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Autoexame testicular e a prevenção do câncer de testículo

Autoexame testicular e a prevenção do câncer de testículo

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Confira nesta publicação um resumo sobre a importância do autoexame testicular no diagnóstico e prevenção do câncer de testículo!

Os testículos se encontram na bolsa escrotal e são responsáveis pela produção de espermatozoides e testosterona. O câncer de testículo pode pertencer a dois grupos:

  1. Tumor germinativo não seminomatoso que apresenta caráter mais agressivo.
  2. Tumor germinativo seminomatoso apresentando crescimento mais lento.

Além desses dois tipos, há um terceiro, mais raro, que é constituído por tumores que acometem as células de Sertoli e Leydig.

Epidemiologia do câncer de testículo

De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de testículos corresponde a 5% dos tumores malignos que acometem os homens.

Apresenta incidência de três a cinco casos a cada 100 mil pessoas e atinge principalmente a faixa etária entre 15 e 50 anos de idade.

Etiologia e fatores de risco

Não existe uma causa definida, mas alguns fatores de risco estão associados como a criptorquidia e disgenesia gonadal. Além disso, alguns estudos têm sugerido o aumento do risco de desenvolvimento para o câncer em pessoas com histórico familiar.

Sintomas

O surgimento é marcado pela presença de um nódulo, geralmente indolor e tamanho aproximado de uma ervilha. Além disso, deve observar alterações no tamanho dos testículos, sangue na urina e dor imprecisa na parte baixa do abdome.

Como o câncer acomete homens na idade reprodutiva, deve-se ficar atento a orquiepidimites, caracterizada por um processo inflamatório ou infeccioso que geralmente ocorre devido a infecções sexualmente transmissíveis, que podem confundir ou mascarar a presença do tumor, ressaltando a importância da anamnese e exame físico completos.

Diagnóstico e o autoexame testicular

Geralmente, a suspeita ocorre após a realização de autoexame ou consulta médica. O câncer de testículo apresenta marcadores tumorais sanguíneos, como a alfa-fetoproteína e o beta HCG que são úteis para o diagnóstico, durante e após o tratamento.

Além disso, lança mão de exames de imagem, como ultrassom, tomografia e raios X, os quais são importantes para a avaliação de disseminação de células tumorais.

Tratamento

O tratamento é feito pela remoção do testículo comprometido cirurgicamente. A função sexual é preservada caso apenas um testículo seja removido.

Nos casos de metástase ou com o objetivo de evitar metástases, o paciente deve receber quimioterapia e/ou radioterapia.

O tratamento pode induzir infertilidade e por precaução, é recomendado guardar o esperma, pois permitirá que o paciente tenha filhos no futuro.

Prevenção e o autoexame testicular

Quando detectado precocemente, é um tipo de câncer facilmente curado, assim como os demais. A melhor forma de prevenção é a realização do autoexame testicular e caso perceba qualquer anormalidade deve-se procurar o médico.

Segundo o Ministério da Saúde, o autoexame deve ser feito todo mês, após o banho quente pois o calor relaxa o escroto e facilita a observação do órgão.

O homem deve ter o hábito de praticar o autoexame e de conhecer seu próprio corpo, uma vez que esse conhecimento facilita a percepção mais facilmente de alterações.

O médico deve orientar seus pacientes quanto ao autoexame e explicar o bom prognóstico nos casos de descoberta precoce e as possíveis complicações.