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Danieli Coelho
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Publicações de Danieli Coelho (8)
Deficiência de biotinidase: você conhece sobre? | Colunistas
A biotina, conhecia também como vitamina B7, é uma vitamina hidrossolúvel encontrada em alimentos como cereais integrais, algumas hortaliças, carnes, pescado, ovos e vísceras (como o fígado). Esta vitamina é essencial para o funcionamento do organismo, uma vez que atua na produção de glicogênio, convertendo ácidos graxos e carboidratos em fonte de energia, deste modo garantindo aporte energético para que as células funcionem normalmente e produzam as proteínas. Atuação da biotina Em síntese, a biotina atua como cofator da enzima piruvato carboxilase, especializada no transporte de dióxido de carbono (CO2), participando da formação do oxaloacetato, no processo de gluconeogênese. Se torna também indispensável para a saúde da pele, cabelo e unhas. (BORSATTO, 2014; LARA, 2010) A biotina não é sintetizada pelo organismo, sendo necessária então sua obtenção através da alimentação. Ela é ingerida ligada a proteínas e para que sua absorção aconteça é necessário a ação de enzimas como a biotinidase, para que libere e seja absorvida na forma livre. Quando já se encontra no organismo a biotinidase também atua na reciclagem da biotina e deste modo reduz a necessidade de oferta alimentar da vitamina.(BORSATTO, 2014) O déficit de biotinidase Como sabemos, as enzimas são indispensáveis para o funcionamento do organismo, uma vez que exercem ações de suma importância e a deficiência de alguma pode ocasionar em distúrbios metabólicos. Não seria diferente com a biotinidase. A deficiência de biotinidase é uma doença metabólica de herança autossômica recessiva com mais de 140 mutações descritas, na qual a obtenção de biotina através da dieta se encontra prejudicada, assim também como sua reciclagem no organismo, o que desencadeia alterações em algumas carboxilases dependentes de
Danieli Coelho
5 min
• 24 de jun. de 2022
Saiba mais sobre a tênia do peixe | Colunistas
O meio ambiente é o habitat de diversas formas de vida, não só humana, desde seres microscópicos até grandes animais. Entre os seres microscópicos podemos encontrar várias espécies de bactérias, fungos e parasitas, alguns dos quais são inofensivos ao homem, enquanto outros são capazes de desenvolver doenças com quadro que vão de moderadas a graves. (ARRAIS) A difilobotríase é uma doença parasitária zoonótica que sempre esteve presente no meio ambiente, existem registros de séculos atrás coletados de estudos paleontológicos da época medieval, romana e moderna. Esta patologia também é conhecida como doença da tênia do peixe e é causada pela ingestão de peixe cru ou levemente defumado, infectado com larvas do gênero Diphyllobothrium spp. (ARRAIS) Esse agente possui ampla distribuição geográfica, concentrada principalmente na Ásia, Oriente Médio, Europa, América do Sul e América do Norte. Fica claro que a infecção ocorre por via oral, considerando a expansão das comidas tradicionais japonesas, que incluem pratos de peixe cru, como sashimi e sushi. (ARRAIS) Na América do Sul, duas espécies se destacam por serem as mais encontradas em pacientes, D. latum (que infecta peixes de água doce e também pode ser encontrada em trutas e salmão) e D. pacificum (que infecta peixes de água salgada). (ARRAIS) Agente etiológico O agente etiológico em questão pertence ao filo Platyhelminthes, à classe dos cestodes, à ordem Pseudophyllidea, à família Diphyllobothridae e ao gênero Diphyllobothrium (ARRAIS). Uma das características que mais chama a atenção é o seu tamanho, sendo considerado um dos maiores parasitas intestinais existentes, podendo atingir de 7 a 10 metros de comprimento. Além disso, o verme adulto tem uma forma achatada, que lembra uma fita. O ciclo desse parasita é heteroxênico, pois possui dois hospedeiros intermediários
Danieli Coelho
4 min
• 28 de abr. de 2022
Descomplicando a miocardiopatia hipertrófica | Colunistas
O coração O coração é uma bomba extraordinária que bombeia diariamente cerca de 5 a 6 litros de sangue diariamente para os demais órgãos e tecidos do corpo, chega a bater cerca de 40 milhões de vezes por ano. É formado por 4 câmaras: átrio direito, ventrículo direito, átrio esquerdo e ventrículo esquerdo. O coração direito participa da circulação pulmonar, que bombeia sangue para os pulmões, para que aconteça a oxigenação. Já o coração esquerdo participa da circulação sistêmica, enviando sangue para os outros sistemas. Se localiza no mediastino dentro de um saco chamado pericárdio. Histologia cardíaca Histologicamente o coração é dividido em três capas, sendo: endocárdio, miocárdio e epicárdico. No endocárdio encontramos um endotélio (epitélio plano simples), capa subendotelial (tecido conjuntivo frouxo), capa mioelástica (tecido conjuntivo e fibras musculares lisas) e a capa subendocárdica (tecido conjuntivo denso irregular) O miocárdio é conformado por músculo estriado esquelético cardíaco e é a maior camada do coração. Os miócitos cardíacos apresentam núcleos redondos e centrais, as células são interconectadas onde as fibras de dividem, se recombinar e se dividem novamente e são vulgarmente chamadas de células em “calça”. Não existe muita quantidade de matriz extracelular. O musculo é formado por sarcômeros, com filamentos de actina e miosina, que deslizam entre si permitindo a contração muscular. Apresenta ainda discos intercalares que permite a rápida difusão de íons, facilitando assim a propagação do potencial de ação, desta forma quando uma célula é excitada todas as outras rapidamente também serão, formando um sincício. O epicárdico é também conhecido como capa visceral do pericárdio e nele são encontradas três capas, sendo: capa subepicárdica (composta por tecido adiposo branco), capa submesotelial
Danieli Coelho
5 min
• 24 de mar. de 2022
Entenda sobre a doença do cobre (de Wilson) | Colunistas
A doença de Wilson ou degeneração hepatolenticular é uma doença genética, conhecida pelo acúmulo de cobre no organismo, principalmente no cérebro, rins e fígado. A doença começa entre os 5 e os 23 anos e por ser uma doença rara, muitos diagnósticos demoram a se concretizar. Para compreender melhor essa doença é necessário entender seu desenvolvimento. A doença de Wilson é uma condição autossômica recessiva e é resultado da mutação do gene ATP 7B localizado no cromossomo 13, essa mutação leva a uma redução na excreção de cobre pela bile através da ceruloplasmina, uma glicoproteína que transporta o metal por todo o corpo. Como consequência, o cobre se acumula em vários tecidos, como fígado, sistema nervoso central, córneas e rins, gerando lesões hepatocelulares cirróticas, demência, distúrbios neuropsiquiátricos, comprometimento da função renal e cardíaca. A tríade clássica de apresentação é composta por doença hepática, neurológica e oftalmológica. A doença de Wilson é uma doença hepática rara, mas seu diagnóstico tem grande impacto, uma vez que existe um tratamento específico disponível e se aplicado de maneira precoce evita complicações graves. O diagnóstico pode ser difícil, não existe um teste único com sensibilidade adequada. Não há cura para a doença de Wilson, no entanto existem medicamentos que ajudam a reduzir o acúmulo de cobre no corpo. História, antecedentes e causas A doença de Wilson foi assim nomeada em 12 de maio de 1937 em homenagem ao descobridor Samuel Alexander Kinnier Wilson, que era um neurologista britânico que ficou conhecido por esse feito. Samuel descreveu a doença pela primeira vez no ano de 1912, em sua tese de mestrado a nomeou como uma degeneração lenticular progressiva associada à cirrose hepática. Esse trabalho lhe rendeu a medalha de
Danieli Coelho
5 min
• 20 de fev. de 2022
Infecções por Taenia solium: o que é preciso saber? | Colunistas
Popularmente conhecida como solitária, a Taenia solium é um parasita helminto da família Taenidae, classe Cestoidea e a ordem Cyclophyllidea. Podem chegar a medir de 3 a 5 metros de comprimento e viver por anos no organismo humano. Existem 3 estágios de desenvolvimento: ovos, cisticerco e verme adulto. Os ovos são esféricos, de 30 a 40 μm de diâmetro e possuem um embrião hexacanto também chamado de oncosfera, são liberados nas fezes dos seres humanos. O cisticerco é o estado larvário do parasita e consiste em um escólex que invaginou em uma vesícula preenchida com um fluido. Se desenvolve nos tecidos do hospedeiro intermediário, normalmente os suínos. O verme adulto possui o corpo achatado em forma de cinta e a cabeça ou escólex consta com 4 órgãos de fixação chamados de ventosas. Outra característica desta espécie é que o corpo é segmentado e cada um desses segmentos individuais são denominados proglotes e o conjunto destas é denominado estróbilo. Cada proglote possui órgãos de reprodução masculino e feminino e devido a isto são hermafroditas. Conforme as proglotes se distanciam da cabeça elas sofrem maturação e quando maduras se desprendem e eliminam os ovos juntos com as fezes do hospedeiro. Ciclo biológico O ciclo biológico da Taenia solium consta com um hospedeiro intermediário e um hospedeiro definitivo. O ser humano pode atuar tanto como hospedeiro intermediário quanto como hospedeiro definitivo, dependerá da forma da qual o parasita a que foi exposto se encontra. Geralmente o ser humano adquire o parasita ao consumir carne de porco contaminada crua ou mal cozida. O cisticerco é liberado durante a digestão devido ação da bile e então se fixam no intestino delgado e começam a se
Danieli Coelho
4 min
• 20 de jan. de 2022
Criptosporidiose: é preciso falar sobre|Colunistas
A criptosporidiose é uma parasitose intestinal de caráter cosmopolita, sendo caracterizada como emergente e reemergente. Ressalta-se que este parasita afeta uma diversidade de animais, como mamíferos, répteis e peixes. O agente causal é o Cryptosporidium, existem diversas espécies, entretanto as de relevância médica que mais causam enfermidades nos seres humanos são o C. parvum e C. hominis. Pertence ao filo Apicomplexa, classe Sporozoa e Subclasse Coccidia. Criptosporidiose: contextualização A primeira descrição desse protozoário aconteceu em 1907 por Edward Tyzzer em 1907, o mesmo conseguiu observar que a mucosa gástrica de alguns camundongos apresentava tal agente e descreveu ainda a formação de oocistos e a transmissão fecal-oral. Já em 1995 relatou-se o aparecimento de uma diarreia em perus e foi constatado que se deu devido a presença de Cryptosporidium nas fezes dos animais. A enfermidade humana por tal espécie foi relatada pela primeira vez nos Estados Unidos da América no ano de 1976, por Meisel e Nime, onde o primeiro constatou a presença na mucosa intestinal de um paciente que fazia utilização de imunossupressão e o segundo encontrou a presença nas fezes de uma menina com 3 anos de idade que apresentava gastroenterite severa. Em 1982, o parasita descrito ganhou notória importância quanto ao seu poder patogênico, isto porque com o surgimento da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), ele foi relatado como o causador de uma diarreia persistente nas pessoas com imunidade comprometida. Ciclo biológico O ciclo biológico é monoxênico, ou seja, realizado em um único hospedeiro. A forma infectante do parasita é por meio dos oocistos que são liberados nas fezes, estes possuem um formato esférico e aproximadamente de 5 a 7
Danieli Coelho
6 min
• 21 de dez. de 2021
A utilização do cigarro eletrônico e a EVALI: uma situação emergente|Colunistas
Há alguns anos atrás o consumo de cigarros era considerado moda e sinal de poder, entretanto graças a ciência com diversas comprovações cientificas atestando seu maleficio, o número de fumantes teve uma diminuição considerável. Infelizmente, nos últimos anos surgiu uma nova moda denominada vaping, também conhecido como cigarro eletrônico ou ainda e-cigarretes, e seu uso tem crescido de maneira significativa, principalmente entre os jovens. Essa situação é alarmante, pois sabe-se que são tão prejudiciais e danosos quanto os cigarros convencionais. O cigarro eletrônico foi introduzido no mercado em 2007 com a promessa de trazer menos malefícios que os cigarros tradicionais e sendo uma alternativa as pessoas que buscavam cessar o tabagismo, pois pregava-se que este não gerava vício. Trata-se de um dispositivo que aquece um líquido e causa aerossolização. Este líquido possui na sua composição a presença de nicotina, aromas e produtos nocivos como o tetrahidrocanabidiol (TCH), acetato de vitamina E, formaldeído, dentre outros. No Brasil o comércio de cigarro eletrônico é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) por meio da Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa nº 46 de 28 de agosto de 2009, entretanto o comércio ilegal movimenta a circulação do produto no país. 1. O que é EVALI? O termo EVALI (E-cigarette or Vaping Associated Lung Injuries/Illnessess) foi instituído em 2019 pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e faz referência a uma síndrome pulmonar aguda e subaguda relacionada a utilização de cigarro eletrônico. Quando o vapor do vaping é inalado, entra em contato com as células existentes no parênquima pulmonar e deste modo suprime a função das mesmas. Um exemplo é em relação aos macrófagos alveolares que sofrem alterações
Danieli Coelho
6 min
• 17 de nov. de 2021
Útero|Colunistas
O útero é o órgão responsável por receber o óvulo fecundado oriundo das trompas uterinas. Nele é realizado todo o desenvolvimento embrionário e fetal, até o momento do nascimento. Consiste em um órgão oco, muscular, com formato de pera achatada, com a base voltada para cima e o vértice encaixado na parte superior da vagina. Está situado na pélvis entre a bexiga urinária e o reto. Possui aproximadamente 7,5 a 8 cm de comprimento, 2,5 a 3 cm de espessura e 5 cm de largura; pesa cerca de 40 gramas em nulíparas. Normalmente se encontra antefletido (anteriormente curvado) e antevertido (inclinado), e isso explica porque grande parte do órgão se encontra sobre a bexiga urinária. É dividido anatomicamente em três partes, sendo: uma região superior chamada de fundo do útero, uma região central chamada de corpo do útero e uma região inferior chamada de colo do útero, essa última parte é o canal que comunica o interior do útero com a vagina. A parede uterina histologicamente é dividida por três camadas de diferentes tecidos: endométrio (mucosa), miométrio (muscular) e perimétrio (serosa). 1. Endométrio Corresponde a mucosa do útero. É a camada mais interna e também a que sofre mais variações durante o ciclo menstrual. Constituída de um epitélio colunar simples, glândulas endometriais e um estroma de tecido conjuntivo. É dividido em duas capas: basal e funcional. A capa basal tem aproximadamente 1 mm de espessura, é irrigada pelas artérias retas e não é perdida durante a menstruação, sendo essa a capa funcional se regenera. A capa funcional possui de 5 a 6 mm e é irrigada pelas artérias espiraladas. Essa parte é perdida e regenerada a cada ciclo menstrual.
Danieli Coelho
6 min
• 17 de out. de 2021
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