Ciclo Clínico

Câncer de Pele: Melanoma X não melanoma | Colunistas

Câncer de Pele: Melanoma X não melanoma | Colunistas

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Imagem de perfil de Comunidade Sanar

O Instituto Nacional do Câncer (INCA) promove no mês de dezembro a campanha Dezembro laranja para conscientizar a população sobre o Câncer de Pele, um tema tão importante e relevante. No Brasil o INCA estima 85.170 novos casos de câncer de pele não melanoma entre homens e 80.410 em mulheres no período 2018-2019.

Separamos o câncer de pele em Melanoma, e não melanoma geralmente das células basais ou das células escamosas, sendo o Melanoma o tipo mais perigoso e que tem chances de curas mais baixas principalmente se identificado numa fase muito avançada. A imagem mostra onde ocorrem os três tipos:

 Câncer de pele não melanoma:

Esse é o mais frequente e de menor mortalidade, pois tem alta taxa de cura se detectado e tratado precocemente, acomete principalmente pessoas de pele clara, sensíveis a ação dos raios solares com história família deste câncer. Os sinais e sintomas surgem principalmente em regiões mais expostas ao sol, como rosto, orelhas, pescoço e surgem como manchas na pele que pode coçar, arder, descamar e até sangrar, normalmente faz uma pequena ferida que não cicatriza (em até quatro semanas), no entanto  devemos suspeitar de qualquer mudança persistente na pele, desde uma ferida até uma mancha avermelhada ou mesmo um nódulo, nesse momento deve-se procurar um especialista.

O tratamento mais indicado normalmente é a cirurgia, mas cada caso deve ser analisado pois existem também a criocirurgia e a imunoterapia tópica, só um médico deverá fazer essa avaliação afim de definir o melhor tratamento.

Melanoma:

Como vimos na imagem acima esse câncer tem origem nos melanócitos, que são células produtoras de melanina, a substância responsável pela cor da nossa pele. Pode surgir em qualquer parte do corpo, não só em regiões mais expostas ao sol, como as mucosas e podem aparecer na forma de manchas, pintas ou outros sinais. Ocorre principalmente em adultos brancos, no entanto os indivíduos de pele negra também estão susceptíveis e devem fazer prevenção. Nesse câncer devemos estar atentos ao surgimento de uma pinta escurecidas de bordas irregulares acompanhada de coceira e descamação, quando existe uma lesão pigmentada pré-existente ocorre aumento do tamanho, alteração na coloração e na forma da lesão que passa a apresentar bordas irregulares. É de tanta importância a detecção precoce deste câncer que existe uma regra internacional que aponta os sinais sugestivos de melanoma, o ABCDE:

Neste câncer o tratamento mais indicado também é a cirurgia, no entanto aqui podemos utilizar também a radioterapia e a quimioterapia dependendo do estágio, e se houver metástase é tratado com novos medicamentos altamente eficazes. O objetivo do tratamento nesse caso é atrasar a evolução da doença, possibilitando uma maior sobrevida para pacientes que antes tinham um prognóstico bastante reservado.

Portanto,  para todos os tipos de câncer de pele devemos evitar exposição prolongada e repetida ao sol ( raios ultravioletas-UV) principalmente na infância e adolescência, ter atenção a sua pele principalmente se tiver histórico familiar ou pessoal de câncer de pele, e ainda mais se tiver pele e olhos claros, com cabelos ruivos ou loiros, ou ser albino. Todos devemos nos proteger, aplicando filtro solar com fator de proteção 15 (no mínimo) e reaplicar de acordo com as instruções da embalagem, e ainda não esquecer de passar nas orelhas e usar um filtro solar próprio para os lábios. Enfim, ao perceber qualquer alteração suspeita na pele consulte um médico.



O texto é de total responsabilidade do autor e não representa a visão da sanar sobre o assunto.

Observação: material produzido durante vigência do Programa de colunistas Sanar junto com estudantes de medicina e ligas acadêmicas de todo Brasil. A iniciativa foi descontinuada em junho de 2022, mas a Sanar decidiu preservar todo o histórico e trabalho realizado por reconhecer o esforço empenhado pelos participantes e o valor do conteúdo produzido. Eventualmente, esses materiais podem passar por atualização.

Novidade: temos colunas sendo produzidas por Experts da Sanar, médicos conceituados em suas áreas de atuação e coordenadores da Sanar Pós.