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Sophia Benatti
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Publicações de Sophia Benatti (7)
Puberdade atrasada | Colunistas
Introdução A puberdade tardia ou atrasada é definida clinicamente como a ausência dos primeiros sinais de desenvolvimento puberal além da faixa de idade normal para a população. Portanto, define-se como puberdade tardia, atrasada ou retardo puberal: Ausência de desenvolvimento de mamas após os 13 anos de idade nas meninas (normal: 8 – 13 anos).Ausência do aumento do volume testicular após os 14 anos nos meninos (normal: 9,6 – 14 anos). Além da idade de início da puberdade, outro aspecto que também precisa ser considerado é o ritmo de progressão dos caracteres sexuais secundários. De modo geral, quando o período de desenvolvimento for superior a 4 – 5 anos, a partir dos primeiros sinais puberais, até ser atingido o volume testicular de adulto ou a menarca, o adolescente precisa ser avaliado. A puberdade pode ser considerada “paralisada” se for iniciada, mas não concluída, dentro de quatro anos após os primeiros sinais de desenvolvimento puberal. A puberdade tardia ocorre em aproximadamente 5% dos indivíduos aparentemente saudáveis em uma determinada população. A frequência relativa de várias causas de puberdade tardia pode ser descrita da seguinte forma: Hipogonadismo hipogonadotrófico/secundário: Retardo constitucional do crescimento e puberdade (RCCP): 53% dos indivíduos (63% dos homens e 30% das mulheres). Hipogonadismo hipogonadotrófico funcional: 19%.Outras causas de hipogonadismo hipogonadotrófico (ex:deficiência isolada do hormônio liberador de gonadotrofina [GnRH], incluindo síndrome de Kallman ou um tumor no sistema nervoso central): 12%.Hipogonadismo hipergonadotrófico/primário: 13%.Não classificada: 3%. Fisiopatologia A puberdade é o processo resultante da inter-relação entre fatores genéticos e ambientais. O eclodir da puberdade está relacionado primordialmente ao eixo hipotálamo-hipófise-gônada (HHG). O núcleo arqueado e seus neurônios secretórios liberam GnRH, transportado para a hipófise anterior, estimulando a
Sophia Benatti
10 min
• 17 de jan. de 2022
Resumo: prolapso de órgãos pélvicos | Colunistas
Prolapso de órgãos pélvicos (POP) é uma condição comum, que leva a prejuízos do funcionamento normal desses órgãos e redução da qualidade de vida das mulheres. Muitas mulheres apresentam sintomas que afetam as atividades diárias, a função sexual e o exercício, podendo exercer impacto negativo na imagem corporal e sexualidade. ANATOMIA A pelve feminina garante apoio aos órgãos pélvicos através da interação dos músculos do assoalho pélvico com os anexos do tecido conjuntivo e a pelve óssea. Órgãos Pélvicos Feminino.Fonte: Williams, 2014 Os músculos levantadores do ânus são um par de músculos estriados, compostos pelas porções pubococcígea, puborretal e iliococcígea e fornece uma base firme de sustentação onde repousam os órgãos. A porção iliococcígea forma um arco entre as duas paredes laterais da pelve; a pubococcígea emerge no osso púbico de ambos os lados, se inserindo no cóccix; já a puborretal forma uma alça com origem no púbis. A atividade dos músculos levantadores do ânus eleva o assoalho pélvico e comprime a vagina, uretra e reto, de encontro ao osso púbico. Os ligamentos uterossacrais contribuem para o suporte apical, suspendendo e estabilizando o útero, o colo uterino e a parte superior da vagina. Além disso, estabilizam os órgãos pélvicos na posição correta, para que os músculos pélvicos façam um suporte adequado. Níveis de sustentação A vagina é formada por um tubo fibromuscular, achatado e cilíndrico, que apresenta três níveis de sustentação (elucidados na imagem abaixo), todos conectados por uma rede contínua de suporte da fáscia endopélvica. • Nível 1: Constituído pelo complexo ligamento uterossacral/ cardinal, que sustenta o útero e a vagina superiormente ao sacro e à parede lateral pélvica.
Sophia Benatti
9 min
• 10 de dez. de 2021
Câncer de ovário e massa anexial | Colunistas
Tudo que você precisa saber sobre o câncer de ovário e massa anexial: tratamento, quadro clínico, fatores de risco e mais! Os tipos mais comuns de lesões encontradas no ovário incluem cistos funcionais ou benignos e tumores. Inflamações intrínsecas do ovário (ooforite) são raras e geralmente acompanham a inflamação tubária. Os tumores do ovário são caracterizados por se apresentarem de forma surpreendentemente variada. Tal circunstância está relacionada com o fato de que o ovário normal pode exibir três tipos de células: o epitélio de superfície multipotente (celômico);as células germinativas totipotentes;as células estromais do cordão sexual, cada uma das quais associada a vários tumores bem distintos. Sendo assim, podemos admitir que a estrutura complexa do ovário normal e a diversidade de tipos de células presentes em diferentes estágios de desenvolvimento contribuem para gerar uma considerável dificuldade quanto à adoção dos critérios de classificação que se mostrem devidamente adequados. Classificação dos tumores O advento de estudos de desenvolvimento e ultraestruturais ajudaram a esclarecer o problema, indicando tipos celulares específicos que correspondem diretamente às principais categorias de tumores. Os tumores podem assim ser agrupado como sendo de origem epitelial, de células germinativas ou estroma do cordão sexual. As características ultraestruturais dos tumores nas diferentes categorias indicam características comuns compartilhadas com os tipos celulares correspondentes no ovário em desenvolvimento. Os tumores do ovário podem ter origem em um de três componentes distintos: o epitélio de superfície e estroma subjacente que embriologicamente dão origem aos ductos mullerianos/mesonéfricos; o estroma ovárico especializado que inclui os cordões sexuais e precursores de células endócrinas do ovário pós-natal; e as células germinativas que migram para o ovário
Sophia Benatti
12 min
• 4 de nov. de 2021
Repolarização ventricular | Colunistas
INTRODUÇÃO Dois modelos teóricos coexistem para explicação da repolarização ventricular: 1) a teoria clássica do modelo do dipolo cardíaco e 2) a teoria da diferença de duração dos potenciais de ação transmembrana (DPA). Ambas as teorias são importantes para a compreensão de muitos dos conceitos vistos no estudo de eletrocardiografia e vetorcardiografia. O MODELO DIPOLO CARDÍACO Um dipolo é uma abstração matemática obtida do conjunto formado ao separar duas cargas elétricas de polaridade contrária a uma distância “d”. Uma corrente elétrica parte de uma fonte (source) seguindo através das linhas de força em direção a um dissipador (sink). Uma vez que o dipolo possui magnitude e direção, ele pode ser considerado uma grandeza vetorial e representado a partir de vetores. Do ponto de vista eletrocardiográfico, foi proposto o modelo do dipolo cardíaco com a ideia que a atividade elétrica registrada nas derivações periféricas poderia ser aproximada através de um dipolo de magnitude e orientação variáveis, de localização fixa em uma esfera homogênea, sintetizando “em um meio de tecido excitáveis. Essa teoria assume que o fluxo de íons através da membrana celular do coração atua como fonte elétrica e que cada porção ativa da membrana atua efetivamente como um dipolo de corrente infinitesimal. A soma de todos esses elementos dipolo é o campo elétrico cardíaco, ilustrado na Figura 1. Esse raciocínio pode ser aplicado quando ocorre a chegada da onda de ativação elétrica do coração, que causa uma súbita migração da polaridade para potencial negativo da superfície externa celular no sentido endocárdio-epicárdio, o que resulta no vetor QRS: expressão da diferença de potencial endocárdio (–) → epicárdio (+). Isto gera o registro do complexo QRS no
Sophia Benatti
6 min
• 13 de set. de 2021
Displasia arritmogênica do ventrículo direito | Colunistas
RESUMO É uma doença hereditária, predomínio do padrão autossômico dominante, do músculo cardíaco, que afeta predominantemente o ventrículo direito e se caracteriza pela perda progressiva do tecido miocárdico ventricular com sua substituição por tecido fibrogorduroso. O local mais acometido do ventrículo direito é a região subepicárdica da parede livre do ventrículo direito (VD), com mutações em mais de 12 genes. EPIDEMIOLOGIA Manifesta-se tipicamente entre a terceira e a quinta décadas de vida, e sua prevalência estimada varia de 1:2000 a 1:5000, sendo maior na população caucasiana e atletas. Apresenta-se como responsável de aproximadamente 5 a 20% dos casos de morte súbita em jovens e atletas. Cerca de 30% dos pacientes diagnosticados referem história familiar. A evolução clínica e natural da doença varia de um paciente assintomático com discretas anomalias estruturais do VD, que é chamada de fase oculta, para fase arrítmica, onde apresenta palpitações, síncopes e arritmias sintomáticas do VD, podendo até chegar à morte súbita, passando para fase de falência de VD com progressiva substituição do tecido miocárdico por tecido fibrogorduroso e chegando na fase de falência biventricular. Fase oculta: trata-se da fase subclínica, na qual o paciente se mantém assintomático e com discretas anormalidades estruturais no VD ou com ausência delas. Nessa fase, a MSC pode ser a primeira manifestação da doença.Fase arrítmica: o paciente apresenta palpitações, síncope e, geralmente, arritmias ventriculares sintomáticas de origem no VD, desencadeadas por esforço fisico. As arritmias podem variar desde ectopias ventriculares isoladas, (taquicardia ventricular não sustentada) (TVNS) com morfologia tipo bloqueio do ramo esquerdo (BRE), até chegar a episódios de MSC por fibrilação ventricular.Falência ventricular direita: a progressiva substituição do tecido miocárdico por tecido fibrogorduroso leva a um comprometimento progressivo da
Sophia Benatti
9 min
• 12 de ago. de 2021
Rizotomia: o alívio para as dores na coluna | Colunistas
1. Lombalgia Na coluna lombar posiciona-se o centro de gravidade do corpo humano, consequentemente, é o local onde maior parte dos movimentos tem início, dessa forma, é uma fonte latente de dor. Em virtude desse alto potencial, a população acaba sendo fortemente afetada pela dor nessa região, entretanto, sua etiologia, geralmente, não é definida, sendo assim caracterizada como lombalgia inespecífica, ou sem sinais de alarme – 85% dos casos. Mesmo não tendo restrição de idade ou gênero, aflige principalmente mulheres, idosos, e pessoas com excesso de peso, seja por causas congênitas, degenerativas, inflamatórias, infecciosas ou posturais. A dor lombar é uma condição que pode atingir até 65% da população por ano, podendo chegar em até 84% em algum momento da vida desses indivíduos, limitando a rotação do tronco e podendo irradiar para os membros inferiores. É a principal causa de incapacidade no trabalho em pessoas com menos de 45 anos, e um dos principais motivos de consulta médica. Ela surge muitas vezes como um diagnóstico, e não como um sintoma, baseando-se na história clínica e exame físico, dessa forma, sua caracterização, assim como a decisão terapêutica adequada, tornam-se difíceis. A causa da lombalgia é multifatorial, e o histórico é um ponto fundamental para a abordagem do paciente. Dentre os diversos pontos do corpo humano que podem ser afetados para desencadear essa dor, as facetas articulares têm sido apontadas como uma das causas mais relevantes, que são as articulações presentes entre as vértebras da coluna, são articulações sinoviais verdadeiras, possuem um espaço articular capaz de armazenar cerca de 1 a 1,5ml de líquido sinovial, possuem duas superfícies de cartilagem hialina e uma cápsula fibrosa, a qual tem, geralmente, 1mm de espessura e é composta quase que totalmente por colágeno, é
Sophia Benatti
4 min
• 12 de jul. de 2021
Resumo hipocalemia: fisiopatologia, epidemiologia, diagnóstico e tratamento | Colunistas
INTRODUÇÃO O potássio é o cátion intracelular mais abundante e influencia vários processos metabólicos. A função neuromuscular e os potenciais de membrana dependem de maneira crítica da relação entre sua concentração intracelular e extracelular. Embora sua concentração no líquido extracelular seja reduzida, quando comparada com a concentração intracelular, a variação é pequena (3,5-5,0mEq/L), e a responsável por manter essa diferença entre os espaços é a bomba iônica sódio-potássio-ATPase, que transporta o K para dentro e o Na para fora das células. As repercussões clínicas de pequenas variações na concentração extracelular de potássio são, entretando, dramáticas. O potássio total do corpo está em torno de 55mEq/kg, sendo pelo menos 90% intracelular e 10% extracelular (Figura 1). Porém, apenas 2% do potássio extracelular encontra-se no plasma e fluido intersticial; o restante encontra-se no tecido ósseo, onde pode ser mobilizado lentamente. DEFINIÇÃO A hipocalemia é um distúrbio hidroeletrolítico comum e potencialmente fatal quando grave, e caracterizada por uma concentração sérica de potássio <3,5mEq/L. A classificação quanto à gravidade se da por: leve, quando a concentração de K+ plasmático está entre 3,5-3mEq/L, moderada entre 3-2,5mEq/L e grave <2,5mEq/L. EPIDEMIOLOGIA Na clínica médica, um dos distúrbios eletrolíticos mais frequentes é a hipocalemia. A ocorrência estimada é de 20% nos pacientes hospitalizados, nos ambulatoriais, a utilização de diuréticos tiazídicos é associada em 10-40% dos casos. FISIOPATOLOGIA E ETIOLOGIA Estão implicados na distribuição do potássio três principais hormônios: insulina, catecolaminas b-adrenérginas e aldosterona. A insulina e as catecolaminas aumentam a captação de potássio celular por estimulação da Na/K+ATPase na membrana celular. Para a insulina há sistema de feedback, no qual hipercalemia estimula e, hipocalemia inibe sua secreção. Para a estimulação
Sophia Benatti
10 min
• 8 de jul. de 2021
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