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Bárbara Galardino
Medicina
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Publicações de Bárbara Galardino (7)
Nervo acessório: o esquecido | Colunistas
O nervo acessório, também conhecido como XI par dos nervos cranianos, é uma das partes que gosto de chamar de injustiçadas da neuroanatomia. Ficamos tão preocupados com outras estruturas “mais nobres”, que este pobre nervo acaba passando despercebido. Então hoje resolvi vestir minha capa e defendê-lo, mostrando que deve sim ser lembrado, pois, além de interessante – diria, inclusive, polêmico –, tem relevâncias clínicas. Localização da origem do nervo acessório Imagem disponível em: https://www.tuasaude.com/nervo-vago/ Recordando sua anatomia Para me auxiliar nesta tarefa, resolvi desempoeirar o grande Machado (não o de Assis, mas sim da neuroanatomia) para me ajudar. Ele nos revela que o nervo acessório é composto por duas raízes: uma craniana (ou bulbar) e uma espinhal. A raiz espinhal surge da face lateral dos cinco ou seis primeiros segmentos cervicais da medula, que se juntam e penetram o crânio pelo forame magno, para se juntarem à raiz bulbar, que, por sua vez, emerge do sulco lateral posterior do bulbo, formando um único tronco. Este tronco comum atravessa o forame jugular na companhia dos nervos glossofaríngeo e vago (as “primas blogueiras” do acessório), e se dividirá novamente em dois ramos: o externo, que contém as fibras da raiz espinhal e inerva os músculos trapézio e esternocleidomastóideo, e o interno, que contém fibras da raiz bulbar, que se une ao vago e distribui-se com ele. O ramo interno possui dois tipos de fibras: as eferentes viscerais especiais, responsáveis pela inervação dos músculos da laringe através do nosso conhecidíssimo nervo laríngeo recorrente, e as eferentes viscerais gerais, que inervam vísceras torácicas com as fibras do nervo vago (e você aí creditando tudo ao vago, não é?!).
Bárbara Galardino
4 min
• 12 de jan. de 2021
Globus faríngeo – além do refluxo gastroesofágico | Colunistas
Quando ouvimos um paciente referir uma sensação de “bola/nó na garganta”, o famoso globus faríngeo, imediatamente o nosso cérebro emite um alerta gritando “REFLUXO GASTROESOFÁGICO!”, não é? Mas este sintoma vai muito além disso, e hoje iremos conversar um pouquinho sobre curiosidades, causas e como tratá-lo. De manifestação psíquica a orgânica Nos tempos de Hipócrates, o globus era considerado problema feminino. Acreditavam que o útero era um órgão móvel e se locomovia até a região cervical, causando o desconforto. Esta visão, depois de percebido que o útero não é um órgão “viajante”, abriu espaço para a teoria de que se tratava de uma manifestação presente em pacientes em menopausa com desordens psiquiátricas, como a personalidade histriônica. Dessa forma, o globus recebeu o sobrenome “hystericus”. E pasmem: esta forma de enxergar o globus apenas foi desmitificada na década de 60/70, quandotrocou denome e passou a ser conhecido como “globus faríngeo”, após ser observada uma correlação entre ele e sintomas faríngeos. A partir deste momento, foi quebrado o estigma de condição psiquiátrica feminina para se tornaruma manifestação presente em ambos os sexos, mas háumporém: sua etiologia exata ainda é desconhecida, há estudos que ainda o associam a questões psiquiátricas, e outros associando-o a causas orgânicas. As causas Conforme o spoiler acima, não temos definida uma causa exata para o globus faríngeo. Ele é um distúrbio abrangido tanto pela questão psiquiátrica (inclusive consta no DSM-V) quanto pela questão somática, havendo critérios diagnósticos no Consenso Roma IV. Pelo que é descrito na literatura, há algumas doenças/alterações anatômicas possivelmente desencadeadoras, mas é difícil afirmar que de fato são a causa, ou se apenas se trata de associações. Entre elas estão a
Bárbara Galardino
3 min
• 13 de nov. de 2020
Declaração de óbito de paciente traumatizado: como proceder? | Colunistas
Não é novidade que o momento de preenchimento da declaração de óbito é repleto de tensão… Caso você ainda não tenha passado por essa experiência, provavelmente já imaginou como poderia ser! Dentro desse cenário de inúmeras possibilidades envolvendo a morte de um paciente, você já considerou um paciente traumatizado? A fim de te ajudar a esclarecer algumas indagações, a seguir estão alguns tópicos importantes sobre declaração de óbito de paciente traumatizado. Entendendo a Declaração de Óbito O que é? A declaração de óbito, por vezes, também chamada de atestado de óbito, é um documento utilizado em todo o território nacional, composto por três vias distintas, cujo fornecimento e distribuição são de responsabilidade do Ministério da Saúde e das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, respectivamente. Vale ressaltar que tanto o preenchimento desse documento, quanto o destino de cada uma de suas vias (Secretaria de Saúde, Cartório e prontuário médico) seguem um fluxograma determinado pelo Ministério da Saúde. Pra que serve? A declaração de óbito tem função jurídica e função epidemiológica; jurídica tem a finalidade de comprovar o óbito de um indivíduo e a função epidemiológica envolve as causas de morte dos indivíduos, as quais fornecem informações acerca das situações de saúde da população. Esse conjunto de informações é de suma importância, pois permite direcionar a elaboração de políticas de saúde e resulta em dados estatísticos de mortalidade, os quais são incorporados ao Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), um dos diversos Sistemas de Informação em saúde elaborados pelo Ministério da Saúde. Quem preenche? A declaração de óbito é
Bárbara Galardino
4 min
• 20 de mai. de 2020
A espiritualidade em tempos de Covid-19 | Colunistas
Espiritualidade é, segundo estudiosos da área, “uma forma das pessoas encontrarem significados e propósitos de suas vidas, conectando consigo mesmas, com os outros e com o que lhes é significativo e sagrado”, logo inclui ter um propósito e significado de vida, encontrar bem estar; não é preciso necessariamente uma figura divina como representação desde sagrado. Se você procurar o termo “spirituality” no PubMed, aparecerão 10.840 artigos sobre o assunto, mostrando a importância crescente no meio médico. Passando-se a introdução, você deve estar se perguntando: “mas de onde essa doida tirou a ideia de juntar espiritualidade e a pandemia pela Covid-19? Será clickbait?”. Bom, é uma ótima dúvida, porém minha resposta é simples: a espiritualidade pode ser nossa aliada tanto no sentido de melhora do estado imunológico (sim, isto pode ocorrer, vou te explicar daqui a pouquinho), quanto no sentido de aliviar o estresse da situação. Vamos entender como ela pode ser nossa aliada em tempos de coronavírus? A espiritualidade e a imunidade Foram realizados estudos com a prática de recitação de mantras (spoiler de um dos próximos tópicos que vou falar aqui) por pessoas HIV positivo, e foi encontrado como um dos resultados o aumento da atividade das células NK que, relembrando as aulas que todos nós já tivemos um dia, são células do sistema imune inato responsáveis pela destruição de células infectadas por vírus. Há também dados na literatura de redução de títulos do vírus herpes simplex e aumento de linfócitos T citotóxicos (novamente voltando às aulas de imunologia: células do sistema imune adaptativo responsáveis também pela destruição de células infectadas com microrganismos intracelulares) com a prática de meditação, terapia e sessões de relaxamento – mais
Bárbara Galardino
4 min
• 16 de abr. de 2020
Você sabe passar casos? Conheça o SBAR | Colunistas
Uma grande preocupação tanto para os estudantes de medicina quanto para os médicos já formados, é a forma como se passa o caso. “Será que estou sendo claro(a)? O preceptor/colega está entendendo a história do paciente?” Se você se identificou com isso, esse artigo é para você. Conheça o SBAR, um mnemônico (sim, mais um para o seu caderninho) reconhecido até mesmo pela Organização Mundial da Saúde como uma ferramenta efetiva para transferência de informações com precisão sobre os pacientes. Apesar de ter sido desenvolvido pelos militares estadunidenses para comunicação em submarinos nucleares, o SBAR vem se demonstrando confiável para o ambiente hospitalar, tendo como consequência a redução de eventos adversos por suposições ou imprecisões na hora de se passar o caso, melhorando assim a segurança dos pacientes. Afinal, o que significa cada letra do SBAR? SBAR é o mnemônico para Situation (situação), Background (histórico/contexto), Assessment (avaliação/análise) e Recommendation (recomendação). Aprofundando sobre o significado de cada uma delas: Situation (situação) Como o nome já diz, nesta primeira parte do SBAR iremos situar quem está recebendo a informação do paciente, identificando quem somos e de onde falamos, assim como quem é nosso paciente, o motivo do contato e o que nos preocupa sobre a condição do enfermo no momento, incluindo sua localização, de forma detalhada. Background (histórico/contexto) Agora é o momento de se fornecer ao interlocutor o motivo da admissão do paciente, explicando tudo o que for significativo em seu histórico médico. É importante mencionar o possível diagnóstico, a data de admissão ao serviço, quais os procedimentos prévios realizados, medicações usadas, presença de alergias e resultados de exames que sejam pertinentes
Bárbara Galardino
2 min
• 19 de mar. de 2020
Microbiota: a responsável por “você ser o que você come” | Colunistas.
A microbiota é um complexo ecossistema composto por vírus, bactérias, fungos e protozoários que vivem em relação de codependência com organismos multicelulares, habitando trato gastrointestinal, canal vaginal, pele, boca e sistema respiratório. O que parecia apenas funcionar como uma proteção contra patógenos em troca de abrigo e alimento, vem se mostrando cada vez mais complexa, surgindo indícios de que esses “serzinhos” microscópicos são capazes até mesmo de regular as funções neuronais. Decidi trazer para você um pouquinho do que está rolando no mundo científico sobre o assunto, focando na microbiota intestinal, que é a que tem maior destaque e você descobrirá logo abaixo o porquê. Vamos lá? Microbiota e doenças metabólicas 70% da microbiota humana é encontrada no trato gastrointestinal, sendo constituída em sua maioria por bactérias, cuja composição depende muito da genética e fatores ambientais, sendo já adquirida ao nascimento. Esses microrganismos funcionam como auxiliares do nosso sistema endócrino, produzindo substâncias essenciais para o funcionamento correto de órgãos e sistemas, assim como também modulam nossa expressão de genes responsáveis por exemplo pela fortificação da barreira mucosa, metabolismo de xenobióticos e captação de nutrientes. Estudos vêm demonstrando que sua falta, além de obviamente não trazer todos os benefícios listados acima, já foi associada a obesidade, diabetes tipo 2, dislipidemia e síndrome metabólica. Há está associada também ao risco de desenvolvimento de doença aterosclerótica, com fortes evidências de que possui um papel ativo na fisiopatologia da doença, independente do indivíduo possuir alguma doença metabólica prévia. As alterações da microbiota, chamada “disbiose” causa problemas para o nosso organismo: produção incorreta de substâncias essenciais para a realização das funções fisiológicas e de metabólitos, que podem ser prejudiciais e potencialmente desencadeadores de doenças/intoxicações. O
Bárbara Galardino
3 min
• 13 de fev. de 2020
O que todo médico e futuro médico deve saber sobre cuidados paliativos | Colunistas
Os cuidados paliativos têm sua origem ainda muito recente, na década de 1960 no Reino Unido, pelas mãos de Dame Cicely Saunders, uma médica, enfermeira e assistente social britânica, cuja história é muito interessante (nas referências se encontra o link para sua bibliografia no site oficial da Instituição que recebe seu nome). Apenas em 1990 a OMS definiu seus conceitos e princípios, recomendando a sua prática. Sendo um recente conhecido para a realidade médica e por estar relacionado com um assunto que ainda é tabu para a sociedade – o fim da vida, trago para você neste artigo pontos essenciais que você deve saber sobre esta arte de assistir o paciente – e não só ele, como veremos – no seu momento de maior fragilidade. Vamos lá? Pequeno histórico e definição Em 1967, a senhora Cicely Saunders, que tinha uma base humanista, fundou “St. Christopher’s Hospice”, com o financiamento de um paciente em estado paliativo para o qual prestou cuidados. Surge assim uma nova forma de se enxergar o que deve-se ser feito com um paciente quando este chega em um estágio impossibilitante de cura. Suas ideias se propagaram principalmente para os Estados Unidos e Canadá. Em 1982 ocorre o primeiro evento de ordem mundial para a discussão das melhores formas para se oferecer alívio e cuidado a pacientes com câncer, propostos pelo Comitê de Câncer da Organização Mundial de Saúde-OMS. Como já mencionado, em 1990 a OMS dá a definição para cuidados paliativos, revisada em 2002: “Abordagem que promove a qualidade de vida a pacientes, que enfrentam doenças que ameacem a continuidade da vida e seus familiares, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, necessitando de identificação precoce, avaliação e tratamento
Bárbara Galardino
5 min
• 22 de jan. de 2020
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