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João Barbosa
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Publicações de João Barbosa (5)
Prevenção de eventos tromboembólicos no paciente com fibrilação atrial de apresentação aguda | Colunistas
Introdução A Fibrilação Atrial (FA), é uma condição cardiológica comum, se tratando da arritmia cardíaca mais prevalente, e a mais frequente nos serviços de emergência. Por se tratar de um ritmo trombogênico, a prevenção de eventos tromboembólicos é peça chave na abordagem da FA, tendo em vista que o Acidente Vascular Encefálico (AVE) é a principal complicação, e que o AVE gerado pela FA tem desfechos estatisticamente piores morbidade e mortalidade, maior piores sequelas neurológicas, tempo de internação mais prolongado e menores taxas de desospitalização após o evento. Estratificação do risco de tromboembolismo Diante do paciente com Fibrilação Atrial, o risco de eventos tromboembólicos deve ser estratificado, de modo a guiar a conduta. A ferramenta atualmente mais utilizada para determinar tal risco é o Escore CHA²DS²-VASc. Os parâmetros avaliados nesse escore são a presença de insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão, idade, Diabetes Mellitus, história pregressa de Ataque Isquêmico Transitório (AIT) ou Acidente Vascular Encefálico (AVE), doença vascular (que compreende história prévia de Infarto Agudo do Miocárdio, presença de placa aterosclerótica em aorta ou doença arterial periférica) e sexo feminino. A presença de AIT ou AVE na história prévia do paciente contabiliza 2 pontos no escore, assim como a idade a partir de 75 anos. Idade entre 65 e 74 anos, bem como cada um dos demais componentes do escore, contabiliza um ponto. O sistema de pontuação do Escore CHA²DS²VASc é resumido na tabela a seguir 1. Tabela 1. Escore CHA²DS²VAScCInsuficiência Cardíaca1 pontoHHipertensão1 pontoA²Idade a partir de 75 anos2 pontosDDiabetes Mellitus1 pontoS²AVC ou AIT prévios2 pontosVDoença Vascular1 pontoAIdade entre 65 e 74 anos1 pontoScSexo feminino1 ponto O paciente com pontuação maior ou igual a 2 no escore é considerado como de alto
João Barbosa
4 min
• 24 de nov. de 2021
Rastreio do Câncer Colorretal no paciente de risco habitual: o protocolo brasileiro está atrasado?|Colunistas
O câncer colorretal (CCR) é uma das neoplasias que mais matam em todo o mundo e, no Brasil, se posiciona como a terceira neoplasia que mais provoca óbitos tanto na população feminina quanto na masculina. O câncer colorretal esporádico, aquele que não está relacionado a síndromes genéticas hereditárias, tem baixa incidência até os 40 anos, idade a partir da qual a quantidade de diagnósticos se eleva consideravelmente. A elevada incidência e mortalidade, associada à fisiopatologia propícia à detecção precoce, tornam necessária uma estratégia de rastreamento efetiva. Aqui serão apresentadas as estratégias atuais de rastreio indicadas pelo Ministério da Saúde, e serão discutidas as novas tendências de início mais precoce. O paciente de risco habitual As estratégias voltadas a detecção precoce do CCR são diferentes para os pacientes de risco habitual e aos de risco elevado, esses últimos compreendendo pacientes que tenham história prévia de CCR ou pólipo adenomatoso; história familiar de CCR ou pólipo avançado (especialmente quando parentesco sanguíneo de primeiro grau); história familiar de síndromes genéticas que acarretam risco elevado de desenvolvimento de CCR; presença de doença inflamatória intestinal (Retocolite Ulcerativa ou Doença de Crohn); história de tratamento com radiação em região abdominal para tratamento de câncer na infância; dentre outros fatores. A população geral, que não apresenta nenhum desses condicionantes, é considerada como grupo de risco habitual. Benefícios e riscos do rastreio O câncer colorretal tem uma história natural particularmente propícia ao rastreio, uma vez que, em sua maioria, deriva de pólipos que se tornam neoplasias malignas após um período de 10 a 15 anos. Dessa forma, é consideravelmente viável a detecção da lesão pré-maligna, o que permite sua excisão e impede a formação da neoplasia, ou mesmo o diagnóstico da neoplasia já instalada
João Barbosa
5 min
• 17 de out. de 2021
Transtorno de ansiedade generalizada: epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento | Colunistas
Introdução Ao longo da pandemia da COVID-19, o tema “saúde mental” entrou em voga devido à alta prevalência de transtornos de ansiedade gerados pelas especificidades do período: isolamento social, lockdown, desemprego, adoecimento e incertezas diversas. Uma das desordens de ansiedade mais prevalentes é o Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), que se trata da existência de um nível patológico de preocupação e angústia com relação a atividades, compromissos, eventos e tarefas, por exemplo, de modo a prejudicar significativamente a funcionalidade do indivíduo e reduzir sua qualidade de vida por tempo prolongado. Aqui faremos uma revisão acerca dos aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos, diagnósticos e terapêuticos dessa prevalente condição. Epidemiologia Há estudos que apontam uma prevalência