A osteoporose é um distúrbio osteometabólico caracterizado pela diminuição da densidade mineral óssea (DMO), gerando deterioração da microarquitetura das trabéculas ósseas, enfim, levando a um aumento da fragilidade esquelética e do risco de fraturas.
Estudos brasileiros em mulheres na pós-menopausa mostrou prevalência de osteoporose em torno de 25% e mortalidade para fratura de quadril em torno de 21-30%. Estima-se que 5,5 milhões de brasileiros tenham osteoporose e que ocorram 1,6 milhões de fraturas secundárias à osteoporose por ano: 200 mil do quadril, 400 mil vertebrais e 1 milhão de punho
A doença pode ser classificada, com base em sua etiologia, em primária e secundária. A primária é responsável por mais de 95% dos casos de osteoporose em mulheres e 70 a 80% nos homens, é a forma mais comum e diagnosticada na ausência de doenças ou está relacionada a outras condições que levem à diminuição da massa óssea. A osteoporose idiopática está incluída nessa categoria e é usada para descrever as formas incomuns de osteoporose encontrada em crianças e adultos jovens com função gonadal normal ou nenhuma causa secundária detectável. A secundária é diagnosticada quando a diminuição de massa óssea é atribuída a outra doença (Quadro 1) ou está relacionada ao uso de medicamentos.
O metabolismo ósseo é regulado por uma interação complexa entre células e por um conjunto de hormônios, fatores de crescimento e citocinas. O equilíbrio desses processos garante a adequação de suas múltiplas funções e, caso se alterem ao longo do tempo, resultam no aumento do risco de fraturas.
A osteoporose não apresenta sintomas, até que haja uma fratura. A fratura vertebral é a manifestação clínica mais comum na osteoporose. A maioria dessas fraturas são assintomáticas e são diagnosticadas como achado incidental no raio-x de tórax ou abdominal.
O diagnóstico adequado inclui a identificação de fatores de risco para osteoporose e fraturas, e a indicação de exames complementares, que incluem a realização de densitometria óssea e a avaliação laboratorial, essa é necessária para a exclusão de causas secundárias
Exames laboratoriais poderão ser feitos na dependência da gravidade da doença, idade de apresentação e presença ou ausência de fraturas vertebrais. Esses exames têm por objetivo a exclusão de doenças que possam mimetizar a osteoporose, como mieloma múltiplo e osteomalácia, a elucidação das causas da osteoporose, a avaliação da gravidade da doença e a monitorização do tratamento.
Não medicamentoso: - Exercício físico; - Fumo, álcool e cafeina; - Prevenção de quedas; Medicamentoso: - Bisfosfonatos; - Alendronato de sódio; - Risedronato de sódio; - Ibandronato; - Ácido Zoledrônico; - Denosumabe; - Moduladores seletivos do receptor estrogênico; - Teriparatida