Adolescente masculino, com 16 anos e 6 meses de idade, refere aumento de peso há 7 anos com deposição de gordura em giba dorsal, abdome e membros. Apresenta ingestão alimentar excessiva e atividade física ausente. Pais e irmãos são obesos. Exame físico: Peso = 114,3 kg, estatura = 165 cm, IMC (índice de massa corporal) = 42 kg/m² (percentil 95 da curva de IMC para idade e sexo equivalente a 28 kg/m²), níveis pressóricos normais, desenvolvimento pubertário segundo os critérios de Tanner G (genital) 4 e P (pelos) 5, acantose nigricans em nuca e axila, lipomastia, estrias nacaradas em braços, coxas e região lombar. Restante do exame sem alterações. Pode-se afirmar que:
A
O diagnóstico de obesidade mórbida é determinado pelo grau de obesidade, com 50% de excesso de IMC em relação ao percentil 95 das curvas de referência.
B
A acantose nigricans sugere o diagnóstico de diabetes mellitus associado, indicando necessidade de iniciar hipoglicemiante oral.
C
Há indicação do uso de medicação para auxiliar no controle de peso devido às comorbidades associadas. O medicamento de escolha é o fenproporex.
D
O prognóstico da obesidade neste caso é muito bom, já que o paciente ainda entrará em crescimento acelerado pubertário e deverá ter adequação da relação peso/estatura.
E
Devido à presença de estrias e da giba dorsal, é importante descartar causas endocrinológicas para a obesidade desse adolescente, como, por exemplo, síndrome de Cushing.
Outras questões
Escoliose congênita resulta do crescimento e desenvolvimento anormal da coluna vertebral, provavelmente devido a eventos intrauterinos. Pode ocorrer falta parcial ou completa de formação (vértebras em cunha ou hemi-vértebras), falta parcial ou completa de segmentação (barras unilaterais não segmentadas) ou uma combinação de ambos. Uma ou mais anomalias ósseas podem ocorrer isoladamente ou em combinação. Visto que a coluna vertebral (incluindo os elementos neurais) e as vísceras são formadas em torno da 6ª semana no útero, os doentes com escoliose congênita têm frequentemente anomalias viscerais e intraespinhais associadas. Diagnosticada a anomalia congênita da coluna vertebral, o pediatra precisa descartar malformações em outros sistemas orgânicos. Há incidência maior para a concomitância de problemas no aparelho:
Mulher de 85 anos teve queda da própria altura há uma hora, queixa-se de intensa dor no quadril esquerdo e grande dificuldade para movimentar o membro inferior correspondente. AP: Diabetes mellitus e hipertensão arterial. Exame ortopédico: discreta rotação externa do membro inferior esquerdo e muita dor do quadril à movimentação passiva. RX da bacia: intensa osteoporose e fratura do colo do fêmur esquerdo, com acentuado desvio. O tratamento indicado é:
Mulher, 40 anos, previamente hígida. HMA: foi encontrada desacordada em uma fazenda distante com diversas cartelas vazias de diazepam ao seu lado. Após cinco horas, chegou ao PA. EF: REG, eupneica, acianótica, anictérica, afebril, escala de Glasgow: 13; 2 bulhas rítmicas, normofonéticas, sem sopros, FC: 90 bpm, PA: 110/70 mmHg; abdome sem alterações; murmúrio vesicular presente e simétrico, sem ruídos adventícios, FR: 16 ipm, SatO2: 92%. A conduta mais adequada é:
Lena, 47 anos, faz tratamento médico para depressão há mais de 7 anos. Já fez uso de vários tipos de antidepressivos, com resposta moderada. Atualmente, seu médico prescreveu um inibidor irreversível da MAO (Monoaminoxidase), chamado tranilcipromina. Qual das drogas abaixo poderá ser usada concomitantemente com a tranilcipromina, no caso de indicação médica precisa?