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Ana Luísa Tano
Medicina
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Publicações de Ana Luísa Tano (6)
Perigos do uso recreativo da maconha | Colunistas
A maconha é a droga ilícita mais consumida no Brasil, em grande parte por adolescentes e jovens adultos, sendo popularmente conhecida como “inofensiva”, devido ao seu menor potencial de reforço primário, quando comparada a outras drogas em circulação, como cocaína e heroína. A discussão acerca de seu uso medicinal nos últimos anos vem gerando debates que favorecem a disseminação de informações incompletas e errôneas, colocando a Cannabis sativa como positiva e benéfica. Inúmeros estudos comprovam a ação medicinal dos canabinóides presentes na maconha, inclusive o fato dela ser natural, o que colabora para uma maior aceitação popular. Entretanto, esses constituintes, como será visto adiante, também exercem efeito psicoativo, sendo capazes de comprometer vários sistemas do organismo e ainda causar dependência. Estudos acerca dos efeitos patológicos da maconha indicam que estes estão mais ligados ao tempo de uso da substância do que com a frequência de consumo, o que impõe grave risco aqueles que a utilizam há anos de forma recreativa. O uso recreativo, como o próprio nome já diz, refere-se a utilização em situações de lazer, geralmente em festas e com amigos. A maioria destes usuários esporádicos acredita não correr perigo neurofisiológico devido à baixa frequência de uso, o que não é inteiramente verdade. Saiba mais sobre o sistema envolvido na dependência de drogas, como a maconha, aqui. Sistema endocanabinóide O corpo humano contém um complexo chamado de Sistema Endocanabinóides (SECB), formado por receptores, canabinóides endógenos e as enzimas que os sintetizam, onde os canabinóides exógenos da maconha atuam. Estudos mostram que o SECB possui a capacidade de modular o eixo hipotalâmico-hipofisário, a resposta imune e inflamatória, funções cardiovasculares, respiratórias, reprodutivas, oculares, além de exibir influência no apetite. Todos esses sistemas são controlados
Ana Luísa Tano
6 min
• 29 de ago. de 2021
O sistema de recompensa e a dependência química| Colunistas
Há mais de meio século, a Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu que o uso de substâncias lícitas e ilícitas de forma abusiva se caracteriza como uma dependência e não como um vício ou habituação. A justificativa é que tal comportamento acarreta mudanças cerebrais que condicionam o uso frequente das substâncias, tornando difícil abandonar seu consumo, como será demonstrado ao longo do texto. Na dependência química, a droga de abuso se torna parte das necessidades diárias do indivíduo, assim como comer e dormir, o que se deve às alterações cerebrais relacionadas ao equilíbrio fisiológico e psíquico. Ao longo do texto você conhecerá o principal mecanismo relacionado a dependência, o sistema de recompensa cerebral, bem como a neuroadaptação. Princípios (reforços, etc) Para compreender a dependência química, é importante conhecer alguns conceitos da toxicologia social. Reforço primário é o potencial de uso contínuo influenciado pela própria substância, ou seja, características específicas, intrínsecas à droga, que estimulam o usuário a buscá-la novamente. A exemplo, cita-se a heroína (opioide), substância que possui maior potencial de reforço primário do que o etanol (álcool etílico), podendo causar dependência mais rapidamente. Também relacionados aos efeitos próprios de cada substância, referente ao potencial de uso contínuo da droga, se tem o reforço negativo e o reforço positivo. O primeiro ocorre em situações nas quais o usuário busca novamente a droga devido a seus efeitos depressores, capazes de diminuir a ansiedade, o estresse e a dor. Já no reforço positivo, a motivação para busca recorrente se deve aos efeitos excitatórios da droga, os quais causam euforia, prazer e felicidade. Por sua vez, o potencial de reforço secundário está relacionado às características sociais e ambientais que estimulam o uso da
Ana Luísa Tano
9 min
• 7 de jul. de 2021
Reações de Hipersensibilidade: alergias | Colunistas
O sistema imunológico garante proteção ao nosso corpo, prevenindo danos causados pela atuação de agentes patógenos. No entanto, existem situações em que esse complexo sistema pode ser também responsável por causar lesões e danos teciduais, como nas reações de hipersensibilidade. Isso ocorre em razão de três fatores: a autoimunidade, quando as células do sistema imune atacam autoantígenos; por reações contra microrganismos, quando no decorrer da resposta imune normal ocorrem danos teciduais originados por mediadores das próprias células imunes; ou reações alérgicas. O objetivo deste artigo será explicar os mecanismos de hipersensibilidade envolvidos nas alergias, quando a resposta imune atua sobre antígenos não patogênicos, o tipo mais comum de distúrbio imune. As alergias, reações de hipersensibilidade imediata (tipo I), são caracterizadas por alterações musculares e vasculares após contato com algum antígeno alérgeno. Consistem em uma reação imediata com sinais característicos, seguida por uma fase inflamatória de início tardio. Você verá os principais mecanismos envolvidos tanto na reação imediata quanto na reação tardia. Células e mediadores Para compreender o mecanismo de desenvolvimento da reação alérgica, é importante conhecer os tipos celulares, suas funções e mediadores envolvidos no processo. Células Th2 Estritamente relacionados à alergia, estes subtipos de linfócitos T CD4+ auxiliares secretam interleucinas (IL) e outros mediadores que promovem o controle da resposta imune, como IL-4, IL-5 e IL-13. Além de demonstrarem importante papel na reação imediata, também atuam na inflamação da fase tardia. A interleucina 4 atua na indução da troca de isotipo das imunoglobulinas secretadas pelos linfócitos B para IgE, importantes no início da reação alérgica. Além disso, ela é responsável por aumentar a expressão de receptores VCAM-1, que se ligam a proteínas de membrana em
Ana Luísa Tano
9 min
• 30 de mai. de 2021
As vacinas contra Covid-19 são seguras? | Colunistas
A vacinação é tema de muito debate desde os primórdios do desenvolvimento e implementação desta técnica de imunização. No entanto, a ausência de informações sempre gerou insegurança na população; hoje, mesmo após o advento das tecnologias e comunicações, as dúvidas e suspeitas ainda persistem. O movimento “antivacina” vem ganhando grande destaque na pandemia de coronavírus no Brasil por fomentar na população a grande dúvida sobre a segurança das vacinas desenvolvidas contra essa doença altamente contagiosa. Abaixo você verá uma explicação sucinta de como as principais vacinas são feitas e utilizadas, bem como sua eficácia e segurança, seguida de um questionamento sobre as vacinas de Covid-19. Surgimento Cerca de 200 anos atrás, um surto de varíola em vários países deixou um rastro de óbitos e deu início ao que hoje chamamos de vacinação. As pessoas se contaminavam propositalmente ao entrar em contato com infectados através de feridas ou pus para que ficassem imunes da doença, técnica denominada variolação. Cientistas perceberam que, ao entrar em contato uma segunda vez com o agente infeccioso da varíola, estas pessoas não contraiam a forma grave da doença, dando abertura à origem da técnica de vacinação. Com o passar do tempo, foi observado que as pessoas vacinadas estavam contraindo a doença novamente. Os cientistas da época concluíram que isso se devia ao fato de a imunidade proporcionada pela vacinação possuir “data de validade”, ou seja, era necessária uma dose de reforço para garantir total imunidade. Aos olhos das pessoas comuns da época, esse acontecimento foi visto como um erro da ciência, dando origem aos questionamentos sobre a eficácia das vacinas. Resposta imune É importante compreender o funcionamento do
Ana Luísa Tano
8 min
• 16 de mar. de 2021
Escala de Hunt e Hess e a importância de uma anamnese bem feita | Colunistas
A escala de Hunt e Hess foi criada para avaliação de hemorragia subaracnóidea, também chamada de HSA, geralmente apresentada como cefaleia, síncope, perda dos movimentos e da visão e rigidez nucal. A escala avalia os graus destes sinais e sintomas para melhor determinar a conduta médica e cirúrgica, bem como o prognóstico de cada caso, por isso a importância de uma anamnese e exame físico de qualidade. Seu uso está cada vez mais elevado devido à alta mortalidade nos casos de hemorragia subaracnóidea e sua rápida progressão, podendo o médico ser responsável por danos cerebrais irreversíveis se demorar no atendimento e diagnóstico. Hemorragia subaracnóidea Para melhor uso da Escala de Hunt e Hess, é necessário compreender a fisiopatologia de uma hemorragia subaracnóidea e como ela ocorre, visando diagnósticos mais rápidos e precisos. Anatomia cerebral Ao redor do córtex cerebral, nós temos três meninges importantes tanto para a manutenção da homeostasia dentro da caixa craniana bem como para a proteção contra choques mecânicos. A mais externa e mais espessa é chamada dura-máter, logo abaixo é possível encontrar a meninge aracnoide e, por fim, mais internamente, temos a pia-máter. Entre a dura-máter e a meninge aracnóidea não existe espaço, este aparece apenas em casos de anormalidades como hemorragias subdurais. Já entre a aracnoide e a pia-máter, é possível visualizar um espaço chamado subaracnóideo, por onde passam os vasos sanguíneos e circula o liquido cefalorraquidiano. A meninge mais externa, dura-máter, é envolvida pelo osso craniano, razão pela qual não se esperam grandes variações volumétricas. Quando algum dos componentes da caixa craniana aumentam de volume, como o fluxo sanguíneo que percorre os vasos cerebrais, o liquido cefalorraquidiano e
Ana Luísa Tano
6 min
• 16 de fev. de 2021
Amamentação: como funciona e qual a importância | Colunistas
A gravidez é um momento de mudança na vida de uma família, mas principalmente na vida da mulher. A gestante passa por várias transformações hormonais, corporais e mentais que marcam a decisão de desenvolver um novo ser humano. Um dos momentos mais importantes nos primeiros meses de vida do ser humano é o da amamentação. Durante esse período o bebê recebe sua primeira nutrição, a qual será importantíssima no desenvolvimento, como será visto adiante. Você verá a seguir os aspectos mais importantes e relevantes para entender o processo fisiológico envolvido na lactação, com ênfase nas principais ações hormonais a ele correspondentes e na ejeção do leite. As mamas As mamas são compostas por tecido glandular, conjuntivo e adiposo, sendo extremamente vascularizadas e inervadas, fator que contribui para o processo de lactação. Podem apresentar tamanhos variados em decorrência da deposição de gordura local, sem correlação com a função secretora e fisiológica das glândulas mamárias. Durante a gestação as mamas são devidamente desenvolvidas e terminam a maturação a partir de alterações hormonais que ocorrem durante esse período. São compostas por até 20 glândulas mamárias denominadas lobos que se subdividem em lóbulos. Cada lobo desemboca em um ducto lactífero que, ao chegar na região logo abaixo da aureola mamária (superfície mais rugosa, escura e central), se dilata e passa a ser chamado seio lactífero. Esses canais por onde o leite flui são revestidos por células mioepiteliais que apresentam função contrátil. Legenda: A imagem mostra o crescimento dos lóbulos e alvéolos para a amamentação Preparação do corpo materno A gravidez é acompanhada por várias mudanças hormonais e
Ana Luísa Tano
7 min
• 19 de jan. de 2021
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