(TCE) caracteriza-se pela ação de forças externas contra a cabeça ou lesões cerebrais por aceleração-desaceleração, que produzem prejuízos de graus variados à função cerebral, de caráter permanente ou transitório. Os mecanismos de trauma variam em complexidade, e podem resultar de quedas, golpes, compressões, objetos penetrantes, explosões, entre outros
O exame físico dos pacientes com história de TCE deve abordar o padrão respiratório, pesquisa de sinais de instabilidade hemodinâmica, checagem de fraturas palpáveis no crânio, sinais de deficit neurológico (respostas pupilares, movimento dos membros), e sinais de fratura de base do crânio (hematoma periorbitário –“olho em guaxinim” – hematoma retroauricular, rinorreia). É importante que os sinais e sintomas de hipertensão intracraniana sejam pesquisados periodicamente (rebaixamento do nível de consciência, respiração irregular, bradicardia, fraqueza muscular, pupilas alteradas)
, o controle da PIC e a garantia de oxigenação adequada ao tecido cerebral são pilares fundamentais do tratamento do TCE grave5 . Pode ser considerado como limiar para o tratamento da hipertensão intracraniana (HIC) o valor de 20 mmHg para crianças4 . Valores menores podem ser considerados em lactentes e recém-nascidos
O manejo de pacientes com traumatismo cranioencefálico grave é voltado para a minimização dos danos causados pelas lesões secundárias ao trauma, e o ponto central da terapia consiste no controle da PIC e manutenção da perfusão e oxigenação adequada do cérebro.