A excreção renal de potássio (assim como qualquer outra substância) é determinada pelo somatório dos três processos básicos: (1) filtração, (2) reabsorção tubular e (3) secreção tubular.
Cerca de 90% da massa celular dos túbulos coletores corticais e distais finais são formadas pelas células principais, responsáveis, conforme já explicado, por secretar potássio no lúmen tubular.
A secreção de potássio pelas células principais depende basicamente de quatro fatores que controlam tal processo: (1) da atividade da ATPase Na+/K+ na membrana basolateral, (2) do gradiente de concentração do potássio criado com o seu transporte do interstício para dentro da célula através da bomba de sódio-potássio, (3) da quantidade de Na+ que chega em túbulo coletor e é absorvido pelo canal ENaC em membrana luminal e (4) da permeabilidade da membrana luminal pelos poros de efluxo com o potássio.
Quando alguma situação clínica faz um paciente hipersecretar a aldosterona, o seu potássio intracelular será perdido para o líquido extracelular e, a partir daí, será eliminado para o meio externo. Nesse sentido, haverá uma resposta compensatória do corpo para pôr um fim à sua perda e poupar o máximo de potássio possível, por meio de um aumento na sua reabsorção nos túbulos coletores distais finais.
A regulação da secreção do potássio pelas células principais age no sentido de estimular ou inibir a sua secreção.
Quando a concentração extracelular do potássio está elevada, a sua secreção também será aumentada, na tentativa de reduzir sua concentração plasmática.
Já sabemos que é um hormônio que agirá nas células principais dos túbulos e dos ductos coletores, cuja função é promover a reabsorção ativa dos íons Na+ – através da bomba de sódio- -potássio. Essa ATPase transporta o sódio de dentro da célula para o interstício e depois para os capilares sanguíneos peritubulares, na medida em que faz o bombeamento do potássio no sentido oposto ao sódio, isto é, do interstício para a célula e, posteriormente, para o lúmen tubular.
Quando o túbulo distal recebe um fluxo de líquido filtrado após um indivíduo ingerir uma quantidade maior de sódio, ou quando ele sofrer uma expansão de volume (por exemplo, terapia de hidratação parenteral) ou quando estiver usando continuamente diuréticos, o organismo irá trabalhar no sentido de estimular a secreção de potássio. Em oposição, caso haja uma redução do fluxo tubular distal, a secreção de potássio será reduzida.
Essa parte é mais a título de revisão e fixação, porque já vimos anteriormente neste capítulo a influência que a concentração de H+ exerce sobre a concentração de K+. Condições como a acidose e alcalose metabólica são capazes de afetar a concentração de potássio extracelular.