Produtos da Sanar
SanarFlix
Livros de Medicina
Sanar Residência
Revalida
Sanar Pós
Sanar para Instituições
Sobre a Sanar
Menu
Residência
Etapas da carreira
Ciclo Básico
Ciclo Clínico
Internato
Residência
Pós-graduação
Artigos Científicos
Materiais gratuitos
Aulas
Casos Clínicos
Ebooks
Questões
Resumos
Entrar
Cadastre-se
Lucas Diniz
Copiar link do perfil
Publicações de Lucas Diniz (9)
Revisão básica da anatomia do sistema arterial | Colunistas
Introdução O sistema vascular do corpo humano é o sistema responsável pela distribuição de diversos elementos que atuam na homeostase corporal, como nutrientes, hormônios, gases, metabólitos, dentre outras inúmeras substâncias. Estruturalmente, ele é composto pelo coração, artérias, capilares e veias, que estão combinados em um sistema fechado por onde o sangue circula de forma contínua. Didaticamente, o sistema vascular pode ser subdividido em dois componentes básicos, a porção arterial, e a porção venosa, cada um com suas particularidades importantes para seu adequado funcionamento. A primeira diferença entre eles está no sentido no qual ambos se relacionam à bomba sanguínea do corpo, o coração. Nesse sentido, as artérias são os vasos que levam o sangue no sentido de saída do coração, distribuindo-o para os diversos órgãos e sistemas do nosso organismo. Já o componente venoso faz justamente o contrário, trazendo o sangue de volta para o coração. No entanto, existem várias outras diferenças entre esses componentes, anatômicas, histológicas e funcionais, que integrados, contribuem de forma síncrona para a funcionalidade do nosso sistema vascular. Por ora, vamos fazer a discussão da porção arterial, deixando a análise do componente venoso para um outro momento. Histologia do sistema arterial (anatomia microscópica) Do ponto de vista microscópico é possível notar uma complexa organização de tecidos que formam as artérias. De forma simplificada, seus componentes básicos são o endotélio, camada mais interna que reveste o vaso, o tecido muscular e o tecido conjuntivo. Essas três porções se organizam e formam as túnicas, que nada mais são do que as camadas que formam as artérias. Se conceitualmente essa divisão é simples, fisiologicamente ela apresenta uma complexidade bem interessante, já que cada porção tem uma função importante e
Lucas Diniz
7 min
• 25 de mai. de 2021
Importância do índice de Tiffeneau na avaliação espirométrica em distúrbios respiratórios | Colunistas
Espirometria Antes de buscarmos compreender o que é o índice de Tiffeneau, bem como sua interpretação nos diferentes distúrbios respiratórios, precisamos conhecer quais são as principais medidas envolvidas na avaliação da capacidade respiratória de um indivíduo. Isso se faz importante porque esse índice é justamente obtido a partir de outros dois valores colhidos na espirometria. Mas então, o que é a espirometria? Espirometria, também chamada de prova de função respiratória, é um exame que busca avaliar a capacidade pulmonar de um indivíduo, o que é feito a partir de alguns valores que são obtidos por meio de sua execução. Ela é particularmente útil no diagnóstico de condições como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), por exemplo. Para a sua realização, é preciso de um equipamento denominado espirômetro, no qual o indivíduo coloca a boca, faz uma inspiração profunda máxima com posterior expiração forçada de todo o ar possível, como demonstra a imagem 1. Imagem 1 – Ilustração da execução da espirometria.Fonte: https://incorporecentromedico.com.br/exames-em-curitiba/espirometria-em-curitiba/ A partir disso, esse aparelho medirá os fluxos e os volumes de ar envolvidos no processo, gerando valores a serem comparados com outros pré-determinados para idade, sexo, peso e altura. Esses volumes obtidos podem ser de dois tipos, os estáticos e os dinâmicos. Volumes Estáticos Esse conjunto é compreendido pela capacidade pulmonar total (CPT), capacidade residual funcional (CRF) e volume residual (VR). A CPT é definida como o volume de ar que ocupa inteiramente os pulmões da pessoa após a inspiração profunda. O CRF é o volume de ar residual, ou seja, que “fica” nos pulmões após uma expiração normal, mas que em partes pode ser mobilizado na expiração forçada. Já o VR é
Lucas Diniz
5 min
• 30 de abr. de 2021
Descomplicando a úlcera péptica | Colunistas
Antes de adentrarmos nos aspectos clínicos da úlcera péptica, precisamos compreender o que seria essa doença e qual o motivo de sua ocorrência. De uma forma simplificada, ela pode ser entendida como uma lesão em que há uma perda de integridade da mucosa estomacal ou duodenal, caracterizada por uma escavação com mais de 5 mm da parede. Em termos epidemiológicos, tende a acometer mais homens tabagistas e tem íntima correlação com a infecção pela Helicobacter pylori e com o uso irracional dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs). Fisiopatologia Agora que definimos o que é a úlcera péptica, podemos buscar compreender quais são os fatores que desencadeiam a doença. Já comentamos que a infeção pela H. pylori e o uso dos AINEs compreendem dois fatores de risco importantes, mas será que só eles têm influência na patogênese? Claramente não. De uma forma geral, a fim de facilitar o entendimento, é necessário saber que existem outras condições que influenciam no desenvolvimento das úlceras. No entanto, por mais diversas que sejam as causas, o que ocorre é um desbalanço entre forças protetivas e lesivas da mucosa gastrointestinal. Mas como assim? Nosso trato gastrointestinal é revestido por um muco formador de uma camada que protege o tecido da acidez produzida no estômago. Dessa forma, temos um “dualismo” fisiológico resumido pelo “muco contra o ácido”. Dessa forma, alguns fatores atuam no sentido de favorecer a ação ácida e outros no sentido de proteger os tecidos dessa acidez, como a produção de muco. Dessa forma, uma perda do equilíbrio dessa relação se torna uma condição favorável a doença ulcerosa. Além disso, no sentido de proteção, ainda temos a secreção de bicabornato, a ação das prostaglandinas, o aporte sanguíneo adequado
Lucas Diniz
6 min
• 21 de mar. de 2021
Base da avaliação dos reflexos tendíneos para o médico generalista | Colunistas
Reflexos tendíneos no contexto do exame neurológico Sabe-se que existem inúmeras condições de saúde que podem cursar com alterações neurológicas. Nesse sentido, traumas, infecções, doenças neurodegenerativas e várias outras levam a alterações fisiológicas que desencadeiam em diversificadas alterações clínicas dos pacientes, podendo dificultar o diagnóstico e identificação das patologias. É devido a isso que uma anamnese bem-feita é de suma importância, visto que é capaz de orientar uma suspeita diagnóstica inicial, levando a uma avaliação médica bem conduzida, com exames físicos melhores interpretados mediante alguma suspeita prévia. Na avaliação neurológica esse cenário não é diferente, e no contexto da avaliação clínica de um paciente, algumas peculiaridades do exame físico devem ser consideradas. Nesse escopo, vários podem ser os objetos de estudo, destacando-se a inspeção, força e tônus muscular, equilíbrio, padrão de marcha, sensibilidade, coordenação, integridade dos nervos cranianos, sinais meníngeos, estado mental e de consciência, além dos reflexos. Os diversos achados de todos esses fatores, em associação com a história clínica do paciente, são importantíssimos na condução de casos neurológicos, e aqui vamos desdobrar de forma prática como avaliar uma dessas variáveis no contexto do médico generalista, que são justamente os reflexos tendíneos. Generalidades Em primeiro lugar, vamos nos preocupar em entender o que seriam esses reflexos e porque eles ocorrem, para posteriormente avaliarmos quais são e como aplicá-los na prática clínica. De uma forma simplificada, eles nada mais são que uma resposta involuntária do organismo a um determinado estímulo. Quando esse estímulo ocorre, a informação é coletada por receptores nervosos, seguirá por uma via aferente até um ponto de substância cinzenta no sistema nervoso central, local onde haverá uma conexão com a via eferente que irá se dirigir para o músculo e
Lucas Diniz
5 min
• 8 de fev. de 2021
Escore CURB-65 no contexto da pneumonia adquirida na comunidade (PAC) | Colunistas
Generalidades da PAC A pneumonia adquirida na comunidade (PAC) é uma doença pulmonar em que os bronquíolos e alvéolos do pulmão sofrem um processo inflamatório secundário à instalação de algum processo infeccioso, podendo este ser causado por diversos agentes, como vírus, bactérias, fungos e parasitas. Ainda em termos de definição, outro fator importante a se considerar é o caráter temporal de instalação do quadro clínico. Isso porque, para que se considere que um indivíduo tenha PAC, seus sinais e sintomas obrigatoriamente devem aparecer fora dos ambientes de assistência à saúde ou em até 48 horas do início de uma internação. Caso esse critério temporal não seja obedecido, o quadro de pneumonia passa a ser considerado não como comunitária, mas, sim, associada aos cuidados de saúde. Para facilitar a compreensão, tomaremos como exemplo três situações distintas. Na primeira, um indivíduo previamente hígido chega à unidade de saúde com quadro de tosse, dispneia e expectoração purulenta, sinais que indicam uma possível PAC, já que se deu fora de ambientes de saúde. No segundo, uma senhora, obesa, tabagista e etilista é internada na enfermaria do hospital da cidade decorrente de doença coronariana aguda às 10 horas de uma terça-feira. No início da tarde de quarta-feira, evolui com febre, tosse com expectoração e dispneia. Após realização de radiografia de tórax, nota-se aspecto de infiltrado pulmonar, sugerindo, portanto, um quadro de PAC, já que sua sintomatologia de pneumonia surgiu em pouco mais de 24 horas de sua admissão. Agora vamos imaginar que essa mesma paciente tenha cursado com esses sintomas pulmonares apenas na sexta-feira de manhã. Nesse caso, como se passaram as 48 horas, sua pneumonia deixa de ser considerada como PAC, passando a ser entendida como associada
Lucas Diniz
4 min
• 4 de jan. de 2021
Nervos cranianos, generalidades anatômicas e clínicas | Colunistas
Os nervos cranianos são um conjunto de pares de nervos que se conectam ao encéfalo, sendo que a maioria está ligada ao tronco encefálico, com exceção apenas de dois, o olfatório (I par) e o óptico (II par), que se ligam ao telencéfalo e diencéfalo, respectivamente. No total, temos 12 pares, de tal forma que cada um será responsável por funções sensitivas e motoras do organismo humano, algumas delas até mesmo vitais. Por mais que para muitos o entendimento da neuroanatomia, neurofisiologia e neuroclínica dos pares cranianos possa ser algo complexo, aqui iremos mostrar que compreender aspectos básicos desse tema não é tão complicado, sendo necessário apenas uma organização didática que facilite a compreensão. Para isso, vamos pensar de uma forma crescente e geral, para posteriormente adentrar nas particularidades de cada par. Em primeiro lugar, devemos saber o que são os nervos cranianos e, como dito, são nada mais que nervos de origem encefálica que exercem funções específicas no nosso organismo. Bom, sabendo o conceito básico, poderemos partir para a segunda questão, que é justamente saber quais são esses nervos. Nesse sentido, deve-se ressaltar que o nosso organismo é dotado de 12 pares, e que cada um deles apresenta uma numeração que vai de I a XII, além, é claro, de seu nome específico. Por ora, tomaremos nota dessa numeração e como ela se organiza, e isso é algo bem intuitivo, de tal forma que ela é na sequência craniocaudal, isto é, o nervo de origem mais superior é o I e o de origem mais inferior é o XII. Simples, não é? Então a partir daí vamos para o nome de cada um, o que também não é complicado. Dessa forma,
Lucas Diniz
8 min
• 6 de nov. de 2020
Gasto energético corporal e equação de Harris-Benedict | Colunistas
1. Gasto energético do organismo Podemos imaginar o corpo humano como uma grande máquina, repleta de inúmeros mecanismos que trabalharão em conjunto para garantir a sua funcionalidade. Nesse sentido, inúmeras são as atividades desenvolvidas pelo organismo, e, assim como toda máquina, para que ela funcione perfeitamente, é necessária uma quantidade de energia que seja suficiente para seu funcionamento. Nosso corpo utiliza essa energia em todas as funções, sejam elas voluntárias ou não. Por exemplo, para que o coração bata de forma adequada, é importante que as células do órgão tenham energia para funcionarem, enquanto, para nos locomover, nosso sistema esquelético tem que estar energeticamente bem suprido, a fim de garantir uma boa eficiência dos músculos e dos ossos. Apesar desses exemplos serem mais práticos e mais fáceis de imaginar, praticamente toda função do nosso organismo é realizada mediante dispêndio de energia. No entanto, como é que se dá essa distribuição do gasto energético do corpo humano? Podemos entender a dinâmica de energia corporal da seguinte forma. O total de energia que nosso organismo precisa é o Gasto Energético Diário ou Total (GED ou GET) e ele compreende o Gasto Energético Basal (GEB) + Gasto Energético da Atividade Física (GEAF) + Efeito Térmico dos Alimentos (ETA). O GEB corresponde àquela energia necessária para as funções vitais do organismo e geralmente corresponde a cerca de 60% a 70% do nosso gasto diário. Já o GEAF é o gasto oriundo das atividades físicas, que vão desde seu grau de atividade no trabalho até a prática esportiva em diferentes níveis de intensidade; enquanto o ETA é todo o gasto energético relacionado com a metabolização e absorção de alimentos e corresponde a apenas uma pequena
Lucas Diniz
6 min
• 5 de out. de 2020
Sinal de Babinski, o que é? | Colunistas
1. O paciente neurológico Sempre que nos deparamos com um paciente neurológico na rotina diária de hospital e ambulatório, já nos preparamos para um possível caso complexo, que exige uma atenção e um cuidado especial. Isso ocorre porque grande parte das patologias que acometem o sistema nervoso são graves e causam, se não o óbito, inúmeras sequelas para os indivíduos que as possuem. Além disso, devido à diversidade de sinais que esses pacientes apresentam e considerando a vasta gama de doenças nervosas, é muito importante que seja feita uma avaliação minuciosa desse paciente. Atualmente, por mais que a medicina seja marcada pela tecnologia de ponta com exames altamente sensíveis e específicos, nos casos de doenças neurológicas, a anamnese e o exame físico acurados são a chave para o diagnóstico bem conduzido. No entanto, mesmo que essa avaliação pareça simples, já que demanda poucos recursos tecnológicos, a complexidade desses quadros exige um exame físico longo com vários itens a serem avaliados, como marcha, equilíbrio, força e tônus muscular, integridade dos nervos cranianos, coordenação, sensibilidade e reflexos. 2. Reflexos Por definição, os reflexos são respostas automáticas do organismo a alguns estímulos sensoriais. Quem não conhece a história do médico que bate um martelo no joelho de seu paciente fazendo sua perna dar um “chute” sozinha, sem a vontade do examinado. Isso acontece devido ao arco reflexo, que ocorre quando o estímulo externo, no caso, a martelada, sensibiliza fibras aferentes que levarão essa informação até a medula nervosa, onde haverá uma conexão com outra fibra, a motora, que enviará o estímulo até a musculatura da coxa, fazendo-a contrair, efetuando o movimento de chute. Como essa informação não passa pelo cérebro, ela é automática e independente da nossa
Lucas Diniz
4 min
• 7 de set. de 2020
Desvendando o Controle Motor Fino | Colunistas
1.O corpo humano em movimento Não é novidade que o corpo humano apresenta uma organização anatômica e fisiológica que revelam situações absolutamente fascinantes. Todos os aspectos micro ou macroscópicos, e a combinação de diversos componentes, acabam por gerar estruturas de funcionalidades impressionantes. O simples ato de pensar, as batidas do coração, o funcionamento do sistema imunológico, são exemplos de situações coordenadas que, ao envolverem diversos fatores, constroem sistemas que transformam o organismo humano em uma máquina próxima da perfeição. Nesse contexto, um dos sistemas mais ricos, complexos e interessantes de toda essa maquinaria é o sistema motor. Sua apresentação de diversos fatores interligados é o que permite, por exemplo, que pessoas se locomovam, apanhem objetos, mudem de posição, pratiquem esportes, toquem instrumentos musicais, dentre outras inúmeras atividades. Involuntariamente, quando pensamos em movimento, o que vem à nossa mente é a percepção de músculos e ossos atuando em conjunto, de forma a possibilitar a mobilidade humana. Entretanto, esse é apenas um pedaço da imensa complexidade que envolve o sistema motor. Dessa forma, a compreensão do que nos permite mover e realizar nossas atividades diárias parte de dois pontos chave: a neuroanatomia e a neurofisiologia. É necessário avaliar a organização nervosa do sistema motor e, para isso, devemos entender que existem inúmeras vias neurais envolvidas na motricidade, o que forma uma rede bastante complexa, e é isso que garante a sua movimentação. Por exemplo, caso deseje ir até a cozinha beber um copo de água, você realiza os atos de levantar, andar, pegar o copo, enchê-lo e, finalmente, levá-lo até a boca. Por mais que sua ação voluntária pareça algo simples, ela é absolutamente coordenada de forma involuntária por componentes da via motora essenciais para que esse processo ocorra. A
Lucas Diniz
7 min
• 7 de ago. de 2020
Política de Privacidade
© Copyright, Todos os direitos reservados.