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Raíza Pereira
Medicina
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Escreve sobre Medicina de Família e Comunidade.
Publicações de Raíza Pereira (8)
Mastoidite: infecção da mastoide | Colunistas
O processo mastoide é uma divisão do osso temporal, que forma parte da lateral e base do crânio, que se conecta com o ouvido médio pelo chamado aditus ad antrum, que é uma conexão estreita entre essas duas estruturas. Se essa conexão é bloqueada, é formado um espaço fechado, com potencial para desenvolvimento de abscessos e destruição óssea. Em casos de otite média aguda (OMA), devido à extensão, pode ocorrer facilmente a inflamação desse espaço mastoide, muitas vezes com inflamação subclínica; na maioria dos casos, a inflamação de células aeradas da mastoide se resolve com a melhora da OMA. Imagem 1: localização do osso mastoide – Fonte: https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/osso-temporal Mastoidite A mastoidite aguda é uma complicação potencial de todos os casos de otite média aguda, constituindo a complicação mais grave e frequente. O revestimento muco-periósteo da mastoide encontra-se em continuidade com o do ouvido médio e, por isso, a OMA acompanha-se de algum grau de inflamação mastoideia. No entanto, essa definição por si só pode trazer erros diagnósticos. Sendo assim, considera-se mastoidite o processo inflamatório das células da mastoide, que leva à osteíte dos septos intercelulares, com a propagação subperiosteal do processo inflamatório. A mastoidite é uma doença que acomete mais as crianças, geralmente antes dos 2 anos de idade. A infecção aguda persistente nas células da mastoide pode levar a uma osteíte, que destrói as trabéculas ósseas, levando ao que chamamos de mastoidite coalescente. A mastoidite coalescente é essencialmente um empiema do osso temporal, que pode drenar através do antro natural para causar resolução espontânea ou evoluir para abscesso subperiosteal retroauricular, petrosite ou complicações intracranianas. Estruturas próximas, como nervo facial, labirinto ou seio sigmoide podem também ser acometidas. Em casos
Raíza Pereira
4 min
• 3 de mai. de 2022
A Bupropiona e a Vareniclina: medicamentos para parar de fumar | Colunistas
Apesar da queda progressiva, o tabagismo ainda gera um alto custo social e econômico para o País, somando custos diretos de assistência e indiretos por redução da produtividade com absenteísmo, aposentadoria por invalidez e morte prematura. A partir de dados de prevalência de 2008, o tabaco foi responsável por 13% do total de mortes no Brasil, reduzindo a expectativa de vida do brasileiro fumante em cinco anos em relação ao não fumante. Em relação aos anos de vida perdidos ajustados por incapacidade, a carga de doenças atribuída ao tabagismo foi de 1.873.415 disability-adjusted life year (DALYs), principalmente por infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, câncer de pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica. Dificuldades encontradas no processo de cessação do tabagismo Há evidências de que o apoio ofertado aos tabagistas para cessação do tabagismo pelos serviços de saúde no Brasil ainda é deficiente e insuficiente, apesar do elevado porcentual dos fumantes que desejam ou tentam parar de fumar. Na Política Nacional de Saúde de 2013, dos tabagistas com idade de 18 anos ou mais entrevistados, 51,1% afirmaram que tentaram parar de fumar nos 12 meses anteriores. Do total de fumantes, porém, apenas 8,8% afirmaram ter procurado tratamento com profissional da Saúde para a tentativa de cessação (IBGE; FIOCRUZ, 2014). Dados semelhantes foram encontrados na PNAD 2008. Do total de entrevistados com 15 anos ou mais, 51,1% referiram desejo de parar de fumar – apesar de mais da metade destes não terem planos de parada para os 12 meses subsequentes. Apenas 57,1% dos tabagistas afirmaram terem sido advertidos a parar de fumar por serviços de saúde nos 12 meses anteriores. Do total de entrevistados que pararam de fumar no mesmo período, apenas 15,2% afirmaram
Raíza Pereira
7 min
• 27 de abr. de 2022
Anemia Falciforme e Anemia Hemolítica: qual a relação? | Colunistas
A anemia falciforme se caracteriza como uma hemoglobinopatia, que são distúrbios que afetam a estrutura, função ou produção de hemoglobina. Em geral, essas doenças são hereditárias e sua gravidade varia desde anormalidades laboratoriais assintomáticas até a morte in utero. A doença é causada por uma mutação no gene da β-globina, com modificação do sexto aminoácido, substituindo o ácido glutâmico pela valina, criando uma molécula de hemoglobina com comportamento totalmente anômalo: a hemoglobina S. Como consequência, a hemácia muda a sua conformação para drepanócito. IMAGEM 1: HEMÁCIAS EM FORMA DE FOICE – DREPANÓCITOS – Fonte: https://hematologia.farmacia.ufg.br/p/7041-drepanocitos As células falcêmicas perdem a flexibilidade necessária para atravessar os pequenos capilares. Possuem membranas “viscosas” alteradas, que aderem anormalmente ao endotélio das pequenas vênulas. Tais anormalidades provocam episódios imprevisíveis de vasoclusão microvascular e destruição prematura dos eritrócitos (anemia hemolítica). Ocorrendo hemólise devido à destruição dos eritrócitos anormais pelo baço. As células aderentes rígidas causam obstrução dos pequenos capilares e das vênulas, provocando isquemia tecidual, dor aguda e lesão gradual dos órgãos-alvo. Esse componente venoclusivo em geral caracteriza a evolução clínica. As manifestações proeminentes consistem em episódios de dor isquêmica (crises álgicas) e disfunção isquêmica ou franco infarto do baço, sistema nervoso central (SNC), ossos, articulações, fígado, rins e pulmões. No portador de anemia falciforme, o afoiçamento de hemácias acontece de forma espontânea em graus variáveis, mas sabemos que ele se torna extremamente exacerbado na vigênciade um ou mais dos seguintes fatores: hipóxia; acidose; (desloca a curva de saturação da hemoglobina => reduz a afinidade da hemoglobina pelo oxigênio) desidratação celular. Consequências para a Hemácia Além da
Raíza Pereira
5 min
• 23 de mar. de 2022
Atenção ao tratamento das pessoas com IST’s, na atenção primária à saúde | Colunistas
O cuidado às pessoas com IST (infecções sexualmente transmissíveis) – assim como outras condições de saúde – deve refletir a melhor evidência científica disponível, aliada a fatores contextuais indissociáveis: a experiência do profissional, as características individuais e a potencialidade do sistema de saúde.A sistematização do diagnóstico e tratamento das pessoas com IST requer, portanto, que as recomendações estejam organizadas e acessíveis aos profissionais de saúde e que estes recebam capacitação e possuam condições de trabalho apropriadas, permitindo que pessoas cuidem de outras pessoas.A assistência à saúde funciona, na maioria dos municípios do país, mediante o agendamento de consultas, apresentando dificuldades para o atendimento por demanda espontânea. Visando à quebra da cadeia de transmissão das IST, a unidade de saúde deve garantir, o mais breve possível, o acolhimento adequado e com privacidade. Inicialmente, devemos lembrar que estas patologias apresentam apresentação em síndromes: úlceras genitais, corrimento uretral, corrimento vaginal, DIP, verrugas urogenitais. Os critérios para o tratamento são: eficácia, segurança, posologia, via de administração, custo, adesão e disponibilidade. Ademais, devemos lembrar sempre do tratamento dos parceiros (ou parceiras), oferecer sempre testes rápidos e reforçar a importância do uso de preservativos. Manejo das ISTS sintomáticas Realizar orientação centrada na pessoa e suas práticas sexuais;Contribuir para que a pessoa a reconheça e minimize o próprio risco de infecção por uma IST.Oferecer testagem para HIV, sífilis e hepatite B e C.Oferecer vacinação para hepatite A e hepatite B, e para HPV, quando indicado.Informar sobre a possibilidade de realizar Prevenção Combinada para IST/HIV/hepatites virais.Tratar, acompanhar e orientar a pessoa e suas parcerias sexuais.Notificar o caso, quando indicado. Fluxograma 1: Manejo de ISTs sintomáticas – Fonte: Ministério da Saúde, 2019 Corrimento vaginal e cervicite
Raíza Pereira
4 min
• 7 de fev. de 2022
Benzodiazepínicos: ações no sistema nervoso central e usos terapêuticos
Benzodiazepínicos (BZD) são medicamentos hipnóticos e ansiolíticos com efeitos notáveis. Amplo índice terapêutico que apresentam, ainda, propriedades anticonvulsivante, relaxante muscular e amnésica. Esses medicamentos foram introduzidos no mercado na década de 1960, a partir da descoberta acidental do Clordiazepóxido. Desde então, se tornaram um dos grupos de medicamentos com propriedades ansiolíticas mais prescritos em todo o mundo. O uso prolongado é contraindicado, pois pode causar efeitos adversos. Entre eles a dependência, e seu efeito pode ser potencializado com o uso de álcool e outros psicotrópicos. Mecanismo de ação dos Benzodiazepínicos Os alvos para as ações dos benzodiazepínicos são os receptores do GABA-A. Esses receptores são compostos basicamente de famílias de subunidades Alfa, Beta e Y, das quais uma combinação de cinco ou mais se estende através da membrana pós-sináptica (Figura 1). Dependendo do tipo e do número de subunidades e da localização cerebral, a ativação dos receptores resulta em diferentes efeitos farmacológicos. Benzodiazepínicos modulam os efeitos GABA Os benzodiazepínicos modulam os efeitos GABA ligando-se a um local específico de alta afinidade, na interface da subunidade Alfa e da subunidade ‘Y2 (ver Figura 1). (os locais de ligação, algumas vezes, são denominados receptores benzodiazepínicos. Dois subtipos de receptores benzodiazepínicos comumente encontrados no SNC são designados como receptores BZ1 e BZ2, dependendo se na sua estrutura se encontram subunidades a.1 ou a.2, respectivamente.) A localização dos receptores BZ no SNC é comparável à dos neurônios GABA. A ligação do GABA ao seu receptor abre o canal de CL-, o que aumenta a condutância do íon (ver Figura 1). Os benzodiazepínicos aumentam a frequência da abertura dos canais
Raíza Pereira
7 min
• 25 de nov. de 2021
Agosto dourado: aleitamento materno e o que todo profissional de saúde deve saber | Colunistas
A amamentação constitui uma das questões mais importantes para a saúde humana, principalmente nos primeiros anos de vida, pois atende às necessidades nutricionais e metabólicas, além de conferir proteção imunológica ao lactente. Recomendações do Ministério da Saúde e da OMS são: – Aleitamento materno (AM) exclusivo nos primeiros 6 meses de vida. – Introdução de alimentação complementar a partir dos 6 meses, não sendo recomendados outros leites como: industrializado, de vaca, soja, cabra, etc. – O leite materno deve ser mantido, no mínimo, até os dois anos de vida Vantagens do aleitamento materno: a) Para o bebê: – É um alimento completo do lactente até os 6 meses, apropriado para o organismo do bebê (nutrientes e digestão) – Sempre pronto e na temperatura certa – Contribui para a diminuição de maus tratos. Maior vinculo afetivo. – Promove o perfeito desenvolvimento infantil. – Menor incidência de doenças diarreicas e infecções do trato respiratório inferior, de otite média, de meningite bacteriana, etc – Promove boa dentição, diminui incidência de cáries e problemas na fala b) Para a Mãe – Favorece a involução uterina, a perda de peso e diminui a hemorragia pós-parto – Diminui risco de câncer de mama, ovário e endométrio – Contraceptivo natural (o estímulo à amamentação exclusiva induz a um aumento do intervalo intergestacional; A lactação e amenorréia como método contraceptivo tem como princípios, além do estado de amenorréia das mulheres, a amamentação exclusiva dos seus filhos e a idade máxima de seis meses para o bebê. Nessas condições,
Raíza Pereira
7 min
• 8 de ago. de 2021
Anemia aplásica: uma abordagem geral | Colunistas
A anemia aplásica (AA), ou aplasia de medula óssea, é uma doença rara, caracterizada por pancitopenia no sangue periférico e hipocelularidade acentuada na medula óssea, sendo a mais frequente das síndromes de falência medular. A anemia aplásica adquirida distingue-se da aplasia iatrogênica pela hipocelularidade medular após quimioterapia citotóxica intensiva para o câncer. A anemia aplásica também pode ser constitucional: doenças genéticas, anemia de Fanconi e disceratose congênita; embora frequentemente associadas a anomalias físicas típicas e ao aparecimento de pancitopenia no início da vida, também podem apresentar-se como insuficiência medular em adultos de aparência normal. Algumas vezes, a diminuição das contagens no hemograma é moderada ou incompleta, resultando em alguma combinação de anemia, leucopenia e trombocitopenia. Causas Irradiação: a aplasia de medula é a principal sequela aguda da radiação. A radiação causa lesões no DNA; os tecidos dependentes de mitose ativa são particularmente suscetíveis;Substâncias químicas: o benzeno é uma causa notória de insuficiência da medula óssea;Fármacos;Infecções: a hepatite é a infecção precedente mais comum, e a insuficiência medular pós-hepatite é responsável por cerca de 5% das etiologias na maioria das séries. Em geral, os pacientes são homens jovens que se recuperaram de um episódio de inflamação hepática há 1 ou 2 meses; a pancitopenia subsequente é muito grave. A hepatite é soronegativa (não A, não B, não C) e possivelmente causada por um agente infeccioso ainda desconhecido;Doenças imunológicas: doença do enxerto versus hospedeiro, associada a transfusão, fasceíte eosinofílica, lúpus eritematoso sistêmico;Gestação: rara, resolvendo-se com o parto ou aborto espontâneo/induzido;Hemoglobinúria paroxística noturna: é necessária uma mutação adquirida no gene PIG-A em uma célula-tronco hematopoiética para o desenvolvimento de HPN, porém mutações em PIG-A provavelmente são comuns em indivíduos normais. Se a célula-tronco mutante para
Raíza Pereira
4 min
• 6 de set. de 2020
Protocolo de Atenção Primária à Saúde da Criança | Colunistas
No Brasil, a atenção à saúde da criança tem se apresentado entre as áreas prioritárias no contexto das políticas públicas há várias décadas, passando por um extenso processo de evolução e aprimoramento, que culminou no Programa Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC), mediante a atenção integral à saúde, que pressupõe tanto o acesso universal e igualitário aos serviços em todos os âmbitos de atenção, quanto o cuidado da criança na sua integralidade. A atenção à saúde da criança efetiva-se pelo acompanhamento periódico e sistemático do crescimento e desenvolvimento infantil, vacinação, orientações às mães/famílias sobre prevenção de acidentes, aleitamento materno, higiene individual e ambiental e, também, pela identificação precoce dos agravos, com vista à intervenção efetiva e apropriada. Para isto, pressupõe a atuação de toda equipe de saúde, de forma intercalada ou conjunta, possibilitando a ampliação na oferta dessa atenção. Linhas de cuidado voltadas para a saúde da criança na APS O exercício das Linhas de Cuidado relacionadas à saúde da criança pressupõe respostas não-fragmentadas dos profissionais envolvidos no cuidado e ocorre a partir das unidades da APS, que são, portanto, as responsáveis pelo ordenamento e coordenação desse cuidado. As linhas de cuidado, entre outras, são: – Promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno; – Atenção à saúde do recém-nascido, em especial aqueles em situação de vulnerabilidade; – Atenção integral às doenças prevalentes na infância (AIDPI); – Incentivo e qualificação da vigilância do crescimento e desenvolvimento; – Prevenção de violências e promoção da cultura de paz e – Vigilância e monitoramento do óbito fetal e infantil.
Raíza Pereira
4 min
• 2 de jul. de 2020
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