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Estudos recentes mostram que algumas vacinas utilizadas contra a Covid-19 (Sars-CoV-2) causam um efeito colateral até então pouco conhecido e que pode ser confundido com um dos sintomas de câncer de mama: a linfonodopatia axilar ipsilateral ou popularmente conhecido como “ínguas” ou “caroços”.
Por que prorrogar a mamografia pós-vacina?
Gânglios aumentados não são sinal de câncer de mama. A informação é confirmada pela Sociedade Brasileira de Mastologia, pela Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgro), que já divulgaram recomendações para conduta frente à linfonodopatia axilar em pacientes que receberam recentemente a vacina para Covid-19.
“Por isso, nossa recomendação é que os agendamentos de exames de mamografia em pacientes sejam realizados antes da primeira dose da vacina ou, então, duas a quatro semanas depois da aplicação da segunda dose”, afirma dra. Maira Calfelli Caleffi, mastologista e presidente voluntária da Femama.

Fonte: https://bityli.com/lZfqz
Linfonodopatia versus tumor
A Dra. Maira Calfelli Caleffi ainda constata que se a linfonodopatia permanecer, recomenda-se a investigação, ou seja, a biópsia do linfonodo para excluir a malignidade mamária ou de outra origem extramamária.
Conclusão
Para evitar possíveis equívocos interpretativos, a Comissão Nacional de Mamografia do CBR, em conjunto com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), prepararam recomendações aos serviços de diagnóstico por imagem que executam exames de mamas inserindo ações como:
- inclusão, na anamnese das pacientes, do status da vacinação, com data e lateralidade da imunização, assim como o tipo de vacina recebida;
- recomendação de que o agendamento dos exames de rastreamento para câncer de mama (pacientes assintomáticas) seja realizado antes da primeira dose ou depois de quatro semanas da segunda dose da vacina contra a Covid-19;
- no caso de detecção de linfonodopatia axilar unilateral em mulheres que receberam a vacina contra a Covid-19 nas últimas quatro semanas (ipsilateral ao lado da imunização), sem lesão mamária suspeita concomitante, sugere-se classificar como provavelmente benigna;
- recomendação de controle de 4 a 12 semanas depois da segunda dose da vacina. No caso de persistência, então considerar biópsia do linfonodo para excluir malignidade mamária ou extramamária.
Autora: Natália Paniágua de Andrade
Instagram: @natipaniagua_
O texto é de total responsabilidade do autor e não representa a visão da sanar sobre o assunto.
Observação: esse material foi produzido durante vigência do Programa de colunistas Sanar. A iniciativa foi descontinuada em junho de 2022, mas a Sanar decidiu preservar todo o histórico e trabalho realizado por reconhecer o esforço empenhado pelos participantes e o valor do conteúdo produzido.
Referências
Aumento dos linfonodos nas axilas após imunização contra Covid-19 não pode ser confundido com sintoma de câncer de mama. https://www.sbmastologia.com.br/noticias/aumento-dos-linfonodos-nas-axilas-apos-imunizacao-contra-covid-19-nao-pode-ser-confundido-com-sintoma-de-cancer-de-mama/
Mulheres que se vacinaram contra a Covid-19 devem esperar 2 a 4 semanas para fazer mamografia. https://www.femama.org.br/site/br/noticia/mulheres-que-se-vacinaram-contra-a-covid-19-devem-esperar-2-a-4-semanas-para-fazer-mamografia?t=1627336379