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Lyvia Fernandes
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Publicações de Lyvia Fernandes (6)
Resumo sobre placenta prévia | Colunistas
Definição A “placenta prévia” ou precedente é aquela que está implantada no segmento inferior do útero, dificultando, em maior ou menor grau, a passagem do feto pelo canal de parto, compondo juntamente com o descolamento prematuro de placenta (DPP) e a rotura uterina, causas de sangramento vaginal do terceiro trimestre de gestação. Geralmente, a massa placentária localiza-se na frente do feto e, embora existam diferentes classificações, a mais utilizada diferencia de acordo com o grau de oclusão do canal cervical, como mostrado abaixo: Classificação – Marginal: a placenta alcança somente a borda do orifício cervical interno – Parcial: a placenta cobre parcialmente o orifício cervical interno – Centro-total: a placenta oclui totalmente o orifício cervical interno Imagem 1. Classificação da placenta prévia segundo localização/ Fonte: https://www.sanarmed.com/dica-de-obstetricia-classificacao-da-placenta-previa-segundo-a-localizacao Epidemiologia e fatores de ricos A incidência de placenta prévia (PP) varia de acordo com a população estudada, com os critérios e recursos diagnósticos, com a definição utilizada e os critérios de classificação. De forma geral, sua frequência em relação ao número total de partos varia de 0,3 a 1,7%. No Brasil, os índices são maiores do que os citados, provavelmente em razão do maior número de partos operatórios. Os fatores de risco a que está associada incluem a idade materna avançada, a multiparidade (1 para 20 nascimentos) e as mulheres com cicatrizes uterinas prévias, como as cesarianas ou mesmo traumatismos endometriais, causados por curetagens ou infecções, que diminuem a vascularização do endométrio, fazendo com que a placenta, ao se implantar, procure áreas de maior vascularização que, muitas vezes, se tornam grandes ou com cotilédones anômalos, como a placentação sucenturiada (placenta que apresenta um ou
Lyvia Fernandes
6 min
• 2 de nov. de 2021
Infecções por HIV aumentam o risco de covid-19 grave? | Colunistas
Nos últimos 40 anos, dois vírus de RNA diferentes causaram pandemias marcantes: o vírus da imunodeficiência humana (HIV) e o da síndrome respiratória aguda grave do coronavírus tipo 2 (SARS-CoV-2). Ambos surgiram como patógenos zoonóticos, porém se diferenciam quanto a família, modo de infecção, conteúdo do genoma e patogênese. Ao decorrer do artigo, iremos entender qual a relação entre esses dois vírus, um breve resumo sobre seu mecanismo de ação e as pesquisas mais recentes que abordam o desfecho de pacientes com Covid-19 em pessoas vivendo com HIV (PVHIV). Mecanismo de ação e a coinfecção Vários fatores estão envolvidos durante a patogênese de uma infecção, desde a entrada do vírus, até início dos sintomas, resposta imune e eliminação viral. De maneira resumida, o SARS-CoV-2 age através da ligação da proteína spike de sua membrana à Enzima Conversora da Angiotensina 2 (ACE2) da célula do hospedeiro, sendo ativadas as células apresentadoras de antígeno (APCs) que envolvem o vírus e exibem peptídeos que fazem parte dele (antígenos – Ag) para ativar linfócitos T auxiliares. Estes irão coordenar outras respostas imunológicas, ativando linfócitos B e linfócitos T citotóxicos (TAHER et al., 2021). Figura 1: Resposta imunológica ao SARS-CoV-2. Fonte: https://www.sanoficonecta.com.br/artigos/desenvolvimento-da-vacina-contra-o-novo-coronavirus-abordagem-imunoinformatica Já a infecção pelo HIV é caracterizada por uma perda gradual de células T CD4 + e desequilíbrio na homeostase dessas células, com comprometimento progressivo da imunidade. Essa perda é decorrente tanto do ataque direto do vírus, que leva ao efeito citolítico, quanto a ativação imune crônica, resultando em apoptose. O sistema imunológico do paciente entra em um estado hiperativo caracterizado por alto turnover de células T, ativação policlonal de células B e citocinas pró-inflamatórias elevadas (VIJAYAN et al., 2017). A invasão da célula é simplificada na figura 2:
Lyvia Fernandes
6 min
• 10 de set. de 2021
Um resumo sobre descolamento prematuro da placenta | Colunistas
Categoria principal: Obstetrícia Definição O descolamento prematuro da placenta (DPP) é umas das principais causas de sangramento vaginal na segunda metade da gravidez. Ele é definido como a separação abrupta da placenta normalmente inserida no corpo uterino antes da saída do feto, em gestação de 20 ou mais semanas. A sua etiologia ainda não é completamente elucidada, mas alguns fatores estão altamente correlacionados com o início do quadro. Epidemiologia e fatores de ricos Afetando de 1 a 2% das gestações, o DPP tem maior incidência entre 24-26 semanas, diminuindo com o avançar da gestação. É responsável por 15 a 20% de todas as mortes perinatais e por 1 a 2 % da mortalidade materna. Além disso, ele também está intimamente associado à prematuridade: mulheres com DPP têm um risco de 4 a 6 vezes maior de parto prematuro. Em relação aos fatores de risco, os principais são: Imagem 1: Principais fatores de risco para o descolamento prematuro da placenta / Fonte: autora do texto. Houve um aumento na incidência de DPP nos últimos anos, provavelmente devido ao maior número de diagnóstico realizado no pré-natal e ao aumento da exposição a fatores de risco que antes não eram tão prevalentes, como a idade materna avançada. Fisiopatologia A principal causa do descolamento prematuro da placenta é a ruptura de vasos sanguíneos maternos na decídua basal, onde o sangramento irá se acumular formando um hematoma, separando a placenta da decídua. Conforme ele aumenta, há mais separação e compressão do espaço sobrejacente, resultando na destruição local do tecido placentário. Esse hematoma pode ser pequeno e autolimitado ou ser volumoso e causar a separação completa da
Lyvia Fernandes
5 min
• 28 de jul. de 2021
As células T podem ajudar a manter a imunidade duradoura contra Covid-19? | Colunistas
Aprenda mais sobre relação entre as células T e a covid-19! Os estudos atuais mostram que uma resposta imune modulada contra o SARS-CoV-2 se dá pela produção coordenada de citocinas pró-inflamatórias (IFN-γ e TNF-α) e anti-inflamatórias (IL-10), a qual, junto com a atuação celular e das imunoglobulinas (Ig), corroboram para o combate efetivo contra o vírus. O tempo e a importância da manutenção de uma imunidade duradoura contra a Covid-19 são objeto de pesquisas que podem proporcionar uma prevenção e até tratamento para essa doença: afinal, qual o papel das células T nesse contexto? O papel das células T As células T são importantes reguladoras da imunidade celular e humoral. A resposta mais eficaz contra uma variedade de infecções virais é a ativação da resposta imune celular, especialmente através da ativação dessas células. Mas como ocorre com o SARS-CoV-2? Após a entrada do vírus no corpo humano, há uma ativação da imunidade inata e das células dendríticas (CD), que irão conduzir a indução de células T e células B específicas contra esse patógeno. Essas células T são recrutadas a partir de um conjunto de células T pré-existentes e formadas aleatoriamente, capazes de reconhecer epítopos virais específicos. Além disso, se diferenciam em uma variedade de tipos de células efetoras adaptadas para controlar o organismo invasor, que geralmente incluem células T CD4, que induzem células B a produzir anticorpos de alta afinidade capazes de neutralizar o patógeno, e células T CD8 + citotóxicas que matam as células infectadas pelo vírus. Abaixo, temos resumidamente como esse processo se dá em pequena escala: Imagem 1: Fluxograma da imunidade contra o SARS-CoV-2 / Fonte: adaptação da autora da imagem trazida no
Lyvia Fernandes
5 min
• 7 de jul. de 2021
Resumo das Doenças Inflamatórias Intestinais: epidemiologia, fisiopatologia, investigação clínica, diagnóstico diferencial e tratamento | Colunistas
Definição As doenças Inflamatórias Intestinais (DII) são distúrbios idiopáticos crônicos que causam inflamação do trato gastrointestinal. A doença de Crohn (DC) e a retocolite ulcerativa (RCU) são os principais exemplos, com diferenças principalmente quanto à localização, comprometimento das camadas do intestino e também fisiopatogenia. Devido a difícil diferenciação entre a RCU e a DC, muitas vezes o diagnóstico é tardio e a maioria das internações ocorrem na fase ativa ou nas complicações dessas doenças, com 80% dos casos ocorrendo sob demanda de urgência. Por isso é importante realizar a investigação precisa, diagnóstico diferencial e tratamento precoce dessas doenças. Epidemiologia da DII Com a mudança de hábitos no século 21, as doenças inflamatórias intestinais se tornaram globais, com aumento da incidência em países recém-industrializados, enquanto houve uma estabilização e até diminuição nos países ocidentais. Ainda assim, a maior prevalência continua sendo na Europa e na América do Norte. Elas acometem principalmente indivíduos entre os 15 e 45 anos e infelizmente, há poucas pesquisas sobre sua incidência no Brasil, mas as evidências apontam para seu aumento, com maior prevalência na região Sudeste (45,33%). Além disso, pessoas que residem em áreas urbanas correm maior risco de desenvolver esse distúrbio. A ocidentalização da dieta e do estilo de vida apontam a influência ambiental na gênese desse problema. Fisiopatologia Fonte: “Lyvia Maria Fernandes”Interação dos fatores envolvidos na etiopatogenia da DII. Existem diversos fatores associados a etiologia da inflamação crônica da mucosa gastrointestinal, incluindo microbiota intestinal, exposição ambiental, imunidade do indivíduo e a genética. Microbiota Intestinal Embora não se saiba ainda se o desequilíbrio da flora intestinal (disbiose) é causa ou efeito do processo
Lyvia Fernandes
6 min
• 22 de mai. de 2021
Covid-19 pode alterar padrão de funcionamento do cérebro | Colunistas
Palavra-chave: Covid-19. Com a descoberta documentada pela primeira vez em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan – China, o vírus SARS-CoV-2 vem causando um espectro abrangente de apresentações e sintomatologia nos seres humanos. Apesar de frequentemente associado ao sistema respiratório e circulatório, ele possui implicações documentadas também no sistema nervoso, com quadros que variam entre cefaleia, ‘‘névoa’’ cerebral, acidente encefálico, convulsão, hemorragia, entre outros. Sabendo que a Covid-19 pode afetar direta ou indiretamente nosso cérebro, pesquisas vêm sendo realizadas para compreender melhor como se dá essa dinâmica e como essa doença pode alterar o padrão de funcionamento do cérebro. Mas como o vírus consegue atingir o cérebro? O mecanismo pelo qual o SARS-CoV-2 afeta o sistema nervoso central ainda não é totalmente elucidado, mas as recentes hipóteses apontam que o vírus tem a habilidade de entrar na célula hospedeira pela interação direta com a enzima conversora de angiotensina – 2 (ECA-2) através da glicoproteína Spike (S), que é expressa em vários tecidos, inclusive no cérebro, havendo então uma neuroinvasão viral direta. Além disso, ele pode interagir com a ECA-2 do endotélio capilar e destruir a barreira hematoencefálica, entrando no sistema nervoso central. Há a possibilidade de o vírus entrar via nervo olfatório através da cavidade nasal e infectar neurônios que controlam a respiração, embora não haja demonstração definitiva desta última tese. Ocorre também um dano neuronal devido à toxicidade neurológica que a liberação de citocinas sistêmicas pelo próprio organismo provoca durante a infecção. Figura 1. Formas pelas quais o SARS-CoV-2 pode entrar no cérebro e causar a neuroinfecção. Por: ‘‘Lyvia Maria Fernandes’’ O que é a ‘‘névoa’’ cerebral? As doenças
Lyvia Fernandes
4 min
• 30 de abr. de 2021
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