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Natália Migliore
Medicina
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Publicações de Natália Migliore (5)
Tireoidites | Colunistas
De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, “tireoidite” é um termo que caracteriza doenças inflamatórias que afetam a tireoide. Como resultado, o paciente pode apresentar dores ou apenas os sintomas básicos do hipertireoidismo ou do hipotireoidismo (1). Tireoidite supurativa aguda ou infecciosa É uma doença rara, a qual vem apresentando aumento de casos devido à elevação do número de pacientes imunodeprimidos. Dentre os imunodeprimidos, a tireoidite supurativa aguda é particularmente provável de ocorrer em pacientes com AIDS (2). É causada, usualmente, por infecção bacteriana. No entanto, infecções fúngicas, micobacterianas ou parasitárias também podem causar tireoidite supurativa aguda (2). Normalmente, tem início súbito, com acometimento, em geral, assimétrico. A sintomatologia usual é de febre, disfagia, disfonia, sudorese, astenia e dor cervical anterior unilateral, que pode irradiar para a mandíbula ou ouvido homolateral. Esses sintomas, em geral, mais aparentes em crianças do que em adultos, ocorrem, usualmente, após uma infecção aguda do trato respiratório superior (2,3). É possível notar, ao exame físico, sinais flogísticos no lado acometido da tireoide, com pele eritematosa, intensa dor à palpação e, às vezes, flutuação (3). Punção aspirativa por agulha fina é o exame de escolha. Histologicamente, encontra-se um infiltrado de leucócitos polimorfonucleares e linfócitos, o qual pode vir associado a franca necrose tireoidiana e formação de abscesso (2, 3). O diagnóstico diferencial é feito com a tireoidite granulomatosa subaguda: em geral, na tireoidite aguda, a linfadenomegalia cervical é mais comum. Assim, eritema ou formação de abscesso indica para o diagnóstico de tireoidite aguda (3). O tratamento consiste no uso de antibióticos e drenagem de quaisquer abscessos (2). Tireoidite granulomatosa subaguda (ou tireoidite de Quervain)
Natália Migliore
7 min
• 10 de mar. de 2022
Casirivimabe e Imdevimabe no tratamento de COVID-19 | Colunistas
Uso emergencial aprovado pela Anvisa Em abril de 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial dos anticorpos monoclonais casirivimabe e imdevimabe para o tratamento de COVID-19 em pacientes que possuem fatores de risco (1), os quais podem incluir, mas não são limitados a: idade avançada (65 anos ou mais); obesidade; doença cardiovascular, incluindo hipertensão; doença pulmonar crônica, incluindo asma; diabetes mellitus tipo 1 ou tipo 2; doença renal crônica, incluindo aqueles em diálise; doença hepática crônica. Os medicamentos foram estudados juntos para prevenção na piora de quadros de COVID-19 ao, possivelmente, limitar a quantidade de SARS-CoV-2 no corpo humano. Na época, os estudos foram realizados em pacientes não vacinados, portanto, há incerteza do benefício da medicação em um cenário em que grande parte da população de risco foi vacinada. Assim, é importante lembrar que essas drogas são apenas administradas em pacientes com alto risco de hospitalização e/ou de óbito em razão da doença (2). Funcionamento da terapia imunológica Os anticorpos monoclonais são moléculas produzidas em laboratório projetadas para servir como anticorpos, podendo restaurar, melhorar ou imitar o ataque do sistema imunológico a patógenos. Casirivimabe e imdevimabe são uma combinação de dois anticorpos IgG1 humanos que têm como alvo o domínio de ligação ao receptor da proteína spike do SARS-CoV-2, impedindo, assim, a entrada viral nas células humanas através do receptor da enzima conversora de angiotensina 2 (ACE2). Esses medicamentos são anticorpos, tais quais os produzidos pelo corpo ao se deparar com o SARS-CoV-2 e, assim, eles agem bloqueando a capacidade do vírus de infectar as células do nosso corpo (3,4). Em fase 3 de ensaios clínicos, foi demonstrado que a administração de anticorpos monoclonais anti-SARS-CoV-2 a pacientes não
Natália Migliore
4 min
• 1 de fev. de 2022
Trombose associada à COVID-19 | Colunistas
Tudo que você precisa saber sobre a associação que existe entre a trombose e a COVID-19. Acesse e fique por dentro do assunto! Eventos trombóticos arteriais e venosos foram frequentemente encontrados em casos graves de COVID-19, dentro os quais tromboembolismo venoso, tromboembolismo arterial, trombose pulmonar in situ e outras formas de tromboembolismo sistêmico, como coagulação intravascular disseminada. Nesses, foram observadas alterações nos exames hematológicos, as quais incluem D-dímero elevado, tempo de protrombina prolongado, trombocitopenia e/ou baixos níveis de fibrinogênio (1) A presença de coagulopatia como parte da síndrome da resposta inflamatória sistêmica é uma característica predominante e o gatilho subjacente engloba imuno-trombo-inflamação. A coagulopatia inicia com lesões vasculares na microvasculatura pulmonar e, conforme a doença progride, o estado pró-trombótico torna-se sistêmico, culminando em trombose de múltiplos órgãos. A compreensão dos mecanismos patogênicos que contribuem para desencadear a trombose na COVID-19 representa um aspecto crucial para o adequado tratamento e escolha terapêutica, portanto, o presente artigo tem como objetivo apontar algumas das vias vinculadas à trombose associada à infecção pelo Sars-CoV-2. Ativação de plaquetas De acordo com Zhang et al, plaquetas humanas expressam, em sua superfície, tanto ECA2 e serina protease transmembrana 2 (TMPRSS2) e, por meio da interação dessas com a proteína spike do SARS-CoV-2, o vírus consegue estimular diretamente as plaquetas, desencadeando a liberação de fatores de coagulação, mediadores inflamatórias e geração de agregados de plaqueta e leucócitos (2) Plaquetas possuem papel importante na homeostasia primária, bem como na resposta imunológica à patógenos e a interdependência funcional e ativação coordenada de ambos os processos, chamado de “trombo-inflamação”, pode originar efeitos negativos, tal como trombose. Existem dados que suportam a ideia de que a ativação plaquetária persistente pode estar
Natália Migliore
5 min
• 25 de nov. de 2021
A pandemia e o poder de salvar vidas do oxigênio medicinal | Colunistas
Vários pacientes, incluindo recém-nascidos e crianças, com pneumonia, DPOC, fibrose pulmonar e outras doenças, requerem oxigenoterapia. O Murdoch Children’s Research Institute estimou que, em 2020, aproximadamente 38 milhões de pessoas em países de média e baixa renda foram admitidos em hospitais por hipoxemia e afirmou ainda que 9 em cada 10 hospitais nesses países não possuíam acesso à oximetria de pulso e oxigenoterapia e, assim, apenas 20% dos pacientes que precisavam de oxigênio medicinal tiveram acesso ao recurso (1). No dia 25 de fevereiro de 2021, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou uma emergência de oxigênio mundial e lançou, assim, uma força-tarefa para poder medir a demanda e garantir o fornecimento de oxigênio e suporte técnico para os países mais afetados. Na época, a OMS estimou que mais de meio milhão de pessoas em países pobres precisavam de mais de 1,1 milhão de cilindros por dia, porém, o fornecimento, já escasso antes da pandemia, foi ainda mais afetado por causa dela (2). Devido a essa escassez, em diversas unidades de saúde, foram observados inúmeros óbitos capazes de ter sido evitados com o uso do oxigênio medicinal. Oxigênio e a pandemia Na maioria dos casos, mesmo assintomáticos, o principal sintoma da pneumonia por SARS-CoV-2 é a hipóxia, que pode piorar e progredir para Síndrome Respiratória Aguda Grave, na qual, edema alveolar e intersticial ocorrem devido a permeabilidade aumentada do capilar pulmonar, levando à infiltração de fluido rico em proteínas e células imunes no parênquima do pulmão. O acúmulo de fluido no alvéolos diminui a eficácia da troca de ar entre os alvéolos e a vasculatura, o que resulta em hipoxemia e hipóxia alveolar (3). A Síndrome Respiratória Aguda Grave precisa ser tratada, inicialmente, com grandes quantidades de oxigênio (4).
Natália Migliore
5 min
• 14 de set. de 2021
Global.health: o banco de dados covid-19 financiado pelo Google | Colunistas
Coleta de dados no início da pandemia Quando um surto ocorre, dados confiáveis são de extrema importância para que os responsáveis pela saúde pública consigam tomar decisões políticas, médicas e alocar recursos para poder reduzir ao máximo os efeitos da moléstia. No caso de uma epidemia emergente, informações atualizadas em tempo real permitem monitorar e prever o grau de propagação da doença. Então, a partir do momento da identificação dos primeiros casos de COVID-19 em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, pesquisadores começaram a reunir informações para ajudar epidemiologistas a modelar a trajetória do SARS-CoV-2. Com o contínuo aumento de número de casos e propagação mundial de COVID-19, alguns voluntários da Universidade de Oxford e um time do Boston Children’s Hospital passaram a publicar manualmente, em planilhas, informações revisadas por pares para gerar referências confiáveis para a comunidade global. No entanto, o documento ficou sobrecarregado, ao ultrapassar a marca de 100.000 casos. Mudança feita pelo Google O Google e o Google.org, além de conceder 1,25 milhão de dólares, criaram, em parceria com pesquisadores de instituições acadêmicas dos EUA e Europa, uma forma de automatizar diariamente os dados de coronavírus de vários países, com algoritmo capaz de juntar informações dispersas e deletar registros duplicados de um mesmo caso. Para a construção do banco de dados, os arquitetos do projeto consultaram especialistas em questões éticas e legais para garantir o manejo e divulgação segura dos dados, os quais são resguardados por agências governamentais, universidades e hospitais, porque apesar de muitos países coletarem dados minuciosos durante surtos, eles, muitas vezes, não podem ser compartilhados abertamente devido a questões de privacidade. Dessa forma, as informações disponíveis no repositório são contínua e rigorosamente checadas para garantir o anonimato.
Natália Migliore
4 min
• 9 de set. de 2021
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