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Lucas Albuquerque
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Publicações de Lucas Albuquerque (6)
Hemorragia intraparenquimatosa: caso clínico
Confira neste artigo um caso clínico de hemorragia intraparenquimatose e a discussão dele! Relato de caso: Paciente masculino, 64 anos, portador de hipertensão arterial sistêmica (HAS) e diabetes mellitus, chega ao pronto socorro com quadro de hemiparesia à esquerda associado a cefaleia, de início há 40 minutos. Foi realizado monitorização multiparamétrica com evidência de PA 250x140mmhg, FC 115bpm, tempo de enchimento capilar normal. Respiração espontânea sem uso de oxigênio, saturação 96%. Paciente confuso, Glasgow 14, pupilas isocóricas e fotorreagentes. Encaminhado ao serviço de tomografia com a seguinte evidência tomográfica: STECKELBERG et al., 2021 Laudo tomográfico: Análise: Hematoma intraparenquimatoso na região núcleocapsular à direita, determinando halo de edema e apagamento de sulcos e giros corticais adjacentes. Observando-se ainda colabamento parcial do ventrículo lateral do mesmo lado, o mesmo mede 4,7 x 3,4 x 2,5 cm e vol. estimado de 18 ml. Linha média centrada. Restante do parênquima encefálico com atenuação normal. Ausência de coleções extra-axiais. Opinião: Sinais de AVCh núcleocapsular à direita, conforme descrito acima. Caso clínico extraído do Brazilian Journal of Health Review, Curitiba, v.4, n.3, p. 11900-11910 may./jun. 2021. Hemorragia intraparenquimatosa não-traumática A hemorragia intraparenquimatosa é uma coleção de sangue dentro do parênquima encefálico. É responsável por 10% das enfermidades vasculares cerebrais. Seu principal sintoma é o déficit neurológico focal. Para facilitar o entendimento, as hemorragias intracerebrais (HIC) supratentoriais podem ser classificadas em profundas e lobares. Na HIC profunda, a hemorragia é na porção central do encéfalo, especialmente no putâmen, cabeça do núcleo caudado ou tálamo. Em idosos, a etiologia mais comum é
Lucas Albuquerque
4 min
• 28 de abr. de 2022
Artrites: clínica e achados radiológicos | Colunistas
Artrite reumatoide (AR) é uma doença autoimune inflamatória multissistêmica crônica que afeta diversos órgãos, principalmente os tecidos e articulações sinoviais. É mais comum em mulheres e inicia, geralmente, na idade adulta, na 4ª ou 5ª décadas de vida. É idiopática, mas os estudos indicam que há uma predisposição genética quando o indivíduo apresenta mutações no HLA-DR4. Por ser autoimune, há a participação imunológica com a produção de anticorpos com Fator Reumatoide (FR), um tipo de IgM, Anticorpo contra peptídeo citrulinado cítrico (Anti-CCP), que tem alta especificidade, e a presença de citocinas como TNF-alfa, que pode ser um alvo terapêutico. Manifestações clínicas Inflamação crônica das sinóvias. A resposta inflamatória leva à formação de pannus (uma sinóvia hiperplásica espessa edematosa, infiltrada por linfócitos T e B, plasmócitos, macrófagos e osteoclasto) que corroerá gradualmente as áreas nuas, seguida pela cartilagem articular e causa anquilose fibrosa que, eventualmente, ossifica. AR é insidiosa, aditiva e bilateral. Afeta principalmente as articulações de mãos, pé e punho. Uma característica importante é que as interfalangianas distais são poupadas. Pode apresentar também manifestações extra-articulares, geralmente relacionando a altas titulações sorológicas. As manifestações podem ser em pele (nódulos subcutâneos, vasculite), coração (pericardite, vasculite, aterosclerose). Pulmão (derrame pleural, nódulo, vasculite) e olhos (Síndrome de Sjögren, uveíte, episclerite). Critérios diagnósticos Para diagnóstico de AR, é baseado na combinação de critérios clínicos, sorológicos e radiológicos que estão presentes no critério de classificação do ACR-EULAR (2010), e, para confirmação, o paciente tem que apresentar no mínimo 6 pontos. Duração: < 6 semanas: 0> 6 semanas: 1 Inflamação: VHS/PCR normais: 0VHS/PCR alterados: 1 Articulações:
Lucas Albuquerque
6 min
