Doença inflamatória crônica, tendo como características: a limitação do fluxo aéreo de forma reversível e a hiperreatividade das vias aéreas, que traduzem a inflamação brônquica e o remodelamento.
Os principais fatores desencadeantes da crise asmática são: infecção de vias aéreas (virais em maior escala do que as bacterianas); exposição a inalantes e aeroalérgenos; exercício físico; mudanças climáticas bruscas; estresse emocional; medicamentos (Acido acetilsalicílico - AAS, dipirona, anti-inflamatórios não esteroides - AINEs) e aditivos alimentares, como os corantes.
A tríade de dispneia, opressão/desconforto torácico (predominando à noite e manhã) e sibilância são bem presentes. Podem haver ainda: tosse oligoprodutiva ou produtiva com expectoração escassa, auxílio de musculatura acessória na respiração, sibilos presentes na ausculta.
É clínico, porém exames complementares são usados para melhor elucidar o caso (classifi car gravidade, investigar possível etiologia). Podem ser solicitados: • Espirometria: VEF1/ CVF < 70% e prova broncodilatadora positiva (VEF1/ CVF > 70 % após 15-45 minutos do uso de um beta-2-agonista de curta duração). Um quadro clínico com os sintomas citados acima + espirometria compatível com asma
São indicadores de maior gravidade e pior evolução: cianose; sudorese; alterações no estado mental (agitação, sonolência); dificuldade para falar; uso acentuado de musculatura acessória; frequência respiratória aumentada; história de intubação ou internamento em unidade de terapia intensiva (UTI), exacerbação de aparecimento súbito; presença de comorbidades; piora do quadro clínico de forma rápida; acompanhamento irregular de sua doença.
É de extrema importância que, para se evitar a agudização da asma, o controle seja feito com base em sua classificação (controlada, parcialmente controlada ou descontrolada). É importante usar medidas, como: controle do ambiente (evitar exposição a fatores que predispõem a crise); uso de beta-2-agonista de curta duração para alívio dos sintomas; uso de corticoide inalatório (se não controlar bem com os passos anteriores); uso de beta-2-agonista de longa duração e até corticoide oral, se necessário.