A inferência de que se trata de um paciente psicótico requer, antes de mais nada, saber reconhecer que a psicose está manifestada quando há um prejuízo notável do contato com a realidade, podendo se dar de várias formas, como nos delírios e nas alucinações, incluindo-se ainda comportamentos desorganizados ou qualquer atitude por parte do paciente que denote tal distanciamento ou ausência de juízo crítico da realidade.
O termo psicótico, como descritivo, indica a presença de alterações no comportamento, tais como agitação ou retardo psicomotor importante, bem como comportamento catatônico, pueril ou desorganizado.
Uma vez compreendido que na vigência da psicose o indivíduo pode experienciar distorções imprevisíveis da realidade, o médico e todos da equipe que o assistem devem estar atentos para as repercussões de tais distorções.1 Algumas dicas podem ajudar e pôr o paciente mais próximo da realidade ou, ao menos, colocar a equipe que lhe presta assistência, como uma fonte segura para que o mesmo permita a abordagem e manejo adequados da crise.
Encontra-se uma vasta literatura médica, inclusive metanálises, na tentativa de se estabelecer, de modo mais conciso e cientificamente assegurado, qual ou quais seriam os antipsicóticos (APs) ideais, em termos de “típicos” e “atípicos”. Até o surgimento de tais estudos, acreditava-se que os antipsicóticos atípicos possuíam mais eficácia na remissão, ainda que parcial, dos sintomas negativos da esquizofrenia.