Livros

Manual de Clínica Médica

Leia o Livro Completo
Índice
5.2

INJÚRIA RENAL AGUDA

Após diversas metanálises, há a tendência de se reservar o termo Insuficiência Renal Aguda (IRA) para pacientes com um desfecho de maior mortalidade dentro do espectro de morbidades que cursam com a IRA propriamente dita.

DIAGNÓSTICO DE IRA

1. História clínica compatível. 2. Queda do débito urinário. 3. Aumento de ureia e creatinina. As causas de base e a avaliação do grau da morbidade da injúria são feitas com base em critérios diagnósticos, que ao longo do tempo vem sendo atualizados e reestruturados com novas metanálises, como as que seguem abaixo.

FATORES DE RISCO DE IRA

• Sepsis. • Choque circulatório. • Queimaduras. • Cirurgia de grande porte (não cardíacas). • Contrastes radiopacos iodados. • Desidratação. • Idade avançada. • Sexo feminino. • Raça negra. • Diabetes mellitus.

ACHADOS CLÍNICOS DE IRA

Foi tradicionalmente dividida em três grandes grupos por didática (a priori), pois a abordagem deve ser hermética para que não se negligencie outras causas múltiplas que podem se sobrepor à causa de base, não necessariamente do mesmo grupo: 1. IRA pré-renal; 2. IRA renal/intrínseca; 3. IRA pós-renal;

ETIOLOGIA DA IRA

Cardiovasculares; Respiratórios; Neurológicos; Gastrintestinais; Diurese;

TRATAMENTO DA IRA

Idealmente dever-se-ia prevenir a vigência da IRA. Em sua instalação, o cerne do tratamento é basicamente de suporte, reservando-se a Terapia Renal Substitutiva (TRS) para casos particulares com lesão renal grave. Realizar a terapia de suporte requer conhecimento prévio das principais complicações e as indicações francas de TRS.

CASO CLÍNICO DA IRA

Paciente do sexo masculino, 56 anos, tabagista crônico (1 maço/dia por 36 anos), sedentário, com diagnósticos prévios de diabetes mellitus tipo II e hipertensão arterial sistêmica, dislipidemia, síndrome metabólica e espondiloartrose, todas em tratamento (metformina 850 mg VO 8/8h, glibenclamida 5 mg VO 12/12h, losartana potássica 50 mg VO 12/12h, atenolol 25 mg VO 12/12h, captopril 25 mg VO 8/8h, sinvastatina 40 mg VO/noite e, eventualmente, AINEs para crises aguda de espondiloalgia, respectivamente), necessitou, segundo indicação do seu médico cardiologista, da realização de cateterismo pelo elevado risco cardiovascular, dedutíveis pelas próprias morbidades citadas acima. Antes do procedimento eletivo, os sinais vitais estavam estáveis e o paciente não apresentava quaisquer sintomas. Fora realizado o exame sem intercorrências.

Compartilhe com seus amigos: