todos os canais. Na criança deve solicitar TC e RNM de crânio quando a síndrome epiléptica não está elucidada. Já no adulto esses exames devem ser sempre solicitados para descartar outras causas.

TRATAMENTO DE ESTADO DE MAL EPILÉTICO

O tratamento é conduzido em torno de três medidas: suporte, terapêutica e diagnóstica. Inicialmente devem-se garantir as vias aéreas, checar sinais vitais (PA, glicemia, FC e TºC), oxigenação (se necessário, realizar IOT) e providenciar um acesso venoso. A conduta farmacológica é realizada quando as crises não cessam sozinhas. Em caso de EME ou crise prolongada a medicação usada deve ser de ação rápida, para evitar danos neuronais

CONCLUSÕES SOBRE ESTADO DE MAL EPILÉTICO

Na crise epiléptica é imprescindível que seja feita uma anamnese minuciosa (uso de medicamento, drogas ilícitas, traumatismo recente), além do exame clínico geral, neurológico, avaliação do fundo de olho e o eletroencefalograma.

PRESCRIÇÃO PARA O TRATAMENTO DE ESTADO DE MAL EPILÉTICO

• Dieta zero. • Coleta de exames e glicemia capilar. • Monitorização e oximetria contínua. • Oxigênio. • Acesso venoso. • SF 0,9% 20 mL/kg/dia EV. • Dipirona 500 mg/mL – 2 mL + ABD, EV de 6/6 horas se dor ou TAX > 37,8ºC. • Metoclopramida 10 mg – 2 mL + ABD, EV de 8/8 horas se náuseas e vômitos.

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