Apresentação do caso clínico
Paciente do sexo masculino, 57 anos, pardo, residente e procedente de Belo Horizonte, auxiliar de pedreiro, chega à unidade de saúde queixando de um desconforto na virilha direita. O paciente relata que o desconforto piora no final do dia e ainda que aparece um nódulo quando ele se deita, mas que o nódulo some quando ele fica em pé. Relata que reparou que quando faz alguma força a mais no trabalho o nódulo também aparece e isto o incomoda. Relata ter percebido isto há quase um mês. Nega doenças prévias. Nega o uso de medicamentos. Nega alergias.
Ao exame físico o paciente apresenta-se em bom estado geral, hidratado, corado, acianótico, anictérico, orientado no tempo e espaço. Normopneico (frequência respiratória: 18 irpm), normocardico (frequência cardíaca: 76 bpm) e normotenso (PA: 120×80 mmHg). Aparelho respiratório com murmúrios vesiculares respiratórios sem ruídos adventícios e aparelho cardiovascular com ritmo cardíaco regular em 2 tempos. Abdome globoso, ruídos hidroaéreos presentes, sem visceromegalias. Presença de abaulamento na virilha direita na posição ortostática que piora com a manobra de Valsalva.
Como hérnia inguinal é um diagnóstico clínico e a alteração foi vista pelo profissional, não é necessário realizar exames complementares. O paciente é encaminhado para cirurgia para correção da hérnia.
Questões para orientar a discussão
- Como surge a hérnia inguinal?
- Quais são os fatores de risco?
- Quais são as complicações?
- Sintomas de uma hérnia estrangulada?
- Quais são as camadas da parede abdominal abaixo da linha alba?
Respostas
- A hérnia inguinal surge quando uma porção do intestino encontra uma região mais fraca da parede abdominal e começa a empurrá-lo, criando um abaulamento na região da virilha. Ela também pode ser congênita, devido a uma má formação na musculatura daquela região.
- Os fatores de risco são sexo masculino, idade avançada, história familiar, prematuridade, síndrome de Marfan e síndrome de Ehlers-Danlos
- As complicações possíveis são decorrentes do estrangulamento da hérnia, complicações cirúrgicas, como divisão do canal deferente e lesão visceral e vascular ou do pós operatório, como infecção da ferida, obstrução intestinal, hematoma escrotal, seroma na ferida e retenção urinária.
- Os sintomas vão de náuseas e vômitos a febre, dor súbita, isquemia e interrupção das evacuações.
- Pele, panículo adiposo da tela subcutânea, estrato membranáceo da tela subcutânea, bainha do músculo reto do abdome, músculos oblíquo externo, oblíquo interno e transverso, aponeurose do músculo transverso do abdome, fáscia transversal, fáscia extraperitoneal e peritônio parietal.
- Doença leve: anormalidades nervosas sensitivas sem perda axonal
Doença moderada: alterações em nervos sensitivos e motores, mas sem perda axonal
Doença grave: qualquer evidência de perda axonal nos nervos motores ou sensitivos
- Parestesias relacionadas à imobilização do punho, neuropatia mediana relacionada à injeção de corticosteroide, complicações relacionadas à cirurgia de correção e recorrência do quadro.