Carreira em Medicina

Resumo sobre doenças prevalecentes no Brasil – Sanarflix

Resumo sobre doenças prevalecentes no Brasil – Sanarflix

Compartilhar
Imagem de perfil de Graduação Médica

Definição

No século XX, o Brasil passou por intensas transformações na sua estrutura populacional e no padrão de morbi-mortalidade. As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) constituem a principal causa de morte no mundo no Brasil e no mundo, com destaque para as doenças cardiovasculares, câncer e doença respiratória crônica. As DCNT têm gerado elevado número de mortes prematuras, perda de qualidade de vida, além de impactos econômicos para famílias, comunidades e a sociedade em geral. 

Houve queda acentuada da mortalidade por doenças infectocontagiosas, da morbimortalidade materno-infantil e causas evitáveis de morte, e o consequente aumento da expectativa de vida. No entanto, populações que possuem renda média ou baixa, salvo algumas exceções, sofrem uma dupla carga de doença crônica e infecciosa. 

As causas externas são causas importantes de morte no Brasil, incluindo violências e acidentes de trânsito, e como são plenamente evitáveis, a sua redução constitui-se em um dos grandes desafios para as próximas décadas. 

Doenças cardiovasculares 

As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Cerca de 80% da mortalidade diz respeito quatro condições deste grupo: doença coronariana isquêmica (infarto do miocárdio), acidente vascular cerebral, doença hipertensiva e insuficiência cardíaca congestiva.

Existem vários fatores de riscos para as DCV como tabagismo, dislipidemias, hipertensão arterial (HA), diabetes mellitus (DM), obesidade e sobrepeso, sedentarismo, dieta pobre em vegetais e frutas, uso de álcool e estresse psicossocial. Além desses, a idade é um dos principais fatores predisponentes para DCV, tendo risco maior homens acima de 45 anos e mulheres com mais de 55 anos.

Câncer  

Há mais de 100 tipos de câncer, com fatores de risco igualmente múltiplos. No Brasil, ao mesmo tempo em que é nítido o aumento da prevalência de cânceres associados ao melhor nível socioeconômico (mama, próstata e cólon e reto), simultaneamente, temos taxas de incidência elevadas de tumores geralmente associados à pobreza (colo do útero, pênis, estômago e cavidade oral).

Esta distribuição certamente resulta de exposição diferenciada a fatores ambientais relacionados ao processo de industrialização, como agentes químicos, físicos e biológicos, e das condições de vida, que variam de intensidade em função das desigualdades sociais.

Doenças respiratórias crônicas 

Doenças de natureza crônica que afetam as vias aéreas e também outras estruturas dos pulmões. As mais comuns são: asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), estados alérgicos, hipertensão pulmonar, além de algumas doenças relacionados ao processo de trabalho.

Juntas, elas representam cerca de 7% da mortalidade global, causando 4,2 milhões de óbitos anuais. Somente a DPOC, associada geralmente ao hábito de fumar, além de outras causalidades, afeta mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo, representando de 4 a 8% das mortes nos países mais ricos e até mais do que isso nos mais pobres.

Em alguns estudos epidemiológicos, a DPOC apresenta-se como a quarta causa de morte no Brasil. 

Causas externas

No Brasil, as causas externas representam a terceira causa de morte entre crianças de zero a 9 anos, passando a ocupar a primeira posição na população de adultos jovens (10 a 49 anos) e ocupa a terceira posição entre a população acima de 50 anos. 

Entre as causas externas, os acidentes de trânsito e os homicídios representam as principais causas de internação e óbitos. Sua ocorrência está relacionada, na maioria das vezes, a atitudes e posturas que levam ao aumento de riscos e a situações a eles vinculados.

Doenças infectocontagiosas

O Brasil nas últimas décadas passou por transformação importante com melhorias dos seus índices de desenvolvimento humano. Consistente com esse novo cenário, as doenças infecciosas apresentaram declínio importante, pois a proporção de óbitos a elas associados declinou de 35,0% para cerca de 5,0%  em 2016.

Essa tendência favorável das doenças infecciosas deveu-se especialmente à drástica diminuição dos óbitos por diarreias e por doenças imunopreveníveis com vacina, como sarampo, poliomielite e gripe comum. 

No entanto, assistimos a emergência das arboviroses, como Dengue, Chikungunya e Zika, que se comportam endêmicas em regiões tropicais brasileiras.

Além disso, devido ao Brasil ser um país com dimensões continentais, com grande população e de acentuados contrastes regionais, ainda apresenta números alarmantes em determinadas áreas mais pobres de parasitoses intestinais e doenças diarreicas. 

As infecções do trato respiratório de origem viral ou bacteriana são as formas de infecção mais comuns que afetam o homem. Apesar do expressivo progresso ocorrido nos últimos 50 anos em relação ao desenvolvimento de antibióticos, vacinas e métodos propedêuticos, a pneumonia continua sendo um importante problema de saúde pública.

Recentemente, a Pneumonia ultrapassou a Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) como a 3°causa de morte no Brasil. 

As doenças sexualmente transmissíveis como HIV/AIDS, HTLV, Sífilis, Herpes, gonorreia e clamídia, também estão indo na contramão do declínio de outras doenças infectocontagiosas.

Pesquisas demonstram que o uso do preservativo vem caindo com o passar do tempo, principalmente entre o público jovem. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS) todos os dias ocorrem 1 milhão de novas infecções.

Doenças antigas, que remontam à Idade Média, como a Sífilis, por exemplo, ainda hoje pode ser considerada uma epidemia. No Brasil, devido as condições precárias de acesso a informação que em ainda predomina em algumas regiões, contribui para transmissão dessas doenças.

Quer saber mais sobre o assunto? Experimente agora o SanarFlix por 7 dias grátis.

Posts relacionados: