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Nos últimos meses, todos os canais midiáticos têm veiculado notícias acerca do novo coronavírus. Os primeiros casos de contágio ocorreram na cidade chinesa de Wuhan e desta, proliferaram-se rapidamente para outros continentes, fazendo da contaminação por este vírus uma pandemia.
Após explanações sobre a gravidade da doença, o potencial de virulência, taxa de mortalidade e populações mais vulneráveis, é necessária a preocupação com a maneira de comunicar ao paciente que o mesmo foi infectado, de modo a não gerar pânico e promover orientações adequadas, possibilitando um decorrer do quadro clínico com maiores chances de melhores prognósticos. Para adequar as orientações aos pacientes infectados, primeiramente é necessário conhecer a faixa etária do mesmo e as comorbidades existentes.
Principais orientações aos pacientes
Para fins didáticos, as principais orientações aos pacientes estão listadas abaixo:
– Higienização frequente das mãos com água e sabão, de forma
completa;
– Uso de álcool gel 70% nas mãos;
– Desinfecção de objetos de uso recorrente (prateleiras, corrimãos);
– Etiqueta da tosse/espirro: ao tossir ou espirrar cobrir a boca e o nariz com
o cotovelo flexionado ou com lenços descartáveis;
– Quarentena: para aqueles pacientes infectados ou com suspeita de infecção,
sem sintomas, orientar quarentena em casa;
– Isolamento: para aqueles pacientes infectados com sintomas;
– Internação hospitalar, para pacientes imunocomprometidos, idosos, ou com
comorbidades (doenças pulmonares, cardíacas) e para aqueles com sintomas
respiratórios graves;
– Para todos os pacientes infectados é função do médico orientar que a
transmissão da COVID–19 se dá pessoa a pessoa pelo ar, por meio de tosse ou
espirro, toque ou aperto de mão ou contato com objetos ou superfícies
contaminadas com posterior contato com a boca, nariz ou olhos;
– Não compartilhar objetos de uso pessoal (talheres, pratos, copos ou
garrafas);
– Manter os ambientes bem ventilados;
– Aos pais e responsáveis, orientar que não há relatos de casos de infecção por
COVID-19 em crianças de 0 a 10 anos, mas que apesar disso, estes devem observar
as crianças atentamente.
Para pacientes que tiveram o diagnóstico da COVID -19 confirmado:
Paciente não pertencente ao grupo de risco
Para estes pacientes, além das
orientações básicas, supracitadas,
deve-se reforçar que não pertencem ao grupo de risco, ou seja, que seus
sintomas tenderão a ser brandos. Além disso, é importante informar ao paciente
que por ser uma infecção de origem viral, a COVID-19 tem seu curso autolimitado
e que posteriormente ao restabelecimento da saúde do paciente, este adquirirá
imunidade prolongada contra a infecção.
Paciente pertencente ao grupo de risco
Deve-se reforçar as orientações
básicas e informar ao paciente que, como integrante do grupo de risco, seus
cuidados devem ser redobrados. Para este grupo é importante explicar
detalhadamente quais sintomas os pacientes podem desenvolver e quais os sinais
de alarme que indicariam a necessidade de buscar o serviço de saúde, como febre
persistente e dificuldades respiratórias importantes. Nesse momento, o diálogo
franco e aberto visa a tranquilização dos pacientes e os familiares/cuidadores,
o esclarecimento e a minimização da disseminação de informações desencontradas
que possam aumentar o temor acerca desta infecção.
O momento é de incertezas e dúvidas frente ao desconhecido, mas cabe a todos os
profissionais de saúde, especialmente a comunidade médica, orientar os
pacientes de forma adequada, visando a tranquilização dos mesmos e a manutenção
da vigilância constante sobre eles e sobre aqueles que permanecem sem a
infecção.
Autora: Camilla Mesquita, Estudante de Medicina
Instagram : @camilla_mess
Saiba mais em: –https://amb.org.br/noticias/orientacoes-das-sociedades-de-especialidade-sobre-coronavirus/
–https://pebmed.com.br/por-dentro-do-surto-de-coronavirus-caracteristicas-e-gravidade-dos-pacientes/