Podemos defi nir diarreia aguda (DA) como a modifi cação do hábito intestinal, acompanhado de diminuição da consistência das fezes e, geralmente, aumento da frequência (≥ 3/dia) e do volume das evacuações, durando até duas semanas
As causas infecciosas merecem destaque, representando 90% dos casos agudos. A principal fonte de transmissão da doença é a ingestão de água e alimentos contaminados por microrganismos patogênicos
Pesquisar a presença de febre; náuseas; vômitos; anorexia; dor abdominal; sangue e pus nas fezes. Nos casos em que náuseas e vômitos tiverem mais destaque que a própria diarreia, suspeitar de etiologia viral ou intoxicação alimentar por toxinas bacterianas. Deve-se quantificar os sinais vitais e avaliar o grau de desidratação
Não há necessidade de exames complementares nos pacientes sem achados inflamatórios e sem doenças de base graves. Já nos pacientes com sinais de doença grave, desidratados, imunossuprimidos e os idosos, deve-se solicitar hemograma; eletrólitos; ureia e creatinina; pesquisa de leucócitos e sangue nas fezes; coprocultura (imunodeprimidos); pesquisa da toxina do Clostridium difficile (suspeita de colite associada ao uso de antibióticos).
A desidratação é, sem dúvida, a principal complicação da diarreia aguda, podendo levar, inclusive, ao óbito. Portanto, deve ser prontamente tratada baseado no nível de desidratação do paciente.
1. Dieta oral, assim que possível, conforme aceitação. 2. Hidratação, VO ou IV, a critério médico. a. SF 0,9% --- 500 mL + KCl ---- 01 amp + MgSO4 ---- 10 mL + glicose 50% --- 50 mL. b. Fazer 30 mL/kg/dia. 3. Antibióticoterapia (ex.: ciprofloxacino 400 mg/100 mL, IV de 12/12 horas por 5 dias). 4. Omeprazol 40 mg/10 mL. Fazer 01 amp, IV, pela manhã. 5. Dipirona 500 mg/mL. Fazer 2 mL, IV, com 8 mL de ABD, se dor ou TAx ≥ 37,8ºC 6. Metoclopramida 10 mg/2mL. Fazer 01 amp, IV, com 18 mL de ABD, se náuseas ou vômitos