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Sistema Endócrino - Coleção Medicina Resumida

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Índice
5.2

CARACTERÍSTICAS GERAIS DA ANATOMIA DO PÂNCREAS

O pâncreas faz parte do grupo das chamadas glândulas mistas, isto por que contém uma parte endócrina e uma parte exócrina. A parte exócrina é importante para a função digestiva e a endócrina para função metabólica, a qual vamos estudar nesse capítulo.

CABEÇA DO PÂNCREAS

Corresponde à região mais larga e espessa do pâncreas, localizada na parte interna da curvatura formada pelo duodeno, constituindo como um encaixe. Superiormente está em contato com a primeira porção do duodeno, ficando posterior a ele, já que possui um mesentério curto próximo ao piloro. A margem duodenal fica fixa à segunda parte do duodeno e a região inferior é superior à terceira parte do duodeno e é contínua com o processo uncinado, um lobo acessório que tem origem embriológica diferente do restante do órgão.

COLO DO PÂNCREAS

É a região mais estreita, com 2cm de largura e une a cabeça ao corpo. Essa região é importante pela sua relação íntima com alguns vasos, fato relevante durante cirurgias de câncer pancreático, por exemplo, já que a invasão deles pode tornar o tumor irressecável.

CORPO DO PÂNCREAS

É a parte mais longa e à medida que vai se aproximando da cauda vai ficando mais estreito. O corpo possui 3 faces e 3 margens.

CAUDA DO PÂNCREAS

A cauda é contínua com o corpo e forma a parte mais lateral e estreita do pâncreas, medindo de 1,5 a 3,5cm de comprimento nos adultos. Ela se localiza entre as lâminas do ligamento esplenorrenal, podendo terminar na base dele ou mais para cima, próximo ao hilo esplênico.

VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO: ARTÉRIAS

O pâncreas tem uma irrigação rica proveniente do tronco celíaco (artérias gástrica esquerda, hepática e esplênica) e da artéria mesentérica superior. A cabeça do pâncreas e o duodeno são irrigados basicamente pelas artérias pancreaticoduodenais superior e inferior e seus ramos que se anastomosam entre si formando uma alça.

VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO: VEIAS

A drenagem venosa é realizada basicamente para o sistema porta hepático e é feita principalmente pelas veias pancreaticoduodenais superior e inferior, drenando cabeça e colo, e pelas tributárias da veia esplênica drenando corpo e cauda (figura 5.3).

VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO: DRENAGEM LINFÁTICA

A rede linfática do pâncreas é ampla e os vasos linfáticos maiores acompanham o suprimento arterial e drenam para os linfonodos próximos ao órgão. A drenagem do colo e da cabeça é feita para os linfonodos localizados nas artérias pancreaticoduodenal, mesentérica superior e hepática, além dos linfonodos pré-aórticos e do tronco celíaco.

VASCULARIZAÇÃO E INERVAÇÃO: INERVAÇÃO

A inervação pancreática é derivada do nervo vago (um nervo parassimpático) e dos nervos esplâncnicos abdominopelvícos que são nervos simpáticos. As fibras desses nervos atravessam o diafragma e chegam ao pâncreas seguindo o trajeto das artérias dos plexos celíaco e o mesentérico superior.

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