As profissões com maior interação social estão entre mais vulneráveis ao novo coronavírus. Isso porque a característica do Sars-CoV-2 é a facilidade de propagação. A fala, por si só, já representa um risco para quem interage com alguém com a covid-19 – até mesmo se não apresentar qualquer sintoma da doença.
O “x” da questão é que, corriqueiramente, a gente só vê a preocupação com profissionais de saúde. Com toda a razão, obviamente. E você também deve pensar, de imediato, em médicos e profissionais da área de enfermagem, que estão na linha de frente do enfrentamento ao coronavírus.
Mas não são só eles.
Dados do O*NET OnLine, um site que reúne informações sobre as ocupações dos Estados Unidos, indicam as profissões mais expostas a doenças e infecções a partir da proximidade física com o público. Praticamente todas as ocupações da área de saúde estão vulneráveis à covid-19.
Apresentam risco 90-100 de contaminação:
- Enfermeiros
- Dentistas
- Médicos da Família e Clínica Geral
- Cirurgiões bucomaxilofacial
- Terapeutas e técnicos de terapia respiratória
- Assistentes de anestesia
- Terapeutas ocupacionais
- Alergologistas e imunologistas
- Ginecologistas e obstetras
- Dermatologistas
- Médicos Nucleares
- Preparadores de Equipamentos Médicos
- Oftalmologistas
- Pediatras
- Psiquiatras
Com risco de exposição 80-90, estão:
- Técnicos e paramédicos de emergência
- Veterinários
- Assistentes sociais de saúde
- Flebotomistas
- Técnicos de endoscopia
- Cirurgiões
- Radiologistas
- Técnicos de ressonância magnética
- Microbiologistas
- Citotecnologistas

Outras profissões vulneráveis
O levantamento feito pela O*NET OnLine também considera como vulneráveis outras áreas. Assim como profissionais de saúde estão frequentemente em contato próximo com diversas pessoas, comissários de bordo e atendentes de aeroportos têm a mesma premissa em suas atividades. Isso os coloca como segundo grupo mais exposto ao coronavírus, já que os passageiros vêm de destinos diversos e podem ser vetores de transmissão.
Outra categoria vulnerável à contaminação pelo novo coronavírus é a de cuidadores, seja de crianças ou idosos. Uma das atribuições desses profissionais é o cuidado pessoal, incluindo apoio emocional e assistência médica. Essa necessidade os coloca em contato direto e próximo a esses dois grupos.
O contato frequente com o público põe em risco também motoristas – de ambulância, de ônibus e também os particulares -, policiais e bombeiros e professores. Não à toa, as escolas foram um dos primeiros locais a terem seu funcionamento suspenso, quando no decreto de medidas restritivas.
O risco dos motoristas também já foi admitido pelas empresas que gerem aplicativos de transporte. Em meio a essa pandemia do novo coronavírus, já foram recomendadas ações preventivas, como substituição do ar condicionado pelas janelas abertas e higienização frequente da parte interna do veículo.
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