Índice
- 1 Diferença entre Urgência e Emergência
- 2 Como é o dia a dia do Médico Emergencista?
- 3 Áreas de atuação na Medicina de Emergência
- 4 Mercado de trabalho e remuneração
- 5 Como se tornar um especialista em Medicina de Emergência?
- 6 História da Medicina de Emergência
- 7 Pós-graduação em Medicina de Emergência da Sanar
- 8 Quer ver mais conteúdo como esse?!
A Medicina de Emergência concentra-se na abordagem e manejo de situações que representam risco imediato à vida.
A área passou a ser reconhecida como uma especialidade médica no Brasil há poucos anos apenas e figura como uma das principais áreas de atuação do médico recém-formado.
Segundo o portal de Emergência da USP, a complexidade do atendimento de emergência vem crescendo exponencialmente. Isso exigiu a criação de uma especialidade específica da emergência.
O médico emergencista atende a pacientes com acometimentos, doenças e lesões que, em geral, não têm diagnóstico prévio e que precisam de atendimento médico imediato, exigindo muito preparo técnico e também emocional dos profissionais.
Diferença entre Urgência e Emergência
A diferença entre urgência e emergência é um tema que pode gerar muita confusão.
A urgência pode ser definida como “a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata”.
Já a emergência, como a “constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato.” Um exemplo do primeiro é um caso de fratura de perna; o segundo, um caso de infarto agudo do miocárdio.
Dois marcos normativos servem de referência para os magistrados em relação ao direito à Saúde. As definições de urgência e emergência acima, presentes na Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) n. 1.451, de 1995, são a base para o atendimento ou tratamento médicos, independentemente se no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Como é o dia a dia do Médico Emergencista?
O Médico Emergencista tem como principais competências:
- Reconhecer as afecções agudas de pacientes atendidos em Unidades de Pronto Atendimento e Emergências Hospitalares, bem como pelo atendimento Pré-Hospitalar, e implementar os respectivos protocolos.
- Estabelecer linhas de atendimento/cuidado em Urgência e Emergência.
- Auxiliar no atendimento a pacientes com necessidades específicas.
- Capacidade de autonomia e liderança.
- Demonstrar capacidade de gerenciamento dos processos administrativos relacionados a todas as instâncias de atendimento a Urgência e Emergência (gestão de custos, alocação de recursos humanos, fluxos, etc).
Habilidades do profissional
Dentre as habilidades do profissional da área, algumas são:
- Acesso Vascular periférico e central.
- Sondagem Vesical e Naso/orogástrica.
- Intubação traqueal – Oral e nasal.
- Cricotireoidostomia.
- Suporte Ventilatório Invasivo e Não Invasivo.
- Punção liquórica.
- Toracocentese, Pericardiocentese e Paracentese.
- Drenagem torácica.
- Instalação de Marcapasso Transitório.
- Bloqueios anestésicos.
- Suturas de ferimentos superficiais.
- Identificação de alterações e doenças agudas maiores em exames de imagens (Ecografia, Rx, CT e/ou RNM).
- Apresentação de tema livre ou submissão de artigo em periódico.
Leia também: 5 mitos da Medicina de Emergência segundo uma Residente da USP
Áreas de atuação na Medicina de Emergência
Nesta área, os médicos podem ser empregados em vários contextos, desde baseados em hospitais ou autônomos, instalações de cuidados urgentes, unidades de observação médica, serviços de resposta rápida de emergência e até locais de telemedicina.
Como a especialidade ainda é nova no Brasil, atualmente a atuação se resume muito a plantões. No entanto, em outros países, essa realidade já é bem diferente e deve mudar também no Brasil, como afirma Dra. Clara Carvalho, residente em Emergência na USP:
“Para quem acha que é muito extenuante viver de plantão, saiba que hoje em dia, nos locais em que a especialidade é muito disseminada, como nos EUA, existem jornadas de trabalho de 06/08 horas diárias, alguns locais estabelecem carga horária semanal de 48 horas, e assim por diante. No Brasil, ainda não é assim, pois a especialidade é nova, e cabe a nós, pioneiros começar a implementar novas práticas nos serviços que formos nos inserir.
Dra. Clara Carvalho, residente em Medicina de Emergência/USP.
Plantão não tem que ser sinônimo de algo de outro mundo, trabalho caótico, duro e envelhecedor. Plantão pode ser bom, organizado, com fluxos e protocolos bem estabelecidos, basta que a cultura dos departamentos de emergência comece a mudar”
Mercado de trabalho e remuneração
A especialidade representa apenas 0,2% do total número de médicos cursando programas de residência médica em Medicina de Emergência.
Em 2017, eram apenas 54 R1s e 14 R2s., sendo que Medicina de Emergência, Patologia Clínica, Medicina Preventiva e Social, entre outras, têm mais de 80% de suas vagas autorizadas não ocupadas. Os dados são da Demografia Médica de 2018, realizada pelo Conselho Federal de Medicina.
Considerando que a especialidade só foi reconhecida em 2016, nessa pesquisa ainda não haviam dados de médicos emergencistas especialistas. Atualmente, no Brasil, apenas 85 são emergencistas especializados. Isso demonstra que ainda existe uma grande falta de profissionais no mercado, ao contrário de outras especialidades já saturadas.
Como é uma especialidade muito nova, ainda existe uma ideia de que como médico emergencista, você vai ganhar pouco. No entanto, Dra. Clara Carvalho desmistifica esse pensamento:
Nos EUA, a medicina de emergência é uma das especialidades MAIS bem pagas do país, assim como na Austrália, Canadá e em outros países que já tem cultura do Emergencista
Mas por quê? A atuação do médico emergencista reduz custo para o sistema, já que um bom atendimento nos primeiros 15 minutos para o paciente acarreta numa redução drástica nos encaminhamentos e assim, diminuindo internações, solicitações de exames e aumentando internações com diagnostico e tratamento definitivo já encaminhados
Como se tornar um especialista em Medicina de Emergência?
Para se tornar uma Médico Emergencista você deve fazer a prova de títulos da ABRAMEDE ou fazer uma Residência em Medicina de Emergência.
No entanto, como a área passou a ser reconhecida como especialidade médica recentemente, ainda são poucos os programas de residência no País. Além disso, a Residência impede que o médico mantenha sua rotina de trabalho.
Uma outra alternativa para o médico é fazer uma Pós-graduação em Medicina de Emergência, se capacitando mais sem deixar de trabalhar e, consequentemente, ganhar dinheiro.
Essa pode ser uma excelente opção principalmente para médicos recém-formados que querem ganhar mais segurança na sua atuação prática, mas não podem ou não desejam deixar de trabalhar.
História da Medicina de Emergência
Nos Estados Unidos a primeira Residência na área foi criada em 1970.
Já o primeiro Departamento de Medicina de Emergência em uma faculdade de medicina foi criado em 1971, na University of Southern California.
Em 1979, o American Board of Medical Specialties, em uma votação histórica, criou oficialmente a especialidade.
No Brasil, a especialidade só foi reconhecia em 2016, apesar de que desde 1985, no Ceará, caracterizado por seu espirito pioneiro, foi fundada a primeira sociedade Médica destinada a contribuir para o desenvolvimento da especialidade.
Na América Latina, a Medicina de Emergência é uma especialidade reconhecida no México, Peru, Colômbia, Venezuela, Panamá e, desde 2012, na Argentina.
Pós-graduação em Medicina de Emergência da Sanar
A oferta de vagas de residência em Emergência ainda é muito pequena. Atualmente, reconhecidos pela Comissão Nacional de Residência Médica, são 27 programas com duração de três anos, somando apenas 133 vagas para R1 por ano.
Além disso, você pode não querer se dedicar a uma Residência, mas buscar ser um emergencista ou plantonista melhor, que contem com cursos essenciais, como: ACLS, BLS, ATLS e mais.
Por isso, te convidamos a conhecer a Pós-graduação em Medicina de Emergência da Sanar:
- Semi presencial;
- Aulas teóricas online;
- Experiências práticas presenciais;
- Adaptação dos cursos de ACLS, BLS, ATLS e mais…
- Metodologia de Casos Clínicos;
- Professores de alto nível: padrão USP
Quer se aprofundar mais?
A Medicina de Emergência está presente em todas as fases da carreira médica!

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