geral de transtornos de ansiedade em cerca de 27%. Dentre eles, o TAG apresenta uma prevalência em 12 meses que varia de 0,4 a 3,6% entre países, e uma prevalência ao longo da vida na casa dos 9%. Quando se analisa os fatores de risco, observa-se maior prevalência do Transtorno de Ansiedade Generalizada em determinados grupos, como mulheres, pessoas com mais idade, indivíduos com menor quantidade de anos de estudo, pessoas de baixa renda, fumantes, etilistas e aqueles que apresentam comorbidades crônicas. Fisiopatologia O TAG é resultado de um conjunto de alterações neurobiológicas complexas e ainda não completamente elucidadas. Há indícios da presença de volumes amigdalares maiores nos pacientes com a desordem quando comparados aos indivíduos normais, o que sugere uma resposta excitatória exacerbada mediada pelas amígdalas. Uma hiperativação cortical em regiões mediadoras do medo e da ansiedade também é observada. Além do estado hiperexcitatório, também se observa diminuição das respostas inibitórias. Indivíduos com TAG apresentam menor quantidade de receptores GABA e
João Barbosa
4 min
• 14 de ago. de 2021
Long Covid: O que se sabe sobre os efeitos prolongados da COVID-19? | Colunistas
Introdução Inicialmente por muitos vista como uma doença respiratória aguda, a COVID-19 rapidamente se provou muito mais ampla, configurando uma condição de potencial acometimento multissistêmico, capaz de provocar impacto também nos sistemas cardiovascular, neurológico, hematológico e gastrointestinal, por exemplo. Mas, além disso, tão logo a doença tomou proporções pandêmicas e atingiu milhões de pacientes ao redor do mundo, provocando inúmeras mortes, a doença também deixou um enorme número de sobreviventes. Exatamente neles foi possível observar que a apresentação da doença não é necessariamente apenas aguda, uma vez que uma considerável parcela dos pacientes não apresentava recuperação completa após o final do curso agudo, apresentando sintomas residuais, ou mesmo surgiam tardiamente novos sintomas. “Long Covid”, a Covid prolongada O termo “Long Covid” tem sido usado coloquialmente para descrever a persistência dos sintomas no paciente diagnosticado com a infecção pelo Sars-Cov-2. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda não existe um consenso com relação à definição e ao tempo de apresentação dos sintomas, mas alguns autores têm utilizado como referência a persistência por mais que 4 semanas como Covid subaguda e por mais que 12 semanas como Covid crônica. Os principais sintomas que persistem são dispneia, tosse, fadiga, dor torácica, síndromes ortostáticas, palpitações, dentre vários outros de uma ampla gama de alterações. Segundo a própria OMS, dados de uma pesquisa britânica sugerem que aproximadamente 10% de todos os pacientes com teste positivo para COVID-19 persistem com sintomas por um período de 12 semanas ou mais. Isso evidencia a magnitude da carga que o Long Covid é capaz de provocar ao sistema de saúde, em um período em que já está sobrecarregado. Fatores de risco para o desenvolvimento do COVID 19 subagudo
João Barbosa
5 min
• 14 de jul. de 2021
A evidência sobre o uso do Canabidiol no tratamento da epilepsia refratária | Colunistas
Introdução Com a recente liberação concedida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) a um laboratório brasileiro para a produção de medicamentos à base de Cannabis em solo nacional, aumenta o interesse na busca pelas evidências científicas disponíveis sobre um dos principais deles, o Canabidiol (CBD). Além do tratamento de depressão, ansiedade, dor crônica, dentre outros, uma das principais aplicações do CBD é justamente no manejo das epilepsias refratárias. Aqui separamos para você informações provenientes de estudos avaliando a eficácia do Canabidiol nessas condições. A epilepsia de difícil controle Trata-se dos quadros onde as crises epilépticas persistem mesmo após a utilização de pelo menos dois antiepilépticos bem indicados ao tipo de epilepsia paciente. Refratariedade ocorre em cerca de 30% dos pacientes com epilepsia, sendo especialmente comum em certas síndromes epilépticas, como a Síndrome de Dravet, configurando grandes desafios terapêuticos. Tais quadros motivam a busca por terapias alternativas aos fármacos antiepilépticos comuns. Canabidiol no tratamento da epilepsia refratária Uma das terapias alternativas pesquisadas foi a utilização do Canabidiol como adjuvante, que recebeu grande atenção e interesse após a divulgação de relatos de efetividade no tratamento de crianças com a Síndrome de Dravet, motivando a realização de estudos clínicos randomizados com a droga. Em um estudo com crianças com a Síndrome de Dravet publicado em 2017 pelo New England Journal of Medicine (NEJM), comparando um grupo que recebeu a adição do Canabidiol a sua terapia padrão com outro grupo que recebeu a adição de placebo, foi observada uma redução considerável da frequência de crises convulsivas nos pacientes que receberam o CBD, gerando, em média, uma redução de quase 40% na frequência de crises em relação à frequência basal, contra
João Barbosa
3 min
• 15 de jun. de 2021
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