• 23 de fev. de 2021
VOCÊ CONHECE AS CLASSIFICAÇÕES DE DIAGNÓSTICO NA DISSECÇÃO DE AORTA? | Colunistas
Definição A dissecção aórtica é a forma mais comum das síndromes aórticas agudas e um tipo de dissecção arterial. Ocorre quando o sangue entra na camada medial da parede da aorta, formando um segundo canal cheio de sangue dentro da parede. A maioria das dissecções ocorrem em pacientes hipertensos, entretanto, podem surgir em pacientes com outras patologias como: válvula aórtica bicúspide; coarctação aórtica; Síndrome de Marfan; Síndrome de Ehlers-Danlos; Síndrome de Turner; gravidez; e bombas de balão intra-aórtico. Clínica Esta patologia pode ser aguda (até 14 dias após o primeiro sintoma), subagudo (entre 14 dias e 3 meses) e crônica (superior a 3 meses do início dos sintomas). Paciente (geralmente hipertenso) pode apresentar dor torácica intensa anterior ou posterior que pode irradiar para pescoço ou lombar, dispneia e perda da consciência. Se a dissecção da aorta envolver a raiz da aorta, pode resultar no envolvimento das artérias coronárias e pode apresentar-se de maneira semelhante ao IAM com supradesnivelamento do segmento ST. Se houver ruptura no espaço pericárdico, o paciente pode evoluir com sinais de tamponamento cardíaco (tríade de Beck). Dependendo da extensão da dissecção e oclusão dos ramos da aorta, a isquemia do órgão final também pode estar presente incluindo: isquemia de órgãos abdominais, isquemia do membro, AVE e paraplegia (envolvimento da artéria de Adamkiewicz). Diagnóstico por imagem A imagem é de suma importância para delinear a morfologia e a extensão da dissecção, além de permitir a classificação (que determinará a conduta). Dois sistemas de classificação são de uso comum, os quais dividem as dissecções de acordo com o envolvimento da aorta ascendente, são eles: Classificação de Stanford e Classificação DeBakey. Classificação de Stanford
Lucas Albuquerque
4 min
• 29 de dez. de 2020
Radiologia na COVID-19 | Colunistas
Introdução A COVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo coronavírus da síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV-2). Os coronavírus (família Coronaviridae) são vírus de RNA de fita simples envelopados, encontrados em humanos, mamíferos e aves, e responsáveis por doenças pulmonares, hepáticas, do sistema nervoso central e intestinal. O SARS-CoV-2 é zoonótico, como em muitas doenças em seres humanos. Por sequência genética, o coronavírus animal mais próximo é o coronavírus do morcego, sendo este a provável origem do vírus em humanos. Os primeiros casos de COVID-19 ocorreram na cidade Wuhan, China, em dezembro de 2019, antes de se espalharem mundialmente. Entre as epidemias causadas pelo coronavírus estão também a epidemia da síndrome aguda respiratória grave (SARS), em 2002-2003, e a epidemia de síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) em 2012. Apesar de ter surgido por animais, a COVID-19 não é considerada uma zoonose direta, visto que sua principal transmissão é entre humanos. A doença é transmitida por meio de gotículas das secreções da via aérea superior das pessoas infectadas, ao espirrar ou tossir, por exemplo. As gotículas podem ser inaladas, atingir diretamente as mucosas do nariz, olho ou boca, ou se depositar em objetos e superfícies que podem infetar quem nelas toquem e levem as mãos às mucosas citadas. O vírus SARS-CoV-2 afeta, sobretudo, os pulmões, infectando as células a partir da ligação de sua proteína S ao receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2). Esta enzima é comumente encontrada nas células alveolares do tipo II dos pulmões. Assim, ao entrar nas células pulmonares, inicia-se o processo de replicação viral e produção de proteínas que inibem o sistema imunológico. Cada célula infectada pode elevar
Lucas Albuquerque
6 min
• 24 de jul. de 2020
FDA emite alerta dos riscos de principais fármacos hipnóticos para insônia | Colunistas
