Para uma melhor compreensão, nada melhor do que uma análise embrionária da sua formação. Relembrando a embiologia, existem três folhetos embrionários: ectoderma, endoderma e mesoderma.
Se projetam no sentido craniocaudal, porém se dividem, formando fragmentos que geram os gânglios espinhais (na raiz dorsal). Estes que se diferenciam em neurônios sensitivos, com prolongamentos se ligando ao tubo neural e a dermátomos dos somitos. As células da crista migram e formam tecidos longe do SNC, que, então, geram: os gânglios sensitivos; gânglios do sistema nervoso autônomo; medula da suprarrenal; melanócitos; células de Schwann; e células C (da tireoide).
Em determinada idade, a goteira e o tubo neural coexistem. Com o tempo, formam-se dois orifícios: o neuróporo rostral e neuróporo caudal. Estas são as últimas porções a se fecharem (em torno de 25 a 27 dias). Ao crescer, forma: duas lâminas alares, duas basais, uma do assoalho, e uma do teto. As lâminas alares e as basais são separadas pelo sulco limitante. Das alares e das basais vem os neurônios ligados a sensibilidade e motricidade (respectivamente), situados na medula e tronco encefálico. Assim, as alares se conectam com neurônios sensitivos, e as basais se diferenciam em neurônios motores. Regiões próximas ao sulco limitante se especializam na inervação das vísceras, e as mais afastadas abrangem os territórios somáticos (músculos e pele). A lâmina do teto, fina, origina o epêndima e o plexo coroide, enquanto que a lâmina do assoalho forma um sulco, se tornando o assoalho do IV ventrículo.