O Potencial de Ação é o sinal que leva a informação ao Sistema Nervoso. Ele também é chamado de pico de potencial, ou potencial em ponta, ou espiga, ou impulso nervoso ou descarga.
A fase ascendente consiste na fase de despolarização da membrana, onde atinge o pico de +40mV. A fase descendente consiste na repolarização de membrana, onde sua face intracelular volta a ficar mais negativa que a face extracelular, e que o potencial de repouso (-65mV), ou seja, mais negativo que isso. A fase de pós-hiperpolarização consiste na fase de restauração desse potencial de repouso.
O potencial de ação consiste em uma redistribuição de carga na membrana, onde a despolarização consiste no influxo de sódio, e a repolarização no efluxo de potássio. Basta lembrar dos conceitos de potencial de repouso, descritos anteriormente. Para se entender a teoria, porém, é preciso considerar um neurônio ideal para ser estudado. Este neurônio possuiria uma membrana com canais de sódio, de potássio e uma bomba sódio-potássio, apenas. E essas bombas funcionariam a todo momento
Na prática, o que ocorre é uma despolarização até atingir o limiar, em que ocorre abertura dos canais de sódio até atingir um potencial crítico em que permite influxo maciço de íons sódio (na verdade, canais de sódio abertos pela distensão de um alfinete que perfura um dedo, por exemplo, induzem influxo que provoca alteração de potencial, e quando chega no limiar, ele provoca abertura dos canais de sódio voltagem-dependente). Para restaurar o potencial negativo da membrana, há abertura de canais de potássio, e então os íons potássio saem rapidamente.
Se o axônio for suficientemente despolarizado, a ponto de alcançar o limiar, ocorre o início do potencial de ação. O influxo de carga positiva despolariza um segmento à frente, até gerar potencial de ação. Assim, segue seu trajeto, até as terminações axônicas, onde irá desencadear a transmissão sináptica (Capítulo 3). É bom lembrar que o fluxo do potencial é unidirecional, ou seja, não volta pelo caminho percorrido por conta daquele retardo dos canais de sódio que foi abordado neste capítulo.