O órgão estadunidense, Food and Drug Administration (FDA), que tem como função controlar alimentos e medicamentos, em maio deste ano, anunciou que exigirá que alguns medicamentos da classe sedativos-hipnóticos sejam comercializados com o alerta de “tarja preta”, devendo advertir médicos e consumidores para a possibilidade de efeitos colaterais perigosos. Além disso, na bula, os riscos devem ser destacados em local altamente visível. Os medicamentos que precisam passar por essa mudança são Eszopiclona (Lunesta), Zaleplon (Sonata) e Zolpidem (Ambien, Ambien CR, Edluar, Intermezzo, Zolpimist). Estes induzem o sono aumentando a atividade do neurotransmissor Ácido gama-aminobutírico (GABA), que atua inibindo a atividade do Sistema Nervoso Central. Em entrevista ao jornal americano CBS News, Nancy Foldvary-Schaefer, do Sleep Disorders Center, da Cleveland Clinic, alarmou que pessoas que ingerem esses medicamentos podem acordar por algum motivo durante o sono e exibir comportamentos que fariam se, de fato, estivessem em vigília, como caminhar, correr e dirigir, por exemplo. Dessa forma, as drogas supracitadas não devem ser utilizadas em pacientes que já apresentaram algum tipo do que eles chamam de “comportamento complexo do sono” como o sonambulismo. A FDA manifestou essa exigência após o resultado de 66 relatórios dos últimos 26 anos que evidenciou de ferimentos até morte como consequência do “comportamento complexo do sono” em pessoas que usaram esses remédios. Podemos incluir: overdoses acidentais; quedas; queimaduras; quase-afogamento e afogamento; acidentes de carro; hipotermia; envenenamento por dióxido de carbono; autolesões, que incluem lesões por projéteis de armas de fogo; e, tentativas de suicídio e suicídio. Vale ressaltar que, desses 66 relatórios, 20 pessoas morreram. O órgão americano lembra também que os 66 casos são aqueles que foram diretamente relatados pela instituição ou literatura médica, ou seja, há a possibilidade de haver mais casos subnotificados e, assim, torna-se difícil
Lucas Albuquerque
2 min
• 25 de jul. de 2019
A Saúde do Médico no Brasil | Colunistas
A chegada da classe médica no Brasil data do século XVI, período colonial em que esses profissionais se depararam com uma situação de calamidade na saúde pública, tomando para si a responsabilidade de enfraquecer o mal, palavra usada para denominar as doenças na época. Desde então, o médico tem papel fundamental no contexto social. A comunidade passa a enxergá-lo como a pessoa que cura, muitas vezes designado como super-humano, aquele que não adoece. Essa construção social permeia até hoje no imaginário dos estudantes e profissionais médicos, o que resulta no esgotamento do exercício da carreira médica. Essa exaustão tem início a partir da competitividade no processo de ingresso à faculdade. Tal fato estressor perpetua durante a vida acadêmica e tem seu segundo ápice na seleção para a residência médica. Apesar da entrada na esfera institucional da Medicina ser manifestada a partir de uma escolha e/ou vocação individual, o médico deseja realização profissional e uma boa remuneração financeira, no entanto, antagonicamente é visto pela sociedade como “rico”, e por isto, em resposta a essa expectativa social desempenha inúmeras atividades laborais, incluindo plantões, sem com isso ter a garantia de férias remunerada e aposentadoria digna. O trabalho excessivo não gera socialização e nem identidade a não ser sentimentos de solidão e angústia. Um bom número dos médicos passa uma parte significante de suas vidas em diversos locais de trabalho, plantões exaustivos, distante da família e sem momentos de lazer. Se esse tal empenho pode trazer alguma recompensa monetária, o que está distante de ocorrer para a maioria dos médicos, consiste somente uma satisfação de ordem prática, entretanto, não se traduz em bem estar pleno. A satisfação médica ocorre quando existe boas condições de trabalho e uma disponibilidade mínima de recursos tecnológicos para que uma Medicina moderna viável possa ser realizada. Infelizmente, a
Lucas Albuquerque
4 min
• 9 de mai. de 2019
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