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Manual Prático para Urgências e Emergências Clínicas

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Índice
10.2

INTRODUÇÃO DE DELIRIUM

Delirium, também conhecido como estado confusional agudo, é uma síndrome geriátrica caracterizada por alteração cognitiva defi nida por início agudo; curso flutuante; distúrbios da consciência; atenção; orientação; memória; pensamento; percepção e comportamento. Pode ocorrer na forma hiperativa, hipoativa ou mista, e pode chegar a acometer mais de 50% dos idosos hospitalizados.

ETIOLOGIA DE DELIRIUM

É uma condição multifatorial, tendo como fatores predisponentes a gravidade da doença de base, défi cits sensoriais, comprometimento cognitivo, desidratação e, dentro outros fatore

MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DE DELIRIUM

As principais características do delirium são o início agudo e a atenção prejudicada. O estado mental se prejudica em horas ou até mesmo dias, diferindo de um quadro demencial. Outra característica clínica remete às flutuações do quadro cognitivo, com tendências a períodos de melhora e exacerbação dos sintomas, não sendo incomum a ocorrência de intervalos de lucidez. Desorganização do pensamento, com ausência de fluidez das ideias, conversa desconexa, podendo ocorrer letargia. Delírios, alucinações, ansiedade, labilidade emocional também podem acontecer.

DIAGNÓSTICO DE DELIRIUM

É eminentemente clínico, por meio de avaliação da história, principalmente com acompanhante confiável. Exame físico deve incluir exame neurológico detalhado, pesquisa de sinais de quedas, infecções recentes, lista de medicações utilizadas e posologia bem como modificações das doses habituais, uso de álcool e outras drogas recentemente. Pode ser aplicado o Confusion Assessment Method (CAM), que é um instrumento usado para rastrear o delirium. Pode ser visto na quadro 5. Pode também ser utilizado o DSM-V para diagnóstico

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DELIRIUM

Quadros de demência, depressão, alterações psicóticas não orgânicas

TRATAMENTO DE DELIRIUM

Não farmacológico (todos os pacientes diagnosticados): podem ser usadas estratégias de reorientação e intervenção comportamental como permitir a presença de familiares e acompanhantes; orientações ao paciente; transferência, se possível, para local mais calmo; realizar contato ocular; orientar de forma simples; estimular autocuidado; mobilidade e utilização de acessórios para audição e visão. Uso de calendários, relógios e esquemas de horários são positivos, pois ajudam na orientação. Permitir um sono tranquilo, se possível.

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