Produtos da Sanar
SanarFlix
Livros de Medicina
Sanar Residência
Revalida
Sanar Pós
Sanar para Instituições
Sobre a Sanar
Menu
Residência
Etapas da carreira
Ciclo Básico
Ciclo Clínico
Internato
Residência
Pós-graduação
Artigos Científicos
Materiais gratuitos
Aulas
Casos Clínicos
Ebooks
Questões
Resumos
Entrar
Cadastre-se
Maria Layane Cerqueira
Copiar link do perfil
Publicações de Maria Layane Cerqueira (4)
Doenças Exantemáticas: Eritema Infeccioso e Exantema Súbito | Colunistas
As doenças exantemáticas são um grupo de doenças infecciosas na pediatria cuja principal característica é a erupção cutânea. Embora a maioria sejam doenças autolimitadas e benignas, algumas podem ser expressões de enfermidades mais graves. Tem apresentação clínica semelhante, e por isso a história, análise do tipo da lesão e investigação dos sinais e sintomas concomitantes é essencial para ajudar a inferir qual é o diagnóstico. Dentre as doenças exantemáticas clássicas, neste artigo abordaremos o eritema infeccioso e o exantema súbito. Exantema súbito ou Roséola Infantil ou febre de 3 dias Criança com exantema súbito. https://www.dermis.net/dermisroot/pt/11930/image.htm É causada pelo herpes-vírus humano 6 (HVH6) e 7 (HVH7). Acomete apenas as crianças entre 6 meses e 6 anos de idade, sendo comum nos lactentes e pré-escolares predominando nos menores de 2 anos. Não ocorre antes dos seis meses devido a proteção pelos anticorpos maternos1. Por ser um vírus altamente prevalente na comunidade acredita-se que na idade pré-escolar quase todas as crianças já estão imunes e infectadas subclinicamente, porém somente 9-17% delas desenvolveram a doença2. A transmissão ocorre por gotículas contaminadas excretadas da saliva de adultos saudáveis portadores do vírus. O tempo de incubação é entre 5 a 15 dias (alguns autores 3 a 7 dias). Quadro clínico O início é súbito com febre alta e contínua. Não há toxemia, com estado geral bom e poucos sintomas respiratórios, mas a criança fica extremamente irritada e com perda de apetite devido a febre, e em até 10% das crianças causa convulsão febril. A adenopatia cervical é um achado muito frequente, assim como a hiperemia de faringe. Pode ocorrer um pródomo de sintomas inespecíficos, como diarreia leve, pápulas eritematosas na mucosa do palato mole e úvula
Maria Layane Cerqueira
5 min
• 12 de jul. de 2021
Teste do pezinho e teste do olhinho | Colunistas
A triagem neonatal (TN) são procedimentos realizados em uma população assintomática de recém-nascidos de 0 a 28 dias de vida, com o objetivo de identificar precocemente indivíduos que estão sob risco de desenvolver determinadas doenças ou distúrbios, que se não tratados, podem levar a sérias sequelas e até a morte1,2. Dessa forma, são essenciais a saúde pública, diminuindo a mortalidade infantil, evitando gastos públicos e melhorando significativamente a qualidade de vida e prognóstico desses neonatos. Quando começou a triagem neonatal? A ideia de fazer uma triagem inicial surgiu em 1963, pelo Dr. Robert Guthrie nos Estados Unidos, com um método simples e de baixo custo para detectar as concentrações de fenilalanina, ainda na fase pré-sintomática de indivíduos com Fenilcetonúria3. No Brasil, o processo se iniciou em 1976, na cidade de São Paulo, também com triagem para fenilcetonúria e com o procedimento conhecido hoje como “Teste do pezinho”. Na década de 90, a realização do teste do pezinho se tornou obrigatória e gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e em 2001, foi o criado o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), do Ministério da Saúde, com o objetivo de assegurar o acesso e rastreamento populacional universal em todo território nacional, com identificação precoce das doenças, intervenção em tempo oportuno e acompanhamento permanente desses indivíduos2. O PNTN preconiza na TN o teste do olhinho, do coraçãozinho, do pezinho e da orelhinha ainda no primeiro mês de vida. Nesse texto, trataremos especificamente do teste do pezinho e teste do olhinho. Teste do pezinho A triagem sanguínea ou “teste do pezinho” foi a primeira medida de triagem implementada e está disponível em todo o Brasil, com 21446 pontos de coletas distribuídos na
Maria Layane Cerqueira
11 min
• 18 de mai. de 2021
Doença do soro-like: você sabe identificá-la?| Colunistas
A doença do soro-like (DSL) é uma entidade rara, mas importante de ser identificada e entendida para evitar o uso exagerado de antibióticos ou a associação de outros medicamentos. É uma reação de hipersensibilidade do tipo III, autolimitada, associada à administração de alguns fármacos rotineiros, acontece mais frequentemente em crianças, e seu diagnóstico é essencialmente clínico. Entenda o porquê do nome “doença do soro-like” Antigamente muitas doenças bacterianas eram tratadas com soro de cavalo, a exemplo da difteria. Introduzia-se antígenos da difteria no cavalo, filtrava-se o soro do animal e injetava-se o soro repleto de anticorpos numa pessoa acometida com a difteria. Observaram, então, que muitas dessas pessoas tratadas com soroterapia começaram a ter lesões de pele e dores articulares, ambas associadas com as vezes em que recebiam o soro – reações típicas de hipersensibilidade ao soro do cavalo, pois as repetidas administrações culminavam na formação de imunocomplexos (devido ao excesso de antígeno e anticorpo) nos vasos, resultando na inflamação e lesão tecidual. Os sintomas não tinham a ver com a difteria, que era a doença de base, mas sim com as proteínas do soro. Assim, a doença do soro, que foi descrita pela primeira vez em humanos em 1905, por Pirquet e Schick, é uma reação sistêmica que ocorre após a administração de soro heterólogo, habitualmente de origem animal1. Atualmente pouco se usa o soro como tratamento por tempo prolongado, no entanto, essa reação pode acontecer com alguns medicamentos e resultar numa outra entidade, clinicamente semelhante, que é a doença do soro-like. Reação de hipersensibilidade do tipo III Antes de conhecer mais sobre a DSL, revisar como acontece a reação de hipersensibilidade do tipo III ou reação por imunocomplexos ajuda a compreender
Maria Layane Cerqueira
4 min
• 19 de abr. de 2021
Aprenda a usar a escala FLACCr e avaliar a dor em crianças | Colunistas
A Agência Americana de Pesquisa e Qualidade em Saúde Pública e a Sociedade Americana de Dor descrevem a dor como o quinto sinal vital, que deve sempre ser registrado ao mesmo tempo e mesmo ambiente em que também são avaliados os outros sinais vitais: temperatura, pressão arterial, pulso e respiração1. Contudo, por ser uma experiência subjetiva e pessoal, sua mensuração por vezes é esquecida nos prontuários, não sendo reconhecida ou inadequadamente conduzida. No Brasil, o direito de “não sentir dor, quando existem meios para evitá-la”, é garantido pelos Direitos da Criança e do Adolescente Hospitalizados2. O processo de estar internado e em uma Unidade de Terapia ou Cuidados intensivos (UTI ou UCI), por si só, é difícil e estressante, principalmente para as crianças que frequentemente experimentam dor, medo e ansiedade. A avaliação da dor em crianças é um desafio de se executar pela incapacidade de muitas delas para uma autoavaliação, comportamentos subsutis e inespecíficos de dor, sendo muitas vezes subdiagnosticadas e erroneamente tratadas, com excessos ou subdoses de medicamentos. Esse desafio torna-se ainda maior quando as crianças apresentam comprometimento neurológico, especialmente do sistema cognitivo e da fala. Com isso, a escala FLACC (Face, Legs, Activity, Cry, Consolability) foi desenvolvida em 1997 na Faculdade de Medicina da Universidade de Michigan, com o intuito de ser uma escala rápida, pouco complexa e baseada em parâmetros comportamentais objetivos3. Em 2002, passou por uma adaptação para adequá-la à utilização em crianças com comprometimento cognitivo – FLACC revisada (FLACCr) – além de ser adicionado orientações para sua aplicação. Quando usar? Crianças de 2 meses aos 18 anos e indivíduos com problemas neurológicos até 19 anos impossibilitados de relatar a sua dor, não verbais ou com prejuízo da fala2.
Maria Layane Cerqueira
4 min
• 2 de mar. de 2021
Política de Privacidade
© Copyright, Todos os direitos reservados.