A grande maioria do potássio corporal está dentro do compartimento intracelular – cerca de 98% do potássio corporal estão dentro da célula e os 2% restante no compartimento extracelular. Por isso, o potássio é considerado como o principal íon intracelular. Sua osmolaridade plasmática (ou concentração média nos líquidos extracelular) é de aproximadamente 4,2 mEq/L, sendo regulada de tal forma que haja algumas oscilações de até 0,3 mEq/L, para mais ou para menos. O mecanismo de controle da concentração do potássio extracelular é necessário para homeostase corporal, além de ser muito preciso. Várias funções celulares e orgânicas são sensíveis às alterações da concentração extracelular de potássio. Caso ocorra um aumento de 3 a 4 mEq/L na concentração plasmática de potássio, arritmias cardíacas podem ser deflagradas, com risco de morte súbita.
Algumas substâncias químicas corporais (sobretudo, os hormônios) têm a capacidade de fazer o potássio se distribuir por entre os compartimentos intra e extracelular. Um desses principais hormônios é a insulina, cujo mecanismo de ação envolve a mobilização do potássio extracelular para o ambiente intracelular, para que promova a entrada de glicose nas células.
Várias situações fisiológicas fazem com que o organismo secrete catecolaminas, sobretudo, o estresse. Não o estresse diário, cotidiano como a jornada de trabalho ou de estudos, mas estresses mais fortes, como um assalto, ou quando você se depara com um tigre raivoso no meio da rua.
O pH sanguíneo fisiológico encontra-se na faixa entre 7,35-7,45. Condições que fazem o pH encontrar-se acima de 7,45 são denominadas genericamente alcalemia.
Caso a sobrecarga de potássio seja cada vez maior, a aldosterona também será mais secretada pela zona glomerulosa da córtex adrenal, o que faz aumentar a excreção do potássio. A aldosterona aumenta a reabsorção de sódio pelos túbulos coletores em contrapartida da secreção de potássio para o lúmen tubular
Esse ponto é muito fácil de entender. Já sabemos que quase a totalidade do potássio está dentro das células, não é mesmo? Por isso, as situações que levem à lesão ou morte celular fazem com que uma grande quantidade de potássio contida no meio intracelular extravase para o meio extracelular.
Ao realizar exercícios físicos extenuantes, um indivíduo faz com que suas células musculares esqueléticas sofram lise, promovendo assim o extravasamento do potássio intracelular para o meio extracelular, o que gera hipercalemia.
Já vimos que o pH sanguíneo fisiológico se encontra na faixa entre 7,35-7,45. Condições que fazem o pH encontrar-se abaixo de 7,35 são denominadas genericamente como acidemia. Nesta situação existe estímulo para incorporação de H+ pela célula e eliminação de K+.
Quando um paciente apresenta um quadro de desidratação ou de hiperglicemia, a água transita do meio intracelular para o meio extracelular por osmose e, posteriormente, será perdida para o meio externo, o que promove o aumento da osmolaridade do líquido extracelular.