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Isabella Andrade S. Freire
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Publicações de Isabella Andrade S. Freire (4)
Sífilis, desafio reemergente | Colunistas
Uma doença que já foi tratada com mercúrio, bismuto, sangria e finalmente penicilina, para a qual não existe resistência conhecida ainda nos dias de hoje, não deixa de ser interessante e ao mesmo tempo desafiadora a propósito de sua história e de que mesmo com a existência de um tratamento eficaz, a sífilis aparece como uma doença reemergente. Quando soldados do Rei Carlos VIII durante a tomada de Nápoles começaram a morrer por uma estranha doença apelidada posteriormente como “Doença dos Franceses” ou o “Mal Renascentista”, surgiram as indagações que até hoje intriga aqueles que buscam a sua origem entre as diferentes teorias sobre quando e onde começou: da América a Europa em tempos de Cristovão Colombo ou vice versa? Entre os fatos interessantes que compõem essa história está a origem do nome em 1530, quando o médico italiano Giordano Fracastorius (1478-1553) em um poema conhecido como “Syphilis sive morbus gallicus”, faz referencia ao pastor Syphilus caracterizado pelos seus prazeres hedonistas, recebendo como castigo Divino pela vida errante, a sífilis. A mulher mais uma vez na história também foi culpada desse mal que assolava aos homens. Documentos antigos descrevem que aquelas que sofriam de “ninfomania” eram capazes de provocar este infortúnio, portanto, os homens não deveriam sentir-se culpados do resultado desse delírio lascivo. Entre os personagens da história que contraíram a sífilis, supostamente estão Wilde, Al Capone, Goya, Mussolini, Nietzsche, entre outros. Definição A sífilis é uma doença infecciosa sistêmica crônica, causada pelo Treponema pallidum, espiroqueta anaeróbia, caracterizada por seu aspecto fino e que não pode ser afetada pela coloração de GRAM nem crescer em meios de cultivos, podendo sim ser vista através de impregnação (FONTANA-TRIBONDEAU). Fisiopatogênia
Isabella Andrade S. Freire
6 min
• 16 de mai. de 2021
Crise Psicótica Aguda, uma urgência psiquiátrica | Colunistas
No atual contexto Covid-19, relatos de complicações relacionadas a distúrbios neuropsiquiátricos estão cada vez mais frequentes, contextualizado a necessidade de ter presente a clínica e o manejo inicial em situações de crises que podem colocar em risco a vida desses pacientes. Dentro do capítulo de Urgências Psiquiátricas se encontra o robusto tema das psicoses, que é categorizado em tipos e subtipos no DSM (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais). A esquizofrenia é a grande representação da Psicose. Entretanto, este artigo busca esclarecer uma situação que muitas vezes é retratada como um trovão no céu sereno, que interrompe uma calmaria, e que, se reconhecida a tempo, pode impedir muitos estigmas sociais, assim como permitir a instauração de um tratamento precoce. Bouffée delirante: sopro delirante A Psicose Delirante Aguda (bouffée delirante, na escola francesa) não é uma doença propriamente dita. É descrita como um estado psicótico que, de regra, tem uma instalação brusca, aguda, de curta duração podendo ser de dias ou semanas; Apresenta-se com uma sintomatologia muito polimórfica, acompanhada por fenômenos delirantes, podendo ser precedida ou não de alterações comportamentais, como inquietude, agitação, insônia e alterações do humor que raramente são percebidas pelas pessoas do entorno. Tal como o seu nome diz, é um sopro, um episódio transitório, a pessoa não sabe que está delirando, perdendo completamente o senso crítico de suas percepções. Quadro Clínico Os sintomas psicóticos são classicamente divididos em Positivos versus Negativos e não necessariamente estarão todos presentes em um único momento. Interessante resaltar que não existe uma perda do contato com a realidade exterior como nos casos de delirium, mas sim, existe alteração da consciência de si
Isabella Andrade S. Freire
4 min
• 18 de abr. de 2021
Espiritualidade e Saúde, o que dizem as evidências científicas | Colunistas
