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Número de médicos no país cresce mais de 600%

Número de médicos no país cresce mais de 600%

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Nunca houve um crescimento tão grande no número de médicos no Brasil em um período tão curto de tempo. Em pouco menos de cinco décadas, o total de médicos aumentou 665,8%, ou 7,7 vezes.

Por sua vez, a população brasileira aumentou 119,7%, ou 2,2 vezes. No entanto, esse salto não trouxe os benefícios que a sociedade espera.

Pesquisa Demografia Médica 2018

Os dados constam da pesquisa Demografia Médica 2018, realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), com o apoio institucional do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).

Leia também: Número de médicos no Brasil dobra, mas distribuição é desafio

O levantamento, coordenado pelo professor Mário Scheffer, usou ainda bases de dados da Associação Médica Brasileira (AMB), Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e Ministério da Educação (MEC)

De acordo com o estudo, em janeiro de 2019, o Brasil registrou um total de 452.801 médicos – uma média de 2,18 profissionais para cada grupo de mil habitantes.

O Sudeste é a região brasileira com maior densidade médica (2,81 profissionais para cada grupo de mil habitantes), contra 1,16 no Norte e 1,41 no Nordeste.

Número de médicos por região

Apesar de a média nacional ter se fixado em 2,18 médicos para cada grupo de mil habitantes, a pesquisa mostra que esse mesmo indicador difere muito de uma região para outra.

Apenas no Sudeste, onde moram 41% dos brasileiros, estão concentrados 54% dos médicos. Já o Norte, onde vive 8% da população brasileira, responde por 4% dos profissionais em atuação no Brasil.

De acordo com o relatório, as capitais brasileiras chegam a registrar até quatro vezes mais médicos que municípios do interior. Juntas, as 27 capitais do país reúnem 23% da população brasileira e 55% desses profissionais. A razão nas capitais é de 5,07 médicos para cada grupo de mil habitantes. No caso do interior, há um índice de apenas 1,28.

Deficiências nas políticas públicas

Segundo o CFM, a chave do problema é que existem deficiências nas políticas públicas que geram maior concentração de médicos nas grandes cidades e no litoral, em especial nas áreas mais desenvolvidas, e nos serviços particulares em detrimento do Sistema Único de Saúde (SUS).

A manutenção desse problema, na avaliação das lideranças médicas, decorre da ausência de políticas públicas que estimulem a migração e a fixação dos profissionais nas áreas mais distantes dos grandes centros, de modo particular no interior das Regiões Norte e Nordeste.

Número de médicos e a concorrência na profissão

Do ponto de vista da comunidade médica, percebe-se que a concorrência na profissão aumenta cada dia mais, com a abertura de novas escolas de medicina.

Sendo assim, a Medicina começa um processo que aconteceu com diversas outras profissões tradicionais, como engenharias e Direito. Apesar de o desemprego ainda não ser uma realidade temida pelos médicos, é algo que começa a preocupar.

Sendo que os ganhos financeiros excepcionais esperados da profissão, já não podem mais ser esperados. Nesse cenário, outro problema também é criado: a oferta de vagas nas Residências não aumenta, enquanto que o número de formandos cresce a cada dia.

Nesse ambiente cada vez mais competitivo os médicos já precisam pensar em como se destacar. Por que você entre os quase 500 mil Médicos brasileiros? Uma opção é investir em uma pós graduação.

A Sanar Pós Graduação foi pensada para o seu sucesso em um mercado cada vez mais competitivo, idealizada para profissionais que buscam se aprimorar e assumir um novo patamar em suas carreiras.

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