Medicina da Família e Comunidade

Breve descrição dos principais métodos contraceptivos | Colunistas

Breve descrição dos principais métodos contraceptivos | Colunistas

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Imagem de perfil de Ysa Souza

Hoje em dia as pessoas estão preocupadas com uma gravidez indesejável, e graças a estudos foram descobertos e aperfeiçoados muitos métodos que podem impedir tal situação. Mas, muito antes dos métodos atuais serem utilizados mulheres do Egito, Mesopotâmia, Roma, Grécia e China, também tinham tal preocupação, tanto que, estes povos antigos faziam uso de certas “raridades” para que as mulheres não engravidassem.

Coisas como fezes de crocodilo com mel, limão, pedras, preservativos de ovelhas ou peixes, pular após o coito, coito interrompido (ainda utilizado muitas vezes), magnésio, chás, amuletos, esponjas e tantos outros, eram utilizados  como forma de tentar evitar a gravidez. Estes métodos além de – hoje sabermos – serem infundados, a maioria das vezes era doloroso e incômodo para as mulheres, muitas delas não conseguiam o desejado e acabavam engravidando, e algumas vezes, seus filhos nasciam com problemas graves isso se, as mães não acabassem morrendo. 

Graças aos estudos, verificações e maior valor à saúde e ao prazer sexual da mulher, estes tipos de métodos foram abolidos da cultura das sociedades, e outros muito mais eficazes, inclusos indolores foram introduzidos no nosso meio e são muito utilizados atualmente em todo o mundo, porque, além de prevenir a gravidez, existe  preservativo, que protege contra as IST’s (Infecções Sexualmente Transmissíveis), por isso o presente artigo busca evidenciar os principais métodos contraceptivos, uma vez que, uma gravidez indesejável ou uma IST, pode causar danos e problemas muito sérios.

Tipos de métodos

Existem diversos tipos de métodos contraceptivos, sendo de barreira (que impedem a passagem do espermatozóide), ou hormonal, que causa alguma alteração que impedem que haja a fecundação, causa lise do espermatozóide, impede a implantação do óvulo fecundado no endométrio, enfim, os hormonais podem ter diversas finalidades que acabam ocasionando a mesma coisa, ou melhor, não permite que haja o desenvolvimento e consequentemente, não ocorra a gravidez.

Métodos de barreira

Os métodos de barreira são aqueles que impedem a passagem dos espermatozóides para dentro do útero, sendo as camisinhas masculinas e femininas, diafragma e espermicidas.

Preservativo ou camisinha masculina: é um método utilizado no pênis, feito de látex, que impede que o espermatozóide adentre o corpo da mulher.  É de fácil uso, descartável, baixo custo – inclusive distribuído gratuitamente em postos de saúde – e muito eficaz, além de prevenir as IST ‘s.

Preservativo ou camisinha feminina: É um preservativo também feito de látex, inserido na vagina da mulher, para impedir a entrada de espermatozóide no útero. Possui as mesmas vantagens da camisinha masculina, além de poder ser inserida na vagina cerca de 6 – 8 horas antes da relação sexual.

Diafragma: é um contraceptivo composto por uma membrana de silicone, em forma de cúpula, envolvido por um anel flexível. Existe de vários tamanhos e é inserido antes do ato sexual. Ele deve ser retirado de 6 – 8 horas após a relação sexual. É de fácil uso, algumas mulheres podem sentir um leve desconforto na primeira vez que utilizá-lo, mas logo passa. Não é um dos métodos mais utilizados, mas é muito eficaz.

DIU: Dispositivo intra-uterino é um dispositivo muito utilizado e colocado por um ginecologista. Ele pode ser hormonal ou de cobre, com formato de “T” inserido no útero. O DIU impede que ocorra a gravidez porque atua destruindo os espermatozóides, ou impedindo a implantação do óvulo no endométrio.  Além de impedir a gravidez, ele tem outra vantagem, que é a duração que pode ficar dentro da mulher, que é em torno de 6 – 10 anos.

Métodos hormonais

Como o próprio nome indica, os métodos hormonais, são aqueles que são a base de hormônios e que acabam por impedir a ovulação, destruir o espermatozóide, impedir a fecundação ou mesmo impedir a implantação do óvulo fecundado no endométrio. Existem diversos métodos, mas os principais são: 

Pílulas anticoncepcionais orais: é um método barato, de fácil acesso e eficaz. A maior desvantagem é que deve ser usada diariamente. As pílulas vêm em uma cartela, e na maioria das vezes são 21 comprimidos, que correspondem aos dias que devem ser tomadas, mas isso varia de acordo com cada tipo de pílula, existem por exemplo as de 28 dias e também aquelas que não se interrompe seu uso, geralmente são organizadas por dias da semana. Elas podem ser de estrogênio, progesterona (sendo esta de uso intermitente), ou ainda podem ser combinadas.

Anticoncepcional injetável: É um método onde uma vez por mês ou a cada três meses a mulher recebe uma injeção de hormônios. 

Anel vaginal: O anel vaginal contém hormônios como estrogênio e progesterona, que são absorvidos para a circulação e levam à inibição da ovulação. Ele deve ser usado por três semanas, na quarta semana ser retirado, e após o período de uma semana, introduzir um novo.

Adesivo cutâneo: São pequenos selos colocados sobre a pele da mulher, contendo estrogênio e progesterona, que vão sendo liberados e absorvidos. Geralmente sua eficácia é de 21 dias, sendo feita uma pausa de 7 dias, e depois colocado outro selo.

Conclusão

Concluindo, podemos ver que existem diversos métodos contraceptivos, muito eficazes, de fácil acesso e de fácil uso. Além destes descritos acima, ainda existe a laqueadura, a vasectomia, o implante contraceptivo – adicionado sob a pele – pílula do dia seguinte e outros que realmente funcionam e previnem a gravidez. Além disso, muitas mulheres têm o costume de usar o método da tabelinha, chás caseiros ou o coito interrompido, os quais não são recomendados, pois é maior o risco de falha.

Vale ressaltar, que os métodos descritos podem falhar, então o ideal é fazer o uso de preservativos, pois é o único que, além de evitar a gravidez, também protege contra as IST ‘s. 

Autora: Maysa Souza 

Instagram (@maysasouzasilva)

O texto é de total responsabilidade do autor e não representa a visão da sanar sobre o assunto.

Observação: esse material foi produzido durante vigência do Programa de colunistas Sanar. A iniciativa foi descontinuada em junho de 2022, mas a Sanar decidiu preservar todo o histórico e trabalho realizado por reconhecer o esforço empenhado pelos participantes e o valor do conteúdo produzido.


Referências

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS – VANTAGENS E DESVANTAGENS. [S. l.], 2019. Disponível em: https://www.pfizer.com.br/noticias/ultimas-noticias/metodos-contraceptivos-vantagens-e-desvantagens. Acesso em: 17 set. 2021.

KALCKMANN, Suzana et al. O diafragma como método contraceptivo: a experiência de usuárias de serviços públicos de saúde. Disponível em: .

MÉTODOS Contraceptivos. 28 jul. 2020. Disponível em: