Coronavírus

Vacina da Pfizer mostrou eficácia contra 3 variantes do coronavírus

Vacina da Pfizer mostrou eficácia contra 3 variantes do coronavírus

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Estudo publicado na revista científica Nature Medicine trouxe boas notícias: a vacina contra a COVID-19 criada pela farmacêutica Pfizer em colaboração com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech obteve eficácia contra três variantes do coronavírus.

Nos testes em laboratório, as variantes da África do Sul e do Reino Unido foram neutralizadas. As mutações também ocorrem na variante brasileira. 

Realizado por cientistas da Pfizer e da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, o estudo testou o soro de 20 pessoas que haviam recebido as duas doses do imunizante e já tinham criado anticorpos contra o coronavírus.

O material foi testado com as novas variantes do SARS-CoV-2. As três cepas neutralizadas tinham a mutação N501Y, considerada pelos pesquisadores como mais transmissível.

Outra variante neutralizada, a E484K, detectada originalmente na África do Sul, é identificada por ter maior capacidade de enfraquecer o sistema imunológico. Contra essa mutação, os dados apontaram que a ação da vacina é ligeiramente menor, mas ainda está dentro do aceitável.

Variante brasileira também neutralizada

A notícia de eficácia da vacina Pfizer/BioNTech é especialmente boa para o Brasil, já que tanto a N501Y quanto a E484K aparecem na variante identificada em Manaus.

Batizada de P.1, a cepa foi detectada pela primeira vez no início de janeiro em indivíduos que desembarcaram no Japão após uma viagem para Manaus. Depois, casos no sul e sudeste do Brasil também foram causados pela P.1.

No último sábado, 6, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu o pedido de registro definitivo do imunizante e terá 60 dias para avaliar toda a documentação.

É o segundo pedido de registro definitivo que a  agência recebe. O primeiro foi feito em 29 de janeiro, referente à vacina desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford, que já tem autorização para uso emergencial no país. 

Em nota, a Anvisa destacou que o registro definitivo “é o sinal verde para que a vacina seja comercializada, distribuída e utilizada pela população, nos termos da indicação estabelecida pela bula”.

Segundo a Pfizer, 44 mil voluntários participaram dos testes clínicos da vacina ao redor do mundo, em 150 centros de pesquisa de seis países, incluindo o Brasil, que contou com 2,9 mil participantes. Os resultados da fase 3 dos testes apontaram para uma eficácia de 95% contra o novo coronavírus.

Monitoramento contínuo de variantes do coronavírus

Os pesquisadores enfatizaram que as conclusões do estudo são consideradas limitadas, já que apenas mutações específicas foram monitoradas. Concluíram também que é necessário monitorar de forma contínua a eficácia das vacinas contra a COVID-19 envolvendo as novas variantes que aparecem.

No fim de janeiro, a Pfizer e a BioNTech anunciaram que criarão uma dose de reforço de sua vacina contra novas variantes do coronavírus. Na última semana, o Reino Unido lançou um estudo para avaliar as respostas imunológicas geradas pela combinação das vacinas Pfizer e Oxford. Os primeiros resultados estão previstos para junho.

*Com informações do G1 e da Agência Brasil

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