O plexo coróideo, ou coroide, é o principal local de produção do líquor. São vilosidades que se estendem da parede ventricular para a cavidade, emergindo no líquor. Basicamente as vilosidades são capilares fenestrados envoltos em estroma de tecido conjuntivo, envoltos por células ependimárias. Esse tecido conjuntivo é uma prega formada basicamente pela pia-máter, que adentra a cavidade. As células ependimárias estão interligadas por junções íntimas que promovem uma barreira eficaz à passagem de substâncias dos vasos sanguíneos para o líquor – que é conhecida como barreira hematoliquórica. O chamado epitélio coroide é inervado por fibras autonômicas, é bom saber
O líquor é um ultrafiltrado do plasma. E é formado por diferentes mecanismos. Em resumo, ele tem componentes vindos de um processo de difusão, que é um tipo de transporte passivo, e do transporte ativo, com destaque para a concentração de sódio, que está em maior quantidade que no plasma sanguíneo, e é utilizado para a estabilização do pH. A concentração de potássio é constante, e não é afetada com mudanças de pH sanguíneo ou do líquor. Isso se deve a sua importância na condução nervosa. Glicose e alguns aminoácidos conseguem chegar ao líquor por meio de canais específicos. A entrada de glicose, por exemplo, é mediada pelo transportador GLUT-1. Já macromoléculas, como proteínas plasmáticas, são impedidas de entrar pelo plexo coroide, precisando de transporte mediado por receptor específico, que promove entrada por vesículas.
O líquor então flui dos ventrículos laterais, via forames interventriculares, até o terceiro ventrículo, e de lá para o quarto ventrículo via aqueduto do mesencéfalo. De lá, se difunde pelo espaço subaracnoide via forames de Luschka e Magendie, indo para a medula espinal. E, então, retornam para serem drenados no seio sagital superior, através das granulações aracnoides que são porções da aracnoide que adentram os seios venosos.