Para a OMS, “Saúde é um estado de completo bem estar-estar físico, mental e social e não apenas a mera ausência de doença ou enfermidade”, entretanto, esse conceito deixa uma lacuna na compreensão e correlação do ser humano que vive em constantes processos mutáveis e inclusive subjetivos nas suas três dimensões: Corpo- Alma-Espírito. A atualização de 2019daDiretriz de Prevenção Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) incluiu, entre os seus capítulos, a necessidade de abordar a Espiritualidade e os fatores psicossociais em medicina cardiovascular. Segundo a SBC: “Há um conjunto de evidências que demonstram forte relação entre espiritualidade, religião, religiosidade e os processos de saúde, adoecimento e cura, compondo junto dos aspectos físicos, psicológicos e sociais a visão integral do ser humano. Em contraposição à fácil assimilação conceitual, observam-se obstáculos, principalmente por desconhecimento do conceito e desatualização científica, quanto à operacionalização do construto da espiritualidade e à compreensão de como medir e avaliar sua influência nos resultados de saúde”. Essa relação entre a Saúde e Espiritualidade não é algo novo no campo científico, Sir William Osler, professor de Medicina da Universidade Johns Hopkins em seu artigo “A fé cura” (The faith that heals), publicado no British Medical Journal, é um grande exemplo. Outros tantos estudos, desde então, demonstraram a relação entre a saúde do paciente e a espiritualidade, sendo encontrado inclusive, no PubMed, o Journal of Religion and Health (Jornal de Religião e Saúde). A neuroteologia, terminologia que curiosamente teve sua origem na literatura através da obra Antic Hay (1923) de Aldous Huxley, também influenciou diversos pesquisadores que buscavam alterações nas atividades cerebrais ligadas ao sentimento religioso e que foram evoluindo seu conceito, algo que se define como o intento de descobrir se existe ou não
Isabella Andrade S. Freire
5 min
• 14 de mar. de 2021
Intoxicação induzida por Lítio: características essenciais | Colunistas
Classicamente utilizado no tratamento dos transtornos do humor, o lítio foi descoberto em 1817, em Estocolmo, por August Arfvedson (1792-1841). Também foi utilizado por muitos anos como medida terapêutica no tratamento da gota, depressão recorrente, ansiedade e, até mesmo, como substituto do sal na década de 1940 em pacientes cardíacos e doentes crônicos, o que originou informes sobre intoxicações graves, inclusive mortes, que levaram a suspensão do uso, sendo assim, é um fármaco com ampla quantidade de estudos publicados. Efetivamente, a introdução na psiquiatria em 1949 para o tratamento específico da mania foi um tipo de Serendipitia, pelo psiquiatra Cade que, ao buscar substancias tóxicas nitrogenadas na urina de pacientes psiquiátricos para realizar ensaios em animais, descobriu as propriedades curativas nos episódios maníacos de pacientes psiquiátricos ao administrar carbonato de lítio, sendo que também está estabelecida sua utilização na prevenção de suicídio em pacientes com transtornos do humor. Propriedades farmacológicas É um cátion monovalente e o mais leve dos metais alcalinos, ainda se desconhecem especificamente todos os mecanismos de ação como agente de estabilização anímica, acredita-se que atua afetando sinais de transdução através da inibição de enzimas de segundos mensageiros como, por exemplo, a inositol. Absorção Apresentação unicamente via oral, com 100% de biodisponibilidade. Atinge pico plasmático cerca de 2 horas depois, em preparações padrões, e, em 4 horas, nas preparações de liberação prolongada com o pico do efeito ocorrendo em até 24 horas, momento que está relacionado com a maior incidência dos efeitos adversos. Distribuição Inicialmente se distribui nos fluidos extracelulares e, gradualmente, passa aos tecidos com distribuição não uniforme. Não se metaboliza pelo citocromo P450 e, tampouco, se une às proteínas plasmáticas,
Isabella Andrade S. Freire
4 min
• 19 de jan. de 2021
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