Índice
- 1 Definição
- 2 Sinais e Sintomas
- 3 Outros
- 4 Classificação
- 5 Hipotireoidismo primário
- 6 Hipotireoidismo central
- 7 Hipotireoidismo subclínico
- 8 Hipotireoidismo e gestação
- 9 Alguns mitos sobre o hipotireoidismo
- 10 Diagnóstico
- 11 Rastreamento
- 12 Tratamento
- 13 Tireoidite de Hashimoto
- 14 Complicações do Hipotireoidismo
- 15 Considerações finais
- 16 Referências Bibliográficas
Definição
Estado clínico onde a quantidade de hormônio da tireoide circulante é insuficiente, não havendo assim, hormônio suficiente para suprir a função orgânica normal.
A tireoide é de extrema importância, uma vez que, é a responsável por produzir os hormônios que regulam nosso metabolismo, sendo esses, o T3 e T4.
De maneira geral, o T3 é responsável por controlar o metabolismo geral e o T4 sendo um pré-pró-hormônio para o T3.
Esta patologia é mais comum em pessoas acima de 65 anos e do sexo feminino, sendo uma das doenças endócrinas mais comuns, tem elevada prevalência no Brasil.
Quando o indivíduo entra no estado de hipotireoidismo, este irá possuir uma queda metabólica e se manifestará através de uma hipoatividade generalizada, portanto, pode-se ter sinais e sintomas em todos os sistemas, levando a um hipometabolismo.
Sinais e Sintomas
Os principais são:
- Rouquidão
- Bócio
- Mixedema
- Derrame pericárdico
- Derrame pleural
- Hipertensão arterial sistêmica secundária
- Ascite
- Humor deprimido
- Ganho de peso
Outros
- Taxa de filtração glomerular reduzida
- Fraqueza
- Redução de líbido
- Reflexos lentos
- Bradicardia
- Apneia do sono
- Constipação
Classificação
O hipotireoidismo costuma ser classificado em três tipos, sendo de acordo com a origem do problema
- Primário: o mais comum, o problema está na tireoide
- Secundário: problema na hipófise
- Terciário: problema no hipotálamo
Hipotireoidismo primário
- Tireoidite de hashimoto*
- Deficiência de iodo
- Redução do tecido por iodo radioativo ou por cirurgia usada no tratamento de Doença de Graves ou do câncer da tireoide
Hipotireoidismo central
Há o estímulo insuficiente da glândula tireoide pelo TSH, por prejuízo na secreção ou função do hipotálamo ou hipófise.
Hipotireoidismo subclínico
É diagnosticado quando os níveis de hormônios tireoidianos estão dentro do valor de referência, apesar do hormônio TSH estar elevado.
Abaixo temos um fluxograma com base na avaliação diagnóstica de hipotireoidismo e como os níveis hormonais estão presentes em cada um dos tipos, além dos métodos de tratamento que são usados

Hipotireoidismo e gestação
Se o hipotireoidismo não for tratado durante a gestação pode acarretar diversos problemas, como hipertensão materna, aborto espontâneo, anemia e até mesmo morte fetal ou problemas como baixo peso ao nascer. Mesmo leve ou assintomático, quando não tratado durante este período, pode ter ocasionar efeitos no desenvolvimento neuropsíquico do recém-nascido.
Fazer a medição dos níveis de TSH séricos é de extrema importância para o tratamento, o qual é usado levotiroxina.
Alguns mitos sobre o hipotireoidismo
- Obesidade, na verdade, quando há hipotireoidismo não tratado o paciente tem um leve ganho de peso, geralmente por retenção de líquidos;
- Apenas adultos e idosos possuem, crianças podem ter sim esta patologia, esta provoca parada no crescimento e baixo rendimento escolar. A forma mais grave de hipotireoidismo é a congênita, que ocorre no recém-nascido.
- A gestante deve tomar iodo. A indicação deve ser avaliada individualmente, com base na alimentação e outros fatores.
Diagnóstico
Palpação da glândula tireoide durante o exame físico é indispensável, além dos exames laboratoriais de TSH e T4L.
A utilização de ultrassonografia é comum.
Rastreamento
É indicado fazer rastreamento em indivíduos que apresentem:
- Bócio
- Dislipidemia
- Idade avançada
- Síndrome de Down
- Síndrome de Turner
- Doença autoimune
- Tratamento tireotoxicose
Tratamento
Basicamente o tratamento consiste na reposição hormonal quando a causa é falta de hormônio.
O tratamento é feito com o uso diário de levotiroxina, na quantidade indicada pelo médico de acordo com cada indivíduo, a ingestão de alimentos pode atrapalhar sua absorção, com isso, ela deve ser tomada em jejum todos os dias.
Tireoidite de Hashimoto
A causa mais comum, classificada como primária, é autoimune crônica.
Como dito é uma doença autoimune, sendo a base do problema a quebra da autotolerância, há possível associação entre fatores genéticos e ambientais.
Temos neste caso, o próprio sistema imunológico iniciando uma reação contra o tecido tireoidiano, pela via celular (ataque ao TCD8) ou pela via humoral (ataque à produção de anticorpos), neste caso, a glândula do paciente vai sendo destruída aos poucos, com isso, no início do estágio da doença, os pacientes apresentam HIPERTIREOIDISMO, e com o avançar do quadro passa a ter um HIPOTIREOIDISMO.
Complicações do Hipotireoidismo
Se não for tratado corretamente, pode ocasionar redução da performance física e/ou mental do adulto, além de elevar os níveis de colesterol, os quais elevam as chances de possíveis problemas cardíacos.
Considerações finais
- Gestantes com hipotireoidismo devem ficar sempre atentas e seguir o tratamento corretamente
- Pode ser de causa primária, secundária ou terciária
- Causa mais comum é a primária, sendo a tireoidite de hashimoto a mais prevalente
- Mais comum em mulheres acima de 65 anos
- Crianças podem apresentar e se não forem tratamento tem complicações graves
- Tratamento é feito com levotiroxina
- Diagnóstico é feito através de exame físico + exames laboratoriais
A seguir temos um mapa mental básico geral sobre a patologia abordada de autoria própria


O texto acima é de total responsabilidade do autor e não representa a visão da sanar sobre o assunto.
Referências Bibliográficas
https://www.scielo.br/pdf/abem/v57n4/pt_03.pdf
https://diretrizes.amb.org.br/_BibliotecaAntiga/hipotireoidismo.pdf
https://www.sbemsp.org.br/imprensa/releases/497-tireoide-seus-mitos-e-suas-verdades
http://www.projetodiretrizes.org.br/ans/diretrizes/hipotireoidismo-diagnostico.pdf
Livro sanar med – manual do internato à residência