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Viviane de Caprio
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Publicações de Viviane de Caprio (9)
Mieloma múltiplo: uma revisão | Colunistas
O que é? Mieloma múltiplo é uma gamopatia monoclonal e neoplasia hematológica, mais frequente em homens acima dos 50 anos de idade. Quando um linfócito B diferencia-se em plasmócito, pode ocorrer uma mutação, formando uma célula maligna dentro da medula óssea. Esse plasmócito anômalo é capaz de produzir uma imunoglobulina monoclonal em grande quantidade que se acumula no sangue. Relembrando Plasmócitos são células de defesa derivadas dos linfócitos B que, durante uma resposta imunológica, reconheceram antígenos e receberam informações para a diferenciação em plasmócitos. São células que sintetizam e secretam ativamente grandes quantidades de proteínas – as imunoglobulinas de várias classes, genericamente chamadas de “anticorpos”. Características O mieloma múltiplo é uma doença sistêmica e as imunoglobulinas monoclonais podem aderir-se umas às outras ou a tecidos, causando disfunção de órgão-alvo. CRAB é uma dica mnemônica que descreve as possíveis alterações relacionadas à progressão do mieloma múltiplo: C (cálcio): hipercalcemia (> 10mg/dL);R (renal): lesão renal (creatinina > 2mg/dL ou ClCr < 40mL/min);A (anemia): anemia (Hb < 10g/dL ou queda > 2g/dL do basal);B (bones): lesão osteolítica detectada em raio-X, TC ou PET-CT. Quadro clínico A doença óssea decorre de dois mecanismos: Ativação dos osteoclastos: células responsáveis pela reabsorção e pelo remodelamento ósseo, cursando com liberação de fosfato de cálcio e aumento da calcemia;Inibição dos osteoblastos: células responsáveis pela síntese da porção orgânica da matriz óssea. É comum que as lesões ósseas causem lombalgia ou dor em região de costelas, o que ocorre em 70% dos pacientes. Dor recente de início súbito pode indicar fratura patológica, independentemente de história de trauma.
Viviane de Caprio
3 min
• 31 de out. de 2020
Vitamina D em tempos de pandemia de COVID-19 | Colunista
Vitaminas são micronutrientes que desempenham um papel essencial em várias funções biológicas; trata-se de substâncias que não são sintetizados pelo organismo em quantidades suficientes para satisfazerem as demandas biológicas. O bioquímico Casimir Funk usou o termo vitamina pela primeira vez 1912, a partir do latim vita (vida) e do composto orgânico amina. Em tempos de pandemia de COVID-19, muito se tem ouvido falar sobre a vitamina D. Vamos entender o porquê e conhecer um pouco mais sobre essa substância. Especificações sobre a vitamina D O termo “vitamina D” refere-se a um grupo de moléculas esteroides derivadas do 7-deidrocolesterol e que se interligam através de uma série de reações químicas que ocorrem em diferentes células; ou seja, engloba o metabólito ativo calcitriol (1α,25-di-hidroxi-vitamina D) e seus precursores, como colecalciferol (vitamina D3), ergosterol (vitamina D2) e calcidiol (25-hidroxi-vitamina D). A vitamina D desempenha um importante papel na regulação da fisiologia osteomineral, especialmente do metabolismo do cálcio. Além disso, atua, também, na regulação do sistema imunológico, no controle da pressão arterial e nos processos de multiplicação e diferenciação celular. A etapa inicial da síntese endógena da vitamina D inicia-se nas camadas profundas da epiderme e seu processo de ativação inicia-se a partir da incidência de radiação ultravioleta B (UVB) sobre a pele do indivíduo. Apenas 15% da quantidade de vitamina D adequada às funções do organismo são obtidas da dieta, a partir de alimentos como peixes gordurosos de água fria profunda (atum, salmão), fungos comestíveis e óleo de fígado de bacalhau. Deficiência de vitamina D A deficiência de vitamina D resulta na desmineralização dos ossos, podendo causar raquitismo e osteomalácia. Os ossos tornam-se frágeis, passíveis de fraturas até espontâneas, e
Viviane de Caprio
3 min
• 13 de mai. de 2020
Curso da OMS ensina sobre o Coronavírus | Colunistas
“Vírus respiratórios emergentes, incluindo COVID-19: métodos para detecção, prevenção, resposta e controle.” Esse é o título do curso virtual oferecido pela Organização Mundial de Saúde. Seu público-alvo inclui agentes de saúde pública e todas as pessoas interessadas em conhecer mais sobre o assunto. O curso, com carga horária de 10 horas, contém informações básicas sobre vírus respiratórios emergentes, incluindo o novo coronavírus (COVID-19), identificado em Wuhan, na China, em 2019. Consiste em uma tradução para a língua portuguesa da versão original em inglês. Seu conteúdo é básico e introdutório, tratando da descrição da natureza dos vírus respiratórios emergentes e fornecendo orientações sobre como avaliar, prevenir e controlar surtos associados a esses patógenos. A seguir um breve resumo do conteúdo dos módulos do curso. 1 – Introdução Fornece um panorama geral da doença respiratória infecciosa causada pelo novo vírus, incluindo uma rápida descrição dos coronavírus e um breve histórico do surgimento da doença decorrente da infecção pelo COVID-19. 2 – Módulo A: vírus respiratórios emergentes e transmissão Inclui exemplos de vírus respiratórios emergentes, como o SARS-CoV (Síndrome Respiratória Aguda Grave – Coronavírus, 2002), o H1N1 (Influenza A) e o MERS-CoV (Síndrome Respiratória do Oriente Médio – Coronavírus, 2012). Além disso, trata da saúde como um tema intimamente relacionado aos ecossistemas, relacionando as doenças infecciosas emergentes e reemergentes ao crescimento populacional, à mudança climática, ao aumento da urbanização, às viagens e aos processos migratórios – fatores que aumentam o risco de aparecimento e a disseminação de patógenos respiratórios. O Módulo A tem uma particular importância ao abordar as medidas de proteção das possíveis infecções respiratórias, destacando higiene frequente das mãos com água
Viviane de Caprio
3 min
• 26 de mar. de 2020
Enxaqueca: o que eu devo saber? | Colunistas
“E, em certos casos, toda a cabeça dói e a dor é às vezes à direita, outras vezes à esquerda, na testa ou na fontanela; e esses acessos mudam de lugar no decorrer do mesmo dia. Isso é chamado heterocrania, uma doença nada clemente. Provoca sintomas inconvenientes e aflitivos […] náusea, vômito de material bilioso, colapso do paciente, ocorre grande torpor, peso na cabeça, ansiedade e a vida torna-se um fardo. Pois eles fogem da luz; a escuridão atenua seu mal; tampouco suportam prontamente ver ou ouvir qualquer coisa agradável. Os pacientes ficam cansados da vida e anseiam por morrer.” (Areteu da Capadócia, médico da Grécia Antiga, século II; primeira descrição história associada à enxaqueca). Quando falamos de enxaqueca, não nos referimos a uma simples “dor de cabeça”. Enxaqueca, ou migrânea, é uma doença neurológica de causa genética que se manifesta através de múltiplos sintomas. Cerca de 30 milhões de brasileiros (15% da população) são acometidos pela doença, sendo mais comum na região sudeste do país; pode ocorre em homens e mulheres de todas as idades, mas mulheres em período reprodutivo apresentam maior prevalência. A enxaqueca é uma doença multifatorial de tendência hereditária; ou seja, há genes que predispõem a ocorrência das crises de cefaleia associadas à enxaqueca. As crises de enxaqueca podem durar de 4 a 72 horas. Geralmente, caracterizam-se por cefaleia unilateral pulsátil de moderada a forte intensidade que piora aos esforços; os sintomas associados são fotofobia, fonofobia, osmofobia, tonturas, náuseas e vômitos, além de sintomas neurológicos, como a aura. Alguns pacientes queixam-se de aura típica, um distúrbio visual que cursa com a presença de pontos cintilantes, distorção ou perda temporária da visão, parcial ou total; outros indivíduos apresentam aura sensitiva, que se refere à hemiparesia.
Viviane de Caprio
3 min
• 17 de mar. de 2020
Testes de Triagem Neonatal no Brasil | Colunistas
Todo bebê que nasce no Brasil tem o direito de ser submetido, gratuitamente, à realização de quatro exames muito importantes para a sua saúde. São os chamados “exames da triagem neonatal”, sendo eles: teste do pezinho, teste do olhinho, teste da orelhinha e teste do coraçãozinho. O Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), instituído pelo Ministério da Saúde em 06 de junho de 2001, é uma agenda transversal às políticas de saúde pública e às redes temáticas do SUS. Seu objetivo é promover, implantar e implementar ações com foco na prevenção, no diagnóstico em fase pré-sintomática, na intervenção precoce e no acompanhamento permanente dos pacientes com as doenças incluídas no Programa. Os exames de triagem neonatal são capazes de diagnosticar doenças que, quanto mais cedo identificadas, apresentam melhores chances de tratamento, podendo prevenir sequelas graves e/ou óbitos. O termo “triagem” origina-se do vocábulo francês “triage”, que significa “seleção”. Em Saúde Pública, triar significa avaliar uma população assintomática e identificar, nessa população, indivíduos sob risco de desenvolver determinada doença ou um distúrbio, os quais se beneficiariam de investigação adicional, ação preventiva ou intervenção terapêutica imediata. Identificando-se condições através de testes específicos, pode-se iniciar o tratamento adequado, visando minimizar riscos ou complicações decorrentes da condição diagnosticada. Conheça um pouco mais sobre cada um dos exames de triagem neonatal. Teste do Pezinho: triagem biológica Trata-se de uma triagem neonatal para a identificação de distúrbios congênitos e hereditários, incluindo doença falciforme (e outras hemoglobinopatias), fenilcetonúria, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, hipotireoidismo congênito e deficiência de biotinidase. Deve ser realizado do 3° ao 5° dia de vida em Unidade Básica de Saúde. O pezinho do recém-nascido, sobretudo a região lateral do calcanhar,
Viviane de Caprio
3 min
• 12 de fev. de 2020
Conheça o método BLW: baby-led weaning (desmame liderado pelo bebê) | Colunistas
Toda criança tem muito a aprender sobre si e sobre o mundo. No entanto, algumas coisas os bebês já nascem sabendo: por exemplo, regular o próprio apetite. “Do ponto de vista comportamental, desde o nascimento os recém-nascidos saudáveis possuem a capacidade de autorregular sua alimentação, determinando o início da mamada, qual a velocidade que sugam e quando querem parar de mamar.” (Sociedade Brasileira de Pediatria). A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno exclusivo até os seis meses de vida, não sendo necessária a oferta de água, chá nem de outros alimentos. Após esse período, devem ser oferecidos à criança alimentos nutritivos além do leite materno (alimentação complementar). A introdução alimentar tradicional baseia-se em oferecer ao bebê alimentos líquidos e pastosos; os pais/cuidadores definem o início e o término das refeições, além da quantidade e da velocidade da alimentação. Então, confrontando essa técnica clássica, está o BLW. O método de alimentação baby-led weaning (BLW), criado pela enfermeira e mestre em nutrição infantil, a britânica Gill Rapley, consiste no desmame conduzido pelo próprio bebê. “Weaning” refere-se à transição gradual da alimentação do bebê. “Não se trata de um método específico, mas de uma abordagem que encoraja os pais a confiarem na capacidade nata que o lactente possui de se autoalimentar.” (Guia prático de atualização – Departamento de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria). Essa abordagem inclui oferecer ao bebê alimentos nutritivos durante as refeições da família, mas o bebê deve ser o único responsável por colocar os alimentos na própria boca. Para que o método seja efetivo, os pais/cuidadores devem confiar na capacidade inata de autorregulação alimentar; ou seja, devem acreditar que o bebê tem a capacidade de
Viviane de Caprio
4 min
• 2 de jan. de 2020
Cortes de gastos na saúde devem gerar 100 mil mortes prematuras até 2030 | Colunistas
Atenção Primária A porta de entrada para o Sistema Único de Saúde (SUS), o primeiro contato do paciente com os serviços de promoção, proteção e recuperação da saúde, o cuidado inicial da pessoa. É o agente regulador da saúde pública, a resolução de 85% dos problemas que surgem, evitando-se o encaminhamento para a atenção especializada. A Estratégia Saúde da Família (ESF) encontra-se nesse contexto, sendo primordial para a organização e o fortalecimento da Atenção Básica. A equipe de saúde acompanha um número definido de famílias, localizadas em uma área geograficamente delimitada, e desenvolve ações de promoção de saúde, prevenção de doenças, recuperação e reabilitação. A expansão do programa reduz a mortalidade, pois amplia o acesso a cuidados pré-natal, a cobertura vacinal e ações básicas de saúde. Compreende-se, assim, a importância de se investir adequadamente na Atenção Primária em Saúde. Mas, os investimentos de um país não são ilimitados nem se resumem à saúde. Quando os gastos públicos superam as arrecadações, buscam-se ações que promovam o equilíbrio econômico. A austeridade fiscal é uma medida adotada pelo Estado para manter um equilíbrio entre as despesas e sua arrecadação, podendo significar severidade quanto aos gastos, aumento da cobrança de impostos e cortes de investimentos em programas sociais. Um exemplo? A Emenda Constitucional n° 95 (EC 95), de 15 de dezembro de 2016. Em resumo, a Emenda congelou as despesas primárias federais ao reajuste da inflação por 20 anos; na prática, reduziu essas despesas em relação ao PIB ou em termos per capita. A base do Governo Temer argumentou que o limite não se aplicava às despesas de saúde e educação, sendo que o piso da saúde seria equivalente a 15% da Receita Corrente Líquida, com porcentagem
Viviane de Caprio
4 min
• 26 de nov. de 2019
Lições de sabedoria: O que não dizer a um doente. | Colunistas
1 – Não diga ao doente que, com certeza, ele ficará bem. “O Tony vai ficar ótimo! Olha, não tem com o quê se preocupar, garanto!” (George O’Malley). Quem não se lembra dessa cena do primeiro episódio de Grey’s Anatomy? (atenção, contém spoilers). Tony será submetido a uma cirurgia de revascularização do miocárdio. O chefe da Cardiologia, Dr. Preston Burke, informa ao paciente e à esposa sobre os riscos associados a realização de uma cirurgia, apesar de ser um procedimento simples. Apreensiva, a esposa do paciente é confortada por George O’Malley com a frase acima em destaque. Até aí, tudo parece ir bem. Após a cirurgia, Dr. Burke diz a O’Malley que o coração de Tony apresentava muitos danos e que ele perdera o paciente: “Acontece. Raramente, mas acontece.”. Desnorteado, O’Malley refere que garantiu e prometeu à esposa que Tony ficaria bem. Nesse momento, temos a primeira grande lição: “O único que mantém uma promessa dessas é Deus e eu não o vejo de bisturi há muito tempo. Nunca prometa à família de um paciente um bom resultado.” (Dr. Burke). 2 – Não fale tudo de uma só vez Quando um paciente recebe um diagnóstico daqueles que ninguém quer aceitar, como um câncer em fase avançada ou uma infecção por HIV, ele costuma não prestar atenção em mais nada após poucos minutos de conversa; geralmente, ele chora. Esse é o exato momento de não se dizer mais nada e aguardar o momento oportuno de uma próxima visita para se concluir o diálogo. Estender o assunto ou continuar informando o paciente sobre seu prognóstico e possíveis tratamentos pode ser muito prejudicial. É preciso cuidado ao se
Viviane de Caprio
3 min
• 4 de out. de 2019
Saúde integral do paciente e a equipe multiprofissional
Confira no artigo discussões sobre saúde integral do paciente e a equipe multiprofissional! “Estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não, simplesmente, a ausência de doenças ou enfermidades”. Esse é o conceito de saúde, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Então, esqueça a ideia do médico cuidando sozinho de um paciente. O paciente e o sistema de saúde Um paciente inserido em um sistema de saúde deve receber atenção integral, conforme suas demandas e necessidades. O que envolve profissionais preparados para o planejamento e a execução de um conjunto de ações nos diversos níveis de complexidade. Modelo de assistência Trata-se de um modelo de assistência que coloca o paciente como ser humano em primeiro lugar. Dotado de emoções e de uma vida, mantendo-se um acompanhamento contínuo e criando-se um vínculo bidirecional com a equipe de saúde. “A integralidade implica na inserção do indivíduo em uma rede de serviços capaz de responder às necessidades, que se ampliam enormemente da dimensão biológica (na qual é centrada a prática hegemônica), mas que, minimamente, deve ser capaz de oferecer ações de promoção e proteção da saúde, integradas às ações assistenciais necessárias à demanda singular de cada usuário.”FERLA, A. A., 2009 Questões a priorizar Questões sobre alimentação, saúde bucal, controle das emoções, equilíbrio psicológico, condições de moradia, relações sociais e uma série de outros fatores relacionam-se ao conceito de saúde integral. Ao prioriza a visão do ser humano como um todo, traz-se à tona a necessidade do trabalho em equipe para se prestar uma assistência de qualidade. Não, o médico não sabe tudo.
Viviane de Caprio
4 min
• 12 de set. de 2019
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