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A síndrome de Horner é um conjunto de sinais e sintomas causados pela lesão dos nervos oculomotor e facial no seu componente participante do sistema nervoso autônomo simpático.
Tem como causas principais tumores cerebrais, má formações vasculares, infecções, iatrogenia e causas congênitas.
O caso relatado, chama atenção pela idade da paciente e por não haverem achados radiológicos que justificassem, tão quanto na anmense. Confira!
Identificação do paciente
ID: Paciente do sexo feminino, 35 anos.
História da doença Atual (HDA)
HP: Ptose, anidrose e miose a esquerda há um mês. Acompanhada de cefaleias constantes, com prejuízo da qualidade de vida da mesma.
HPP: Sem relatos de trauma, infecções ou cirurgias pregressas.
Paciente não faz uso de medicações.
Exame Oftalmológico
Ao exame ectoscópico, presença de ptose discreta em órbita esquerda com aproximadamente 2mm e normalidade nas demais estruturas.
Exame de reflexo fotomotor, pupilar e acomodativo sem anormalidades. Motilidade ocular preservada e sem alterações.
Acuidade visual com correção Plano: – 2,00 X 170 olho direito e –0,75X 180 olho esquerdo, enxergando 20/25 em ambos os olhos na tabela de Snellen. Ao exame biomicroscópico, presença de miose e ptose pálpebral em olho esquerdo. Pressão Intraocular de 10mmHg em ambos os olhos e Fundoscopia sem alterações.
Conduta do caso de Síndrome de Horner
Foi solicitada a realização de Ressonância Magnética das regiões encefálica, cervical e torácica sem achados radiológicos anormais.
Poderia ser realizado o teste da fenilefrina, substância que causa dilatação pupilar, porém na presença de lesão do componente simpático sua ausência confirma diagnóstico de Síndrome de Horner, porém a paciente possui a maioria dos sintomas dessa síndrome, tornando tal teste supérfluo.
Atualmente, faz acompanhamento neurológico, na tentativa de achar a etiologia, associado ao oftalmológico para tratamento sintomático.
Conclusão do caso de Síndrome de Horner
O caso relatado chama nossa atenção pela sua raridade, principalmente pela ausência de achados clínicos que justifiquem essa disfunção no componente simpático ocular.
A paciente possui três dos quatro principais sintomas, ptose, miose e anidrose. A conduta adota pela médica oftalmologista foi o tratamento de suporte e de sintomáticos.