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Laringite aguda: o que fazer?

Laringite aguda: o que fazer?

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Estima-se que um adulto tenha de 2 a 5 infecções das vias aéreas superiores por ano. Enquanto que, em crianças, esse número pode ir para até 9 episódios anuais. E ai, você saberia o que fazer no caso de laringite aguda?

Abordamos esse tema no nosso Super Material de Otorrinolaringologia do SanarBooks, de onde estamos tirando essas informações!

As infecções agudas ocorrem como uma evolução de uma infecção das vias aéreas superiores (IVAS). Por isso, levam a inflamação da mucosa das pregas vocais e o aumento da produção de muco.

Os pacientes que evoluem com infecção laríngea costumam apresentar rouquidão, odinofagia e tosse. A laringite aguda é a principal causa de disfonia na população geral e sua etiologia é predominantemente viral.

A doença costuma ser autolimitada, com melhora da disfonia em até 7 dias.

Crupe ou laringotraqueobronquite

A síndrome de crupe é um conjunto de doenças infecciosas das vias aéreas. Elas variam em gravidade, etiologia e acometimento anatômico, podendo gerar inflamação na laringe e nas vias subglóticas.

É a causa mais comum de obstrução das vias aéreas em crianças. Isso ocorre pois a epiglote e a glote formam um ângulo mais agudo na criança.

Os sintomas costumam se iniciar com um quadro de infecção das vias aéreas superiores e evoluem com sinais de obstrução das vias aéreas inferiores. Surgem então rouquidão, tosse ladrante, estridor inspiratório, febre, taquipneia e uso de musculatura acessória.

Se houver acometimento brônquico, podem ocorrer sibilos. Os sintomas costumas ser piores a noite e duram cerca de 3 a 7 dias.

O tratamento visa manutenção da perviedade das vias aéreas. Corticosteroides, por exemplo, diminuem a gravidade dos sintomas. Caso haja risco de obstrução total iminente das vias aéreas, a intubação oratraqueal é indicada.

Supraglotite ou epiglotite

A supraglotite, anteriormente chamada de epiglotite, é uma infecção grave da laringe que leva a obstrução da via aérea e possui alta letalidade.

É causada, principalmente pele H. influenzae tipo b. Contudo, após a introdução da imunização no calendário vacinal houve uma diminuição drástica no número de casos.

Os sintomas são decorrentes de uma celulite das estruturas supraglóticas. O edema e eritema evoluem, levando a uma obstrução rápida da via aérea superior.

O quadro clínico envolve, geralmente, uma criança previamente saudável que apresenta de forma repentina uma queixa de disfagia e febre alta.

Evolui em poucas horas com toxemia, salivação abundante, estridor e disfunção respiratória progressiva, levando a hipoxemia.

O primeiro passo no tratamento é obtenção de via aérea segura, através de intubação orotraqueal. Em seguida, o paciente deve ser encaminhado para a UTI.

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