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Realizar cirurgias, ajudar as pessoas, curar doentes, melhorar de vida… Os motivos são muitos para querer construir uma carreira médica e as oportunidades de ingresso nesse mundo começam nas universidades. Por isso, esse post abordará uma das formas de ingresso mais comentadas atualmente: vale a pena estudar medicina na Bolívia?
Vantagens e desvantagens de estudar medicina na Bolívia
Vantagens
Residência temporária/permanente: A obtenção do visto de residência é rápida e fácil. Inicialmente, o estudante deve solicitar o visto de residência temporária que é válido por 2 anos e, após esse período, requisitar o visto de residência permanente (RODRIGUES; MAGALHÃES, 2014). Para verificar quais são os documentos necessários, acesse a página da Polícia Federal.
Custo de vida: Esse é um ponto importante para quem pensa em estudar na Bolívia. De acordo com Rodrigues e Magalhães (2014), a mediana (valor central da amostra) é de R$1.500,00, enquanto o Le Frontal encontrou o valor do custo mensal, considerando moradia em um apartamento compartilhado, eletricidade e alimentação, de BOB 1.725,00 (equivalente a R$915,63). Ou seja, o estudante tem um gasto mensal de R$2.415,63 na Bolívia vs R$6.200,00 da mensalidade média das universidades brasileiras (G1, 2014).
Vestibular: Diferente do Brasil, onde os estudantes devem fazer vestibular para cursar o ensino superior, as universidades bolivianas não exigem esse pré-requisito (RODRIGUES; MAGALHÃES, 2014).
Desvantagens:
Língua: Ao tratar de estudar no país estrangeiro, há um obstáculo básico que derruba muita gente. É importante para quem pensa em cursar medicina na Bolívia dominar a língua oficial do país, o castelhano (espanhol), para compreender as aulas, ler os livros e poder interagir com os nativos.
Retorno para o Brasil: De acordo com Castro (2012), os maiores problemas envolvendo o ato de estudar medicina na Bolívia ocorrem após a formatura, quando os recém-formados querem voltar para o seu país natal. Isso ocorre, porque o Brasil não possui nenhum acordo de revalidação do diploma com outro país, sendo necessário que os candidatos façam a prova Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira).
O processo de revalidação consiste em duas etapas (INEP, 2019): avaliação escrita (uma prova de múltipla escolha e uma prova discursiva) e a avaliação de habilidades clínicas (simulação de atendimento médico). Para saber mais, acesse o site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
Preconceito: Segundo Castro (2012), os brasileiros recém-formados na Bolívia podem encontrar um ambiente preconceituoso em comparação aos que se formaram nos países desenvolvidos, como Estados Unidos. Isso se dá devido à construção de estereótipos em relação a Bolívia, como: “o mais pobre da América do Sul” e “de ter uma instabilidade extrema” (CASTRO, 2012).
Conclusão
Estudar no exterior é uma decisão que exige muita análise. Por isso, caso você pense em cursar medicina na Bolívia, recomendo que aprofunde seus conhecimentos sobre esse processo. Uma boa dica é ler a bibliografia mencionada nas referências!