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Danilo Moreira
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Publicações de Danilo Moreira (4)
Síndrome de Brugada: aspectos gerais de uma condição pouco conhecida | Colunistas
A Síndrome de Brugada (SB) é um acometimento cardiológico genético autonômico recessivo, evidenciado pelo supradesnivelamento do segmento ST em derivações precordiais direitas (V1-V3) no eletrocardiograma (ECG), em conjunto com outras alterações clínicas. Trata-se de uma doença rara e com maior prevalência em homens, estando associadas a eventos súbitos. Devido a isso, ela deve ser obrigatoriamente diagnosticada, estratificada e tratada. Em meio à pandemia de COVID-19, infecção viral causada pelo Sars-Cov-2, algumas literaturas evidenciaram o desencadeamento da SB associado ao quadro infeccioso. Esse tipo de achado evidencia a importância de conhecer mais sobre a doença em questão, que ainda é alvo de estudos mais detalhados. Histórico A SB foi descrita inicialmente em 1992 pelos irmãos Brugada, que descreveram em um estudo 8 pacientes com histórico de parada cardíaca e alterações eletrocardiográficas similares que caracterizam a forma clássica da síndrome (padrão Brugada tipo 1): supradesnivelamento do segmento ST nas derivações precordias direitas. Esses achados, entretanto, não estavam associados ao aumento do intervalo QT ou a uma patologia cardíaca estrutural. Em meio a esse estudo, especulou-se que a doença fosse hereditária devido à suspeita de história familiar em 4 pacientes. Antes mesmo desse estudo, uma síndrome similar foi descrita por Osher e colaboradores em 1953, caracterizada pela presença de supradesnivelamento do segmento ST nas derivações precordiais direitas, sem associação a eventos isquêmicos, patologias cardíacas estruturais ou alterações eletrolíticas. O estudo dos irmãos Brugada se sobressaiu em relação a esse pois as alterações no ECG foram associadas a um risco de morte súbita eminente. Etiologia e fisiopatologia Sabe-se que esta síndrome é hereditária, com transmissão autonômica dominante. As mutações associadas à doença predispõem os portadores ao desenvolvimento das
Danilo Moreira
5 min
• 16 de mar. de 2021
Contribuições do sono adequado para o corpo humano | Colunistas
O sono é um processo universal entre os seres vivos vertebrados superiores, sendo caracterizado por ser um estado facilmente reversível de responsividade reduzida ao ambiente. É indiscutível que uma noite bem dormida se torna revitalizante para o indivíduo após um período de vigília prolongado e exaustivo. A sensação em questão reflete as diversas contribuições trazidas pelo sono para o funcionamento do organismo, as quais serão discutidas nesse artigo. Para tanto, faz-se necessário compreender previamente os estados funcionais do sono e o seu ciclo. Fisiologia do sono Estados funcionais do sono O sono pode ser dividido em duas fases distintas: sono REM (do inglês Rapid Eye Movement que significa Movimentos Rápidos dos Olhos) e sono NREM (não REM). O sono REM recebe essa nomenclatura pois as partes do corpo encontram-se imobilizadas em virtude da atividade muscular motora reduzida, excetuando-se os músculos dos olhos que podem contribuir para a movimentação dos olhos durante essa fase. Esta fase corresponde em média à 25% do tempo total de sono. Outras características desse tipo de sono são: Maior ocorrência de sonhos (os sonhos podem ser produzidos também no sono NREM, só que com menor frequência);Predomínio da atividade simpática do sistema nervoso autônomo (SNA);Redução da temperatura interna. O sono NREM, por sua vez, é caracterizada por um sono mais profundo, com redução geral da tensão muscular e da atividade cerebral. A realização de movimentos é rara. Diferente do sono REM, a atividade do sistema nervoso autônomo nessa fase é predominantemente parassimpática. Esta fase corresponde em média à 75% do tempo total de sono e pode ser subdivido em 4 estágios: Estágio 1 (sono de transição): nesse estágio
Danilo Moreira
6 min
• 7 de fev. de 2021
COVID-19: desafios para a realização de testagem em massa com o uso de testes rápidos | Colunistas
Em dezembro de 2019, uma série de casos de uma pneumonia com causa até então desconhecida foram relatadas na cidade chinesa de Wuhan. Mais tarde, esse quadro clínico seria denominado de COVID-19 (doença do coronavírus, do inglês coronavirus disease). A infecção é causada pelo SARS-CoV-2, vírus pertencente à família Coronaviridae, que é responsável por um amplo espectro de doenças do trato respiratório em animais e no homem. A partir dos primeiros casos relatados na China, o número de pessoas acometidas aumentou exponencialmente, desencadeando grandes repercussões para o cenário mundial. No Brasil, até o dia 8 de novembro de 2020, já se acumulam 5.653.648 casos da doença e 161.106 óbitos registrados. Diante do crescente número de casos, juntamente com a inexistência de uma vacina para imunização duradoura, a realização de testagem em massa na população se mostra uma alternativa promissora para conter os índices de contágios e mortes, visto que permite um melhor manejo de pacientes doentes, diminuição das subnotificações e adequação do planejamento sanitário para as realidades locais. A utilização do teste rápido (imunocromatografia) é o principal método discutido para esse propósito, devido ao seu tempo de duração, praticidade e custo. Todavia, sua expansão para testagem em massa ainda sofre empecilhos, os quais serão discutidos nesse artigo. 1. O método de imunocromatografia – teste rápido Até o momento, o diagnóstico de COVID-19 pode ser realizado por meio de dois métodos: testes moleculares (RT-PCR), que buscam detectar a presença de material genético vírus no organismo, e testes imunológicos (imunocromatografia, ELISA e quimiluminescência), que avaliam a presença anticorpos IgM (infecção vigente) e IgG (infecção pregressa). A realização da imunocromatografia inicia com a retirada de uma gota de sangue do paciente e sua colocação em
Danilo Moreira
4 min
• 13 de dez. de 2020
Critérios de Jones: o que são e como aplicá-los? | Colunistas
A área da cardiologia engloba o estudo de uma variedade de patologias. Uma delas, a febre reumática, é uma condição acompanhada de faringoamigdalite não supurativa causada pelo estreptococo β-hemolítico do grupo A, que ocorre a partir da geração de uma resposta autoimune tardia que, a princípio, seria destinada ao combate do agente etiológico, mas acaba se direcionando às estruturas do próprio corpo, causando efeitos deletérios. Até o momento, o diagnóstico dessa patologia é majoritariamente clínico, sendo a aplicação dos critérios de Jones considerada o padrão-ouro. A última atualização desses critérios pela American Heart Association (AHA) foi em 2015. A novidade dessa nova revisão foi a recomendação do uso dos critérios de Jones não somente para diagnosticar episódios iniciais, mas também para diagnosticar episódios recorrentes da doença. Os critérios de Jones se dividem em maiores e menores, distinção esta que se baseia na especificidade desses achados. 1. Critérios maiores de Jones Consistem nos achados mais específicos da doença, os quais incluem, de acordo com maior prevalência: poliartrite, cardite, coreia de Sydenham, nódulos subcutâneos e eritema marginado. Poliartrite/artrite Caracteriza-se por um acometimento migratório, incapacitante e assimétrico das articulações, principalmente as maiores (joelhos, tornozelos, cotovelos, punhos e quadril). Geralmente é autolimitada e é normal que não deixe sequelas. Cardite Consiste na manifestação mais preocupante da febre reumática, pois é a única entre as demais que normalmente gera sequelas e que pode levar o paciente ao óbito durante a fase aguda. O achado está associado ao acometimento de um dos folhetos cardíacos (pericárdio, miocárdio ou endocárdio), principalmente o endocárdio. Apesar disso, são os acometimentos das válvulas cardíacas que determinam o quadro clínico e prognóstico do
Danilo Moreira
4 min
• 9 de nov. de 2020
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