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O que preciso saber sobre o rodízio de cirurgia?

O que preciso saber sobre o rodízio de cirurgia?

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Rodízio de cirurgia: tudo o que você precisa saber para sua prática cirúrgica! 

O rodízio de cirurgia é um dos mais temidos entre os estudantes de medicina. É um estágio intenso, com carga horária elevada e muitas demandas de conteúdos. Além disso, é necessário que o estudante realize atividades de instrumentação no centro cirúrgico.

Pensando em te ajudar a se preparar para o rodízio de cirurgia, a Sanar separou os principais temas que você precisa saber para gabaritar esse rodízio. 

Qual a importância do rodízio de cirurgia geral? 

A residência em cirurgia geral é uma das mais procuradas dentre as especialidades médicas. Através desse estágio no internato o futuro médico poderá garantir habilidades importantes, como:  

  • Treinamento em emergências 
  • Aprender protocolos que devem ser seguidos
  • Vivência clínica e cirúrgica 
  • Consolidar o aprendizado em suturas

Além disso, é no internato em cirurgia que os estudantes podem ter contato com as principais doenças que têm grande incidência nos plantões de urgência e emergência.

Como fazer uma anamnese e exame físico de qualidade no rodízio de cirurgia? 

No primeiro contato com o paciente, o estudante deve ganhar a confiança do paciente e transmitir a garantia de que a ajuda está disponível. Para facilitar que a anamnese seja eficaz e que não deixará de fazer questionamentos importantes, o estudantes poderá ter um modelo semi estruturado. 

Como a anamnese é um trabalho de detetive que tem o papel de ajudar na formulação diagnóstica, alguns pontos são importantes de serem feitos: 

  • Verificar as características da dor
  • Questionar se houve episódios de vômitos e qual eram as características
  • Alterações nos hábitos intestinais
  • Questionar se houve algum trauma
  • História pregressa de doenças
  • História familiar 

Para fazer um bom exame físico ele deverá ser realizado de maneira detalhada. É necessário que o estudante tenha o hábito de fazer sempre a mesma sequência, assim nenhuma parte do exame físico será esquecida. Uma regra bastante útil é observar primeiro o aspecto físico e os hábitos gerais do paciente. Além disso, é importante inspecionar cuidadosamente as mãos, visto que várias doenças sistêmicas são evidenciadas nas mãos, como:

  • Cirrose hepática
  • Doença de Raynaud
  • Insuficiência pulmonar
  • Insuficiência cardíaca 
  • Distúrbios nutricionais

A inspeção, a palpação e a ausculta também são os passos essenciais para observar condições normais e anormais do paciente.

Como realizar o exame físico de um paciente cirúrgico na emergência? 

Na emergência, a rotina do exame físico precisará ser alterado de maneira a se adaptar às circunstâncias. A história do paciente poderá estar limitada a uma única frase, ou poderá não existir história caso o paciente esteja inconsciente e não existam outros informantes.Apesar dessas informações sobre um acidente ou lesão possam ser muito úteis na avaliação global do paciente, nesses casos, elas precisarão ser deixados para considerações posteriores. 

Na emergência, as considerações primárias são as seguintes: 

  • O paciente está respirando? 
  • A via aérea está aberta? 
  • O pulso está palpável? 
  • O coração está batendo? 
  • Está ocorrendo hemorragia grave?

Como fazer uma preparação adequada para instrumentar uma cirurgia?

Ao chegar no internato o estudante de medicina já deve estar apto para instrumentar cirurgias. Geralmente, o primeiro contato com esses temas relacionados à aptidão cirúrgica são no início do ciclo clínico. 

Para se destacar no rodízio, é necessário que o interno seja capaz de reconhecer os seguintes instrumentos principais: 

  • Bisturi: é dividido em cabo e lâmina
  • Tesouras: são usadas para fazer corte e dissecção, podem ser retas, curvas e anguladas 
  • Babcock: com função de menor lesão tissular 
  • Foerster e Cheron: possui função de  anti-sepsia 
  • Allis: função de manipular vísceras e aponeurose
  • Collin: utilizada na preensão de tecidos
  • Duval: possui função de manipular a vesícula biliar
  • Rochester
  • Kelly
  • Crile
  • Pinça Hemostática Longa Traumática (Mixter)
  • Grampos e grampeadores

Quais os principais temas do rodízio de cirurgia?

Ao entrar no internato de cirurgia é necessário que o estudante tenha um arcabouço teórico bem sedimentado. Dessa forma, entre os tópicos principais é possível citar:

Para fazer um bom estágio, é necessário que o estudante tenha uma base teórica sólida. Dessa forma, é importante estar atento a esses temas. 

Principais doenças do rodízio de cirurgia

Durante o internato de cirurgia algumas doenças são mais comuns. Dessa forma, é necessário que o interno esteja atento a epidemiologia e domine as principais doenças. É importante identificar os principais sintomas, diagnosticar corretamente e saber como tratar o paciente.

  • Hérnia Hiatal e doença do refluxo gastro 
  • Megaesôfago
  • Colelitíase
  • Colestase hepática
  • Hipertensão portal
  • Apendicite aguda
  • Úlcera péptica perfurada
  • Trauma abdominal
  • Politraumatismo
  • Obstrução intestinal
  • Neoplasias colorretais e de canal anal
  • Litíase renal

Antes de iniciar o seu rodízio de cirurgia, garanta que você tem um bom arcabouço teórico das doenças citadas. Com isso, você será destaque nesse estágio! 

Como me destacar sendo interno de cirurgia?  

Ser um bom interno garante ao futuro médico bons contato e diversas portas se abrem. Para além de ter uma boa base teórica, o estudante deve ter outras qualidades que o farão ser destaque: 

  • Seja um aluno pontual
  • Tenha empatia com seus pacientes
  • Seja cordial com toda a equipe de trabalho
  • Se mostre disposto a aprender

O internato é o momento em que você tem de consolidar todo o seu aprendizado. Mesmo que o rodízio de cirurgia não seja a especialidade do seu interesse, esteja disposto a viver essa experiência da melhor forma. 

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Referência bibliográfica

  • CREMESP. Cirurgia geral.
  • COLÉGIO BRASILEIRO DE CIRURGIÕES. Cirurgia geral.
  • DUNPHY, et. al. Abordagem do paciente cirúrgico.

Sugestão de leitura complementar