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Os benefícios das vacinas contra a COVID-19 já estão sendo comprovados. Um estudo da Escócia apontou que pessoas imunizadas com a vacina de Oxford, desenvolvida pela universidade em parceria com o laboratório inglês AstraZeneca, tiveram risco 94% menos de hospitalização.
- Leia também: Saiba em detalhes como funciona a vacina de Oxford
O imunizante desenvolvido pela Pfizer em parceria com a empresa de biotecnologia alemã BioNTech também foi avaliado. Segundo os autores, a vacina reduziu em 85% o risco de hospitalização.
Para pessoas com mais de 80 anos, um dos grupos de maior risco, a redução média de risco dos resultados de ambas as vacinas foi de 81%.
Detalhes do estudo da vacina de Oxford
O estudo foi conduzido pela instituição escocesa Public Health Scotland, que recolheu dados de admissão em hospitais do país por coronavírus entre 8 de dezembro de 2020 e 15 de fevereiro de 2021.
Nesse período, 21% da população escocesa recebeu ao menos a primeira dose de um dos dois imunizantes contra a COVID-19. Foram mais de 1,14 milhão de vacinas administradas.
Segundo os pesquisadores, bastaram quatro semanas após a aplicação da primeira dose para que o risco de hospitalização diminuísse consideravelmente.
Um incentivo para a vacinação
A pesquisa foi publicada no site da agência UK Research and Innovation e ainda não passou pela revisão de cientistas. Porém, mesmo preliminar, ele comprova que as vacinas protegem contra os efeitos graves da infecção por SARS-CoV-2 e, principalmente, contra o aumento de hospitalizações.
Como observa reportagem do Uol, os resultados podem ajudar a incentivar a população a se vacinar, principalmente no Brasil, onde 22% da população disseram que não querem tomar um imunizante contra a COVID-19.
Em comunicado oficial, uma das autoras do estudo, Josie Murray, disse que os dados indicam uma promessa de que as vacinas protegem as pessoas contra os efeitos mais graves da doença, mas que a população ainda deve manter as medidas para interromper a transmissão e a circulação do vírus.
“A melhor maneira de fazer isso é seguir as orientações de saúde pública: lave as mãos com frequência, faça distanciamento de dois metros de outras pessoas e, se desenvolver sintomas, fique em isolamento e procure um teste”, indicou a pesquisadora.
Eficácia comprovada
Segundo estudo preliminar anunciado pela farmacêutica norte-americana, a vacina Pfizer/BioNTech demonstrou eficácia em ensaios clínicos de cerca de 95%, efeito comprovado mesmo em dose única.
Os ensaios clínicos com o imunizante também apontaram eficácia contra três variantes do SARS-CoV-2, inclusive a P.1, identificada em Manaus no início do ano.
Na última terça-feira (23/02), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu o registro definitivo para que o imunizante seja aplicado na população brasileira. Apesar disso, a farmacêutica ainda não fechou contrato com o Ministério da Saúde para a distribuição do material.
Já a vacina Oxford/AstraZeneca apresentou menor eficácia em testes clínicos – 62% quando aplicada em duas doses completas e 90% com meia dose seguida de outra completa, com eficácia média de 70%.
O imunizante já está sendo usado no Brasil de forma emergencial, mas o pedido de uso definitivo já foi feito à Anvisa e aguarda parecer.
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