A terapia transfusional utilizada de forma racional pode reduzir a morbidade e mortalidade, além de promover melhora significativa na qualidade da assistência ao paciente. No entanto, assim como em outras intervenções terapêuticas, pode ocasionar complicações agudas ou tardias, sendo de suma importância a sua identificação precoce e o adequado manejo pela equipe médica responsável
Cada CH tem volume aproximado de 280 +- 50 mL com hematócrito 70-80%. Isso garante um incremento de 1 a 1,5 g/dL de hemoglobina no receptor. Não contém granulócitos, plaquetas ou fatores de coagulação viáveis.
O plasma é separado de uma unidade de sangue total (em torno de 200 mL) por centrifugação e deve ser congelado em até 6 horas após a coleta a -40° C. O PFC contém todos os fatores de coagulação em quantidades próximas das normais. Exceto os contidos no crioprecipitado.
Obtido através do plasma fresco congelado, o crioprecipitado possui em sua constituição Fator VIII, Fator de von Willebrand, Fator XIII e fibrinogênio e fibronectina. A principal indicação é a reposição de fibrinogênio em pacientes com hipofibrinogenemia adquirida ou hereditária (níveis abaixo de 100 mg/dL), especialmente se existe hemorragia associada.
O concentrado de plaquetas é obtido por centrifugação de sangue total ou por coleta de aférese em doador único. Uma unidade de CP contém aproximadamente 5,5 x 1010 plaquetas em 50-70 mL de volume e eleva a contagem 5 a 10.000/mm3 . As unidades obtidas por aférese contêm níveis superiores a 3,0 x 10¹¹ plaquetas em 200-300 mL de plasma.
Reação transfusional é toda e qualquer intercorrência que ocorra como consequência da transfusão de hemoderivados e hemocomponentes, durante ou após sua administração. As reações transfusionais podem ser classificadas em imediatas (até 24 horas da transfusão) e tardias (após 24 horas da transfusão), imunológicas ou não (tabela 1).