A lombalgia tem como defi nição a dor, rigidez ou sensação de tensão muscular localizada abaixo da margem costal, mas acima da região glútea. Estima-se que até 84% dos adultos têm dor lombar em algum momento de suas vidas e é, depois da cefaleia, a causa mais comum de dor, representando cerca de 5% das consultas em serviços de emergência. Na maioria dos casos, os episódios são autolimitados. Alguns autores subdividem a lombalgia em aguda (até 4 semanas), subaguda (entre 4 e 12 semanas) e crônica (≥ 12 semanas). Embora existam muitas etiologias de dor lombar, a maioria dos pacientes atendidos nas unidades de emergência terão dor lombar inespecífi ca (> 85%). Portanto, raramente, a lombalgia é um prenúncio de uma etiologia grave (< 1% dos casos).
A dor lombar pode ser subdivida de acordo com suas diferentes etiologias, por causas mecânicas, não mecânicas e viscerais. A lombalgia mecânica tem diversas causas, como: tensão da musculatura lombar ou paravertebral; por trauma direto; doenças degenerativas (espondilose e osteoratrite, por exemplo); espondilolistese; herniação discal lombar; osteoporose; fraturas, e o estreitamento do canal medular
A avaliação clínica da lombalgia inclui uma história clínica e exame físico direcionados para avaliar se há sinais ou sintomas que indicam a necessidade de exame de imagem imediato ou uma avaliação mais aprofundada.
Devido ao caráter autolimitado da maioria dos casos, não se tornam necessários testes de laboratório e exames de imagem, exceto na presença de sinais de alarme ou após observação e tratamento clínico por mais de 4 semanas.
O tratamento da lombalgia depende da condição causadora. Por serem as mais comuns nos serviços de emergência, daremos enfoque no tratamento das causas musculoesqueléticas.