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Barbara Figueiredo
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Publicações de Barbara Figueiredo (7)
Glutamato e esquizofrenia: resultados claros e eficientes? | Colunistas
As doenças mentais são consideradas doenças crônicas que causam fragilidade e incapacidade para o portador e são cercadas de estigmas e preconceitos de toda a sociedade. Nesse contexto, a esquizofrenia é considerada a doença mais incapacitante quando nos referimos a transtornos mentais, sendo definida pela Classificação Internacional de Doenças (CID-10) da Organização Mundial da Saúde (OMS) como “distorções fundamentais e características do pensamento e da percepção, e por afetos inapropriados ou embotados. Envolvem fenômenos psicopatológicos como transtornos de pensamentos, ideias delirantes e vozes alucinatórias”. Por esse motivo, o cuidado tornou-se ainda mais árduo, principalmente para o familiar responsável pelo cuidado (DIAS, 2020). A esquizofrenia é uma doença grave, episódica e persistente, com um curso de tempo característico em que episódios agudos, caracterizados por sintomas psicóticos positivos, como delírios e alucinações, são seguidos por uma fase crônica na qual sintomas negativos e cognitivos incapacitantes e deficiências sociais tendem a ser proeminentes. Há evidências de três processos fisiopatológicos potencialmente relacionados, consistentes com a evolução temporal característica da doença (KUMAR, 2018). Os medicamentos atuais para o tratamento da esquizofrenia – os antipsicóticos típicos e atípicos – são antagonistas do receptor D2 da dopamina com um benefício clínico satisfatório nos sintomas positivos, mas sem impacto limitado ou nenhum nos sintomas negativos da doença. Portanto, há uma necessidade urgente de melhorar a farmacoterapia dos sintomas negativos. Ao lado do sistema dopaminérgico, a neurotransmissão glutamatérgica disfuncional tem sido fortemente implicada na etiologia da esquizofrenia, particularmente uma hipofunção do N- receptor de metil-d-aspartato (NMDAR). Como a hipofunção NMDAR está especialmente associada a sintomas negativos, o NMDAR é continuamente discutido como um alvo promissor para a introdução de novos medicamentos (THIEBES, 2017). Doses subanestésicas de antagonistas NMDAR, como fenciclidina (PCP) e cetamina, não provocam apenas efeitos
Barbara Figueiredo
6 min
• 5 de jan. de 2021
Transplantes de pele: curativos biológicos | Colunistas
Saiba mais mais sobre os transplantes de pele: funcionamento do procedimento, riscos, indicações para receber e mais! A pele protege órgãos delicados de serem agredidos ou infeccionados, regula a temperatura do corpo, mantém os fluidos essenciais, elimina os resíduos e, naturalmente, dá alertas de calor, frio, dor, contato e pressão. Devastadores ferimentos da pele, como extensas queimaduras de terceiro grau, são fatais, a menos que haja uma intervenção especializada e rápida. Esta intervenção depende muito da saúde da pele. Os médicos há tempos já sabem que a melhor bandagem para queimadura intensa é a pele humana. Se um paciente está excessivamente queimado para ser seu próprio doador, ele precisa de enxertos de pele de um doador falecido para poder ser curado (RODRIGUES et al., 2014). Como funciona o transplante de pele? O transplante de pele funciona para garantir que uma pessoa que está internada em decorrência de uma grande queimadura consiga sobreviver às primeiras semanas de tratamento, quando ela não tem cobertura epidérmica. Então, a pele é retirada em camadas muito finas, de modo que não descaracterize o corpo do doador – que pode ser velado normalmente – e é processada de uma forma especial dentro do Banco de Tecidos para ser armazenada e compatível com qualquer pessoa. A pele nunca é imediatamente transplantada. Ela é envolta com glicerina, um tipo de gel preservativo, e armazenada em bolsas fininhas de plástico, que são colocadas em geladeiras a 4 graus Celsius. Ao longo de até 40 dias, a doação passa por uma série de exames para detectar doenças infecciosas. (GOVERNO DO RIO DE JANEIRO, 2020). Como é a cirurgia?
Barbara Figueiredo
5 min
• 5 de out. de 2020
O grande gerúndio: o que é saúde? | Colunistas
Na atualidade, entende-se por saúde, o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente a ausência de doenças, conceito esse que é reconhecido tanto pela Organização das Nações Unidas e pela Organização Mundial da Saúde. Para chegar ao atual consenso, é de suma importância salientar que ele reflete a conjuntura social, econômica, política e cultural. Ou seja: saúde não representa a mesma coisa para todas as pessoas. Dependerá da época, do lugar, da classe social. De valores individuais, concepções científicas, religiosas e filosóficas. O mesmo, aliás, pode ser dito das doenças. Historicidade filosófica do conceito de saúde: Antiguidade: Nos primórdios da humanidade, os cuidados com a saúde tinham como objetivo a sobrevivência e se desenvolviam na estrutura social de convivência e socialização dentro da tribo e no espaço comunitário. A observação dos animais e o caráter instintivo foram importantes para desenvolver noções sobre saúde e sobrevivência. Os egípcios a consideravam como o estado natural do ser humano e mantinham relação com as alterações ocorridas com o Rio Nilo, razão de sua subsistência. Na vida da sociedade egípcia, a preocupação com a limpeza do corpo e a aparência física era um fator primordial; praticavam hábitos de higiene, fazendo uso de banhos e acreditavam que alimentos bem ou mal combinados podiam manter a saúde ou causar doenças. Tal conceito encontra sua gênese na íntima relação entre filosofia e medicina, na influência mútua entre ambos desde suas origens. Assim, o surgimento da medicina foi oriundo do conceito de “phisis”, da natureza do cosmos e pelo sentido de totalidade, provenientes da filosofia pré-socrática jônica. Na Grécia Antiga, o interesse pela saúde tinha um conceito elevado entre os pensadores
Barbara Figueiredo
14 min
• 26 de ago. de 2020
Impactos psíquicos de uma quarentena | Colunistas
Números De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo, onde 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população) convivem com o transtorno. Paralelamente à pandemia do COVID-19, no mundo hodierno, vive-se uma outra pandemia silenciosa, que é entendida pela OMS como o “mal do século”, que é a depressão e as ideações suicidas. Estima-se que, atualmente, 322 milhões de pessoas no mundo tenham depressão. No Brasil, os números são alarmantes: dados da OMS mostram que taxas de suicídio foram 7% maiores no Brasil em 2016, último ano da pesquisa, do que em 2010. A cada 100 mil habitantes, aumentou-se 7% no Brasil, ao contrário do índice mundial, que caiu 9,8%, alerta a OMS. Embora os números mundiais estejam em queda, os índices ainda são preocupantes: cerca de 800 mil pessoas acabam com suas vidas todos os anos no mundo, o que equivale a uma morte a cada 40 segundos. Breve abordagem pretérita: a crise e o desespero Durante o período conhecido como a Grande Depressão, em 1929, em que milhões em títulos foram colocados à venda sem que aparecessem compradores e os preços dos títulos desabaram e fortunas desapareceram em poucas horas, ocorreram numerosos casos de suicídio no fatídico dia chamado de “Quinta-Feira Negra”. Bancos e empresas foram à falência e milhões de trabalhadores perderam seus empregos. Incerteza econômica e medo antecipado do futuro Sob o atual cenário de isolamento social horizontal, é notório que a maioria das pessoas estão inerentes a maiores probabilidades de se tornarem ansiosas, irritadas, estressadas e agitadas, principalmente as com declínio cognitivo e demência. Isso porque a falta de hábitos, estudos, trabalhos e demais atividades causam um eco singular
Barbara Figueiredo
3 min
• 8 de ago. de 2020
Espectro filosófico sob o cenário pandêmico do COVID-19 | Colunistas
Como o estoicismo pode colaborar diante de um cenário de crise? Fundado por Zenão de Cítio, em Atenas, cerca de 300 anos a.C., o estoicismo teve a sua era de ouro alguns séculos depois. Até os dias atuais, pouca coisa surgiu que explique tão bem o comportamento humano perante as adversidades da vida como o estoicismo, e a grande maioria do que surgiu teve como base o próprio estoicismo. De acordo com os estoicos, todas as emoções destrutivas (como ansiedade e angústia) são frutos de uma única coisa: falta de sabedoria. Eles diziam que “o sábio é imune aos infortúnios”, ou seja, sem preparo, estudo e dedicação é mais provável que a nossa mente seja domada do que o contrário. A base do estoicismo seria a dicotomia do controle, ou seja, identificar a diferença entre aquilo que você pode mudar e aquilo que não pode mudar. Nesse sentido, a famosa busca do estoicismo é discernir entre o que está ao alcance da nossa ação, que, portanto, deve ser objeto da nossa racionalidade, e o que não está, que não deve ser nosso objeto de ansiedade. Um outro ponto importante do estoicismo é a percepção do caráter efêmero das coisas, em que muitas das vezes é representado como um comparativo entre nós e a natureza, entre os seres humanos e o “logos”, que significaria uma espécie de divindade ou um grande princípio racional imanente às coisas. Sendo assim, o estoicismo nos ensina a não querer ser maiores que a natureza e, ao contrário disso, aprender a viver com ela. É a partir daí que nasce o entendimento de que o estoicismo seria uma escola filosófica que prega uma certa resignação
Barbara Figueiredo
7 min
• 8 de jun. de 2020
O risco de dietas veganas em idade pediátrica | Colunistas
É fato que o movimento vegano vem crescendo exponencialmente durante os últimos anos e isso deve-se à diversas questões, tais como a coerção ao sofrimento de animais e a alegação de que a dieta vegetal é rica e suficiente. De acordo com Richard Corliss, em um texto publicado na Revista Time Americana, para milhões de vegetarianos, carne significa morte; vitela invoca visões de infanticídio. Muitas crianças, que cresceram assistindo sucessos como “Babe: O Porquinho Atrapalhado” e “Fuga das Galinhas”, evitam comer seus heróis cinematográficos e adotam o que os detratores da carne chamam de “dieta não-violenta”. O veganismo (e suas mais variáveis vertentes) resolve uma guerra interior da pessoa consciente, fornecendo um complexo comestível de boa ação: ser vegano é ser mais humano. Contudo, os plantívoros colocam em cheque a biologia humana. Anatomicamente, o ser humano possui características representativas de onívoros (capacidade para metabolização de diferentes classes de alimentos). No entanto, a dentição está de acordo com o preparo da carne para digestão, ilustrado com a presença de caninos que atuam juntamente com os incisivos para rasgar a carne. Além disso, o organismo humano é incapaz de digerir celulose e, por isso, jamais poderia exercer uma alimentação exclusivamente herbívora. Por esta razão, a celulose passa pelo sistema digestivo sem ser digerida nem absorvida. As vacas, e outros ruminantes, também não podem sintetizar celulose, porém, eles contam com a ajuda de bactérias, protozoários e fungos presentes nos pré-estômagos, com quem vivem numa relação de simbiose. Portanto, se a espécie humana não tem o rúmen e o apêndice tende a se tornar um órgão vestigial, não há como digerir celulose. Além disso, a flora intestinal humana com variedade de micróbios também ilustra a ancestralidade representada acima. Nesse flerte, tomemos como base o processo de hominização –
Barbara Figueiredo
3 min
• 20 de mai. de 2020
A significância da religiosidade na prática médica | Colunistas
Os primeiros hospitais do Ocidente foram construídos por organizações ou Ordens Religiosas durante a Idade Média, e sobretudo, os médicos, frequentemente, eram membros do clero. No Brasil, na época em que o sistema de saúde público não garantia a universalidade de acesso, as Santas Casas, hospitais criados e mantidos pela Igreja, ofereciam cuidados médicos àqueles que não tinham condições de pagar pelo seu tratamento e eram exclusos do sistema de saúde. A partir da segunda metade do século XX, houve uma tendência a ver a religião como algo primitivo, e à medida em que o ser humano evoluísse, os homens a abandonariam. Personalidades como Freud, que afirmava que a religião seria uma “neurose obsessiva e universal” contribuíram para que a religiosidade ganhasse contornos negativos durante esse período, principalmente entre os intelectuais. Nessa época, surgiu a neuroteologia, campo que estuda o processamento das emoções relacionadas à religião e à espiritualidade no cérebro, processo explicado pelo neurocirurgião da Faculdade de Medicina da São Paulo, Raul Marino Júnior, em seu livro “A religião do cérebro”, onde aponta que a religião contribuiria para diminuir a vulnerabilidade a estressores e comportamentos de risco. Ademais, de acordo com a Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, programas religiosos que desempenham ações de prevenção (como prevenção ao suicídio e gravidez precoce) e reabilitação da saúde (como etilismo e tabagismo) demonstram resultados positivos. Além disso, conclui-se que ao possuir um maior número de experiências espirituais diárias, associam-se a menores índices de depressão e desejo de morte. Diversos estudos já nos mostraram que pacientes religiosos apresentam desfechos diferentes em suas doenças, como internações mais curtas, menor consumo de analgésicos e menos incidência em algumas doenças, como as coronarianas (infarto do miocárdio) e hipertensão. Tantas foram
Barbara Figueiredo
2 min
• 7 de mai. de 2020
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