Medicina e Tecnologia

Saiba quais são as últimas novidades da medicina | Colunistas

Saiba quais são as últimas novidades da medicina | Colunistas

Compartilhar
Imagem de perfil de Comunidade Sanar

A medicina tem se desenvolvido cada vez mais ao longo do tempo, sendo até, de certa forma, difícil acompanhar tamanha evolução. Pensando nisso, organizamos algumas das novidades mais interessantes e promissoras:

1- Uso da técnica de preservação e ressuscitação de emergência (EPR)

Essa técnica consiste, basicamente, no “congelamento” da pessoa que sofreu, por exemplo, um grande trauma, por um determinado período de tempo, ao invés de tentar realizar os procedimentos tradicionais. Isso é feito através da infusão de água salgada gelada e soro fisiológico para o corpo humano, abaixando a temperatura do cérebro para entre 10 e 15ºC. Quanto menor for a temperatura do organismo, mais lentas as reações químicas e outros processos fisiológicos são, dando aos médicos um maior tempo para atuar na tentativa de reparo da injúria. No entanto, o indivíduo pode permanecer congelado em um período de até duas horas. Após esse tempo, o paciente deve ser ressuscitado por meio de um desvio cardiopulmonar. O procedimento está sendo realizado ainda em caráter experimental em humanos na Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, nos EUA. Não há a necessidade do consentimento do indivíduo, já que as pessoas que tiveram parada cardíaca consequente ao trauma agudo possuem poucas chances de sobrevivência.

2- Terapia de transplante de fezes (TMF)

A microbiota intestinal relaciona-se com diversas doenças, contribuindo para o seu aparecimento, curso e prognóstico. A terapia de transplante de fezes surge como uma solução inusitada e ainda alvo de pesquisa médica e comprovação científica, mas que, até agora, mostra-se como eficaz na prevenção e combate de diversas doenças. Um exemplo do seu uso seria a injeção de fezes em um organismo com infecção grave do cólon por Clostridium dificille. Nesse caso, a microbiota transplantada atua competindo com o microrganismo presente causador de doença, resultando na remissão do quadro clínico. Atualmente, estão também sendo desenvolvidas pesquisas acerca do uso desse tratamento para síndrome do intestino irritável, colite ulcerosa, doença de Crohn, diabetes, obesidade, doença de Parkinson, Alzheimer, esclerose múltipla, autismo, alergia a amendoim, entre outros.

3- Algoritmo que permite assistentes virtuais detectarem parada cardíaca

Pesquisadores da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, estão desenvolvendo um algoritmo que permite assistentes virtuais pessoais, como a Alexa da Amazon, ou o Google Home, captarem o som característico de um ataque cardíaco. Para isso, estes coletaram 162 chamadas para o 911 de Seattle feitas por pessoas prestes a sofrer uma parada cardíaca entre 2009 e 2017. As amostras sonoras obtidas foram trabalhadas em milhares de recortes que incluem sons comuns, como roncos, barulhos de respiração, ruídos de animais, sons de carros, do ar condicionado, entre outros, para evitar falsos positivos. Desse modo, obtiveram um ruído, chamado de respiração agônica, que é o último suspiro dos pacientes à beira da morte. Este, ao ser captado pela assistente virtual, gera sinais que a fazem pedir imediatamente socorro.

4- Moléculas de RNA que podem ensinar o pulmão a fazer os próprios remédios

Moléculas de RNA têm sido alvo de pesquisa para tratamento de doenças, como a fibrose cística. A terapia é realizada pela inalação dessas moléculas, com a atuação destas ensinando o pulmão a sintetizar a substância necessária para sua cura.

Gostou dessas novidades? Conhece mais alguma não citada? Comente abaixo!

Para mais informações sobre o assunto, veja:


O texto é de total responsabilidade do autor e não representa a visão da sanar sobre o assunto.

Observação: esse material foi produzido durante vigência do Programa de colunistas Sanar. A iniciativa foi descontinuada em junho de 2022, mas a Sanar decidiu preservar todo o histórico e trabalho realizado por reconhecer o esforço empenhado pelos participantes e o valor do conteúdo